terça-feira, 30 de abril de 2013

Gruta do Escoural


A Gruta do Escoural é uma cavidade natural conhecida pela arte rupestre paleolítica e enterros, localizada no município alentejano de Montemor-o-Novo, em Portugal.
Geologicamente, o sítio está localizado entre as bacias hidrográficas do Tejo, o rio Sado, e da região das planícies alentejanas, na Serra de Monfurado de onde ainda é possível avistar a Serra da Arrábida.
Parcialmente selada por um espesso manto de estalagmite, a gruta é composta de várias salas e galerias. A primeira ocupação da gruta remonta ao Paleolítico Médio, quando grupos de caçadores-coletores Neanderthal usaram-na como abrigo temporário para a prática da caça. Com base em provas ósseas no interior da gruta, estes grupos caçavam nas proximidades auroques, cervos e cavalos. Mais tarde, durante o período Paleolítico Superior (35000-8000 a.C.), os residentes constituídos por grupos anatomicamente considerados modernos fizeram sua marca na caverna.
A sua influência é evidenciada por uma rocha santuário contendo pinturas de animais contemporâneos ao período Paleolítico Superior. Mais tarde, quando da emergência do Neolítico (5000-3000 a.C.), as comunidades de agricultores e pastores tiraram aproveitamento desta cavidade natural como cemitério para os seus mortos. No final do neolítico a gruta ficou encerrada mas as populações do Calcolítico (3000 a.C.) continuaram na região, a cerca de 600 metros encontra-se um povoado fortificado bem como outros povoados calcolíticos e um tholos megalítico.
Está classificada como Monumento Nacional desde 1963.

Atenção aos interessados em visitá-la, pois ao fim de semana e feriados é complicado. Aqui vai o Link do Centro de Interpretação, com os horários e demais informações:
http://www.visitalentejo.pt/pt/catalogo/o-que-fazer/museus-e-locais-a-visitar/centro-de-interpretacao-da-gruta-do-escoural/

Foto retirada do blog: http://cadoalentejo.blogspot.pt/

Passeio pela Ecopista (Arraiolos)


No próximo dia 04MAI, a Ecopista de Arraiolos vai ser percorrida por compadres e comadres de todas as idades, uns a pé, outros de bicicleta e outros a cavalo. No final, vai haver churrasco.
Que grande ideia para passar um sábado em beleza, fazer um pouco de desporto e tirar umas fotos, vamos lá?

Informação amávelmente cedida pela comadre Margarida Costa.

Trajes Alentejanos







"É vital um turismo cultural externo e interno que contribua para o desenvolvimento local e regional, criando emprego, levando á construção de infra-estruturas, fixando a população, levando á recuperação do património cultural, valorizando assim a identidade cultural das regiões mais desfavorecidas.
O património cultural é um elemento potenciador de turismo e logo de desenvolvimento regional, tornando-se assim fonte de riqueza"
                                                      - Luis Lobato de Faria, Projeto Raia-Alentejana.

Imagens copiadas no sitio www.postaisportugal.canalblog.com

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Gonçalo Lemos Photography

Nas minhas várias saídas nocturnas no Alentejo em busca de algumas árvores monumentais, é frequente ter sempre um plano B. Nos estudos prévios que faço com o objectivo de fotografar árvores, nem sempre é fácil encontrar o que se quer, principalmente se ficarem a vários quilómetros do caminho ou estrada que uso. Na eventualidade do plano A falhar, estudo sempre outros locais de potencial interesse para que a viagem não seja em vão. Neste caso, acampei perto desta Anta para no dia seguinte ficar mais perto de uma árvore monumental. A humidade era enorme o que não permitiu uma exposição superior a uma hora.

                                                                                          - Gonçalo Lemos

Anta de S. Gens, Alpalhão, Portalegre






Numa das minhas saídas nocturnas, encontrei esta Aranha-dos-jardins-angulosa, Araneus angulatus que construía a sua teia de enormes dimensões. A teia foi construída entre 2 árvores que distam cerca de 5m entre si. O feito demorou apenas 45 minutos e após a sua conclusão, a aranha colocou-se no centro. Um das defesas que possuía quando se soprava ligeiramente na teia, era abanar-se para a frente e para trás, talvez numa tentativa de afastar algum animal que pudesse danificar a sua construção. Durante três dias, construiu a teia sempre no mesmo sítio e à mesma hora. 

                                                                                    - Gonçalo Lemos





O compadre Gonçalo Lemos especializou-se em fotografia nocturna e os seus cliques mostram-nos instantes que nunca imaginariamos assistir. E é uma forma de lhe agradecer as horas infidáveis de espera para captar o melhor momento, que aqui lhe divulgamos alguns dos seus trabalhos fotográficos...
E os compadres (e comadres) também podem, sempre que quiserem, vir fotografar o melhor Alentejo do Mundo, seja de noite ou de dia...

Blog do compadre Gonçalo Lemos: http://goncalolemos.blogspot.com/

História de um crime em Évora






Por vinte Reis, toda a história deste horrivel crime que aconteceu em Évora, no principio do SécXX, tendo o malvado José Pequenino assassinado a sangue frio e á navalhada o desventurado Claudio Francisco, quando este lhe pediu o pagamento de uma divida antiga.

"O crime fez-se em verso e foi vendido nas ruas da cidade. Estas fotos ilustram em verso todo o crime que Jose Pequenino fez ao matar a saida de uma taberna o meu bisavó Claudio Francisco que o que fez foi pedir-lhe o dinheiro de uma caixa de peixe que o bandido lhe devia. "
— Francisco Fialho

Fotos e história do crime gentilmente cedidas pelo compadre Francisco Fialho.


domingo, 28 de abril de 2013

Cegonha




Acabadinha de chegar
Viajou nas asas do vento
Noutras terras além mar
Aqui vem pra procriar
Novas crias ver nascer
Na primavera em flor
Volta ao ninho com amor
Faz do sul o seu viver
Na planície a renascer
Tufos de flores amarelas
Outras bancas e singelas
Como as penas da cegonha
São as penas que carrego
Penas de gente que sonha
Que um dia voltará
O oiro ao Alentejo
O trigo loiro renascerá

A terra por fim brilhará.


Antónia Ruivo

Passeio Pedestre do Dia da Mãe (Alcáçovas)


No próximo dia 05MAI13, as comadres da Associação de Pais da Escola de Alcáçovas vão organizar um passeio pedestre entre as 09H00 e as 12H30, nos arredores desta vila, na área do Monte do Seixo da Oliveira.
Este Monte, autêntico Museu Rural em ruinas, está situado na antiga Canada Real e muito próximo existem ruinas de um enorme Forno de Carvão e também poderemos admirar a copa de uma das maiores Azinheiras da Peninsula Ibérica.
Ponto de Encontro: Coreto de Alcáçovas 09H00.
Um Guia Local da Associação Amigos das Alcáçovas acompanhará todo o passeio.
Convém ter viatura própria para a deslocação até ao local do começo do passeio, na entrada da Herdade da Mata, a cerca de 3 Kms da vila de Alcáçovas.
Link para visualização do percurso: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=4348343
Trazer muita água, binóculos, máquina fotográfica e boa disposição...

Churrasqueira 3 Bicas







Embora o prato principal da ementa seja Frango no Churrasco, a Churrasqueira 3 Bicas tem ao dispôr pratos alentejanos variados, quando préviamente combinado. Por exemplo. para os compadres terem uma ideia, o Arroz de Coelho á 3 Bicas é um pitéu que recomendamos vivamente:

O espaço é amplo e acolhedor e o compadre Bruno Martins faz questão de nos pôr á-vontade neste seu autêntico monumento á gastronomia alentejana.
Em Viana do Alentejo, este é um dos nossos restaurantes preferidos, quando queremos dar ao dente e pôr a conversa em dia...
Churrasqueira “Três Bicas”
Rua Padre Luís António da Cruz, 75
7090-284 Viana do Alentejo
Tel.: 266 953 348
Aberto todos os dias, excepto Domingos
Horário: 07h/24h

Ti Zé Pingalho


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Neta de Mineiro, a Mina nunca foi nada de escabroso para mim. O meu avô tocava bandolim, fazia armadilhas e piões. Tinha dezenas de gatos a chamava "seus" e os chamava para comer as sobras das refeições. Oferecia uma música de banjo a quem lhe comprava um pião ou armadilhas para os pássaros.
 Mas conheci o meu avô já quase reformado e coxo por uma vagoneta lhe ter despedaçado uma perna. Para mim, criança, era algo normal e via-o fazer piruetas mesmo assim. Não percebia que ele já tinha sido diferente... ele tinha uma casinha onde guardava os instrumentos da horta, fazia os piões, as armadilhas e tocava "banjo". Bebia como todos os mineiros e muitas vezes levava-me ao seu escritório: o "polvarinho", onde apesar de expressamente proíbido de fumar, fumava atacando os barrenos, aquelas coisas que tinham um cheiro tão cativante para mim. Eu ficava lá com ele, dentro daquela barraca escura, húmida, vendo as movimentações das máquinas e das pessoas, enfiando a cabeça nos braços ou correndo desalmandamente quando ouvia o aviso de que iria haver explosão. O Velho Pingalho ria-se com os seus dentes certinhos. Aquele sorriso era um sol a brilhar no escuro, a promessa de que estava tudo bem. Com dois anos eu via os homens empurrarem as vagonetas poço acima, poço abaixo e ele contava-me que tinha feito aquilo, que era muito forte e que antes também tinha andado no fundo da Mina, quando era novo. Eu pensava: também quero ser mineira!
 Nas horas mais paradas ele lia-me o seu eterno Lunário Perpétuo que ainda conservo com as suas anotações em linda caligrafia. As datas de nascimento, morte, casamento, dos entes queridos e até algumas datas de sementeiras boas.
 O meu avô foi um Mineiro até morrer no verão de 1976. Passou dias deitado numa agonia terrível, comigo por companhia. Numa tarde em que me pediu que lhe enrolasse um cigarro da onça Águia, disse-me gemendo de dores: " O avô morre, mas a vida continua, deixa-me fumar". Os seus olhos estavam muito pequeninos. Dei-lhe o cigarro. Puxou uma baforada e falou de novo: " Fiz disto a minha terra, não faças dela a tua, Joana". Levou a mão ao coração, um gemido mais forte e o cigarro caiu ao chão. Uma lágrima deslizou no seu rosto já sem cor. O meu avô, Zé Pingalho, foi um duro, um herói...um ser humano, apenas um ser humano... um entre tantos.
 Se entrar naquele quarto que ainda deve existir, vou ver-me a dizer-lhe baixinho: "Não morras, avô, não morras ainda. A Joana ainda não veio, espera por ela".
 Vou ver uma criança atarantada procurando o tabaco para ver se ele ainda queria fumar, para lhe prolongar a vida mais um pouco, só mais um pouco... a vida ignorada do Ti Zé Pingalho, meu avô mineiro.

Texto gentilmente cedido pela comadre Maria João Gomes



    Blog dos compadres de Grândola: http://juntarforcasgrandola.blogs.sapo.pt/3264.html?page=2

A Mina do Lousal (ou Louzal) e a respectiva aldeia mineira correspondem a um antigo couto mineiro explorado desde o final do século XIX. Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão, concelho de Grândola, distrito de Setúbal, Portugal.
A mina tinha ligação, desde 1915, ao designado Ramal do Sado, actual Linha do Sul.

sábado, 27 de abril de 2013

CAOS em Santiago do Escoural



No próximo dia 04MAI13, o grupo CAOS Évora vai caminhar na Serra de Monfurado, na área de Santiago do Escoural. Para participar nestes passeios gratuitos, basta inscrever-se no Site: www.caminharemportugal.com e após ler com atenção a discrição do evento, clicar em "comparecer".

CAOS: Circulo da Actividades Oxigénio e Sol.
Grupo da amigos que gostam de caminhar e disfrutar do que o nosso país tem de bom para oferecer...

Fotos gentilmente cedidas pela comadre Florbela Vitorino

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Passeio Pedestre Rota do Sol (Amareleja-28ABR13)


Percurso pedestre Amareleja inaugurado dia 28 de Abril



A freguesia de Amareleja vai inaugurar o Percurso Rota do Sol, no próximo dia 28. Trata-se de um percurso pedestre de 10Km, registado e homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e pela Federação Europeia das Caminhadas Pedestres. De acordo com António Gonçalves, presidente da freguesia de Amareleja, este percurso foi projectado pela junta de freguesia, depois de os Caminheiros da Portela, que fazem caminhadas há mais de 30 anos, terem visitado a Vila, e de terem proposto à freguesia a realização de um percurso. Há já dois anos que a junta de freguesia de Amareleja tenta concretizar, mas devido a questões burocráticas, só agora conseguiu fazê-lo. António Gonçalves acredita que esta Rota do Sol vai atrair muitos visitantes à Vila, pelo que será uma mais valia para a economia local.

Durante os 10Km, em círculo, que perfazem o percurso, os caminhantes poderão ver/observar o Poço do Tapado, o Poço do Chorão, o Posto de Turismo, a Casa das Artes, a Torre do Relógio, a Igreja Matriz, a Central Fotovoltaica e o Baldio das Ferrarias.


 
 

Rocha da Mina (Alandroal)







Os compadres Luis Faria e Eunice Gomes (e a Luna) do Projeto Raia-Alentejana, guiaram no passado dia 25ABR13, um alegre grupo de pededestrianistas num passeio á Rocha da Mina e Ribeira de Lucefecit, cruzando os trilhos do Endovélico...

Endovélico é uma divindade da Idade do Ferro venerada na Lusitânia pré-romana. Deus da medicina e da segurança, de carácter simultaneamente solar e ctónico, depois da invasão romana seu culto espalhou-se pela maioria do Império Romano, subsistindo por meio da sua identificação com Esculápio ou Asclépio, mas manteve-se sempre mais popular na Península Ibérica, mais propriamente nas províncias romanas da Lusitânia e Bética.
Endovélico tem um templo em São Miguel da Mota, no Alentejo, em Portugal, e existem numerosas inscrições e ex-votos dedicados a ele no Museu Nacional de Etnologia. O culto de Endovélico sobreviveu até ao século V, até que o cristianismo se espalhou na região.

Projeto Raia-Alentejana no Facebook: https://www.facebook.com/home.php#!/RaiaAlentejana?fref=ts

Fotos gentilmente cedidas pelo compadre Firmino Leitão.

Salamandra de Costelas Salientes



 Estas Salamandras de Costelas Salientes são frequentes no Sul de Portugal, sendo vulgar no Alentejo encontrá-las junto a locais húmidos e sombrios.
Pertencem á Família de anfíbios, da ordem dos urodelos, constituída por 42 espécies, em geral designadas por salamandras e tritões. Os animais desta família possuem duas séries de dentes palatinos em duas fiadas que na parte posterior são divergentes. Os adultos são pulmonados e nunca apresentam brânquias. Nem sempre é possível delimitar nitidamente a diferença entre tritões e salamandras. autores que designam por salamandrídeos as espécies maiores e por tritões as espécies mais pequenas. Todos os salamandrídeos possuem pele lisa e nua. A espécie Triturus vulgaris, ou tritão, pode atingir o comprimento de 10 centímetros e não apresenta garras nos dedos.
Vivem em locais frescos e húmidos durante o verão e no outono escondem-se nas pedras para hibernar. Na primavera voltam à água, mostrando o macho a sua veste nupcial. O macho apresenta uma crista dorsal na época da reprodução.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Museu Etnográfico de Serpa







Inaugurado em 1987 e situado no antigo edificio do Mercado Municipal, o Museu mantém viva a memória de um passado histórico rural da região. A Exposição permanente "Oficios da Terra", apresenta as ocupações tradicionais ligadas á produção de bens, assim como os saberes técnicos ligados ao seu fabrico. Através de artefactos e instrumentos variados, dão-se a conhecer as mais diversas actividades, como sejam a Olaria, Ferraria, Cestaria e Alfaiataria.

Museu Etnográfico de Serpa,  Largo do Corro, Serpa    Tel: 284 540 120

Outros blogues e sites alentejanos:
http://cadoalentejo.blogspot.pt/
http://serpaminhaterra.blogspot.pt/
http://www.vozdaplanicie.pt/

Comadre Cegonha


As cegonhas (Ciconia spp.) são aves migrantes da família Ciconiidae. As cegonhas têm cerca de 1 metro de altura e 3 kg de peso. O seu habitat é variado e a alimentação inclui pequenos vertebrados. São animais migratórios e monogâmicos. As cegonhas não têm siringe e por isso não emitem sons vocais, emitem sons batendo com os bicos, actividade a que se dá o nome de gloterar.
Devido à procura de ambientes quentes, é recorrente avistar populações de cegonhas principalmente na região centro do país, tornando-se assim uma ave bastante característica da paisagem portuguesa e considerada por muitos um símbolo regional. Existem várias reservas e planos ambientais para a conservação desta ave.
Apesar de em Levítico 11, 18-19, ela ser qualificada como "imunda" ou "impura", a cegonha é considerada, na maioria das vezes, uma ave de bom augúrio.
É muito difundida a lenda segundo a qual ela traz os recém-nascidos. Isto está indubitavelmente ligado aos seus costumes de ave migradora, correspondendo seu retorno ao despertar da natureza na primavera.
Na Romênia, havia a crença de que uma criança concebida com amor era sempre trazida pela cegonha; viria a ser chamada de noite das cegonhas uma noite do começo de abril. É a ocasião do acasalamento das cegonhas, pois, embora sejam aves diurnas, elas se acasalam somente à noite e nessa noite de abril. Nesse dia, ao cair da noite, sozinhas ou aos pares, elas deixam seus ninhos e desaparecem no céu a escurecer. Durante essas noites, verificava-se uma tradição: as jovens das aldeias moldávias tinham total liberdade sexual, e as crianças nascidas nove meses depois eram "trazidas pelas cegonhas". Essas crianças, filhas do amor, eram sempre bem acolhidas e não causavam transtorno para suas famílias (porém, geralmente, a jovem anunciava aos pais seu desejo de se casar com o pai da criança).
A cegonha também é símbolo da piedade familiar. Na Europa medieval, acreditava-se que a cegonha alimentava seus pais envelhecidos e que era muito dedicada a seus filhotes. No Extremo Oriente, tal qual o grou, ela é considerada um símbolo da imortalidade.
Contrariamente, também lhe eram atribuídos costumes bárbaros. Ao voltarem para a África, os adultos saudáveis e robustos de um bando se reuniam para matar os elementos que retardassem sua migração, assim como os jovens que não voassem bem. Essa matança, que deveria acontecer numa única noite, impressionou a imaginação popular. Conta-se que, em passado distante, nessa noite, o infanticídio era permitido. Se alguém matasse uma criança nessa noite por causa de alguma deformidade ou de alguma doença incurável, que lhe causasse muito sofrimento, o silêncio de todos acobertaria o crime. O cadáver era levado durante a mesma noite e posto na floresta dos massacres entre os restos das cegonhazinhas ensanguentadas.
Na Europa, dizia-se que as cegonhas puniam a fêmea infiel ao seu companheiro. Outro costume que persistiu até meados do século XVI, a opinião das cegonhas deveria ser levada em conta em caso de condenação à morte. Se uma delas viesse a pousar na borda da fonte perto da qual se tinha armado o cadafalso, ou se ela voasse incessantemente ao redor da árvore na qual se realizaria o enforcamento, o condenado seria agraciado, porque pensava-se que o julgamento teria algum defeito, denunciado pela cegonha, que, de certa forma, fazia-se de mensageira da vontade divina.

Foto tirada na Comporta e gentilmente cedida pelo compadre Miguel Costa.
https://www.facebook.com/miguelcostafotografia

Grândola, Vila Morena...









Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

-Zeca Afonso
                  
 Link para visualizar video desta musica:   http://youtu.be/MiIvUCkfGSU

Dedicado a todos aqueles que se sacrificaram para que o Mundo pudesse tornar-se um pouco melhor, onde a Paz, a Justiça, o Pão e a Igualdade fossem direitos inquestionáveis para todos os seres humanos...