sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tiradores de Cortiça































Entre os fins de Maio e o mês de Agosto cá para as bandas do Alentejo é realizada uma actividade que se repete anualmente e que de nove em nove anos leva os tiradores de cortiça a visitar o mesmo sobreiro.
É por esta altura que o montado ganha uma nova vida com a extracção de cortiça e como se diz por cá "tirar cortiça". O homem e a machada, apenas eles os dois fazem um trabalho ancestral e que as novas tecnologias ainda não conseguiram substituir.
Tirar cortiça é um trabalho de equipa, o qual nós no Alentejo, designamos de "rancho" e os tiradores trabalham geralmente aos pares, a qual se designa de "parelhas", que se organizam à volta de um tronco de uma sobreira e enquanto um trabalha junto ao tronco, o outro trabalho na parte superior, embora os cortes sejam feito no sentido um do outro. Mas para além dos tiradores, nesta actividade existem também as "ajuntadeiras", os "molheiros" e os "empilhadores", que estão sempre na pilha final.
A machada foi um instrumento aperfeiçoado para esta actividade, em que a lâmina possui dois gaviões e o cabo na extremidade é em forma de cunha para auxiliar a retirar a cortiça das sobreiras após o corte.
Sem dúvida que é um trabalho muito duro, se tivermos em conta o calor, a subida às sobreiras, o perigo das quedas, dos cortes e também o perigo daquelas "formiguinhas" de rabo vermelho que não são nada meigas. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Barragem do Monte das Banhas (Alcáçovas)








A Barragem do Monte das Banhas situa-se a meia dúzia de quilómetros de Alcáçovas, na estrada que liga esta vila á aldeia de S. Catarina de Sitimos (Alcácer do Sal).
Trata-se dum sitio muito bom para observação de aves e embora seja privada, o acesso é permitido.

Link para visualização de percurso : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3454189

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Mães e Filhas num fio de Terra

Pierre Gonnord@ in http://charivari.pt/2015/03/12/a-nobreza-da-comunidade-cigana-do-alentejo-em-serie-fotografica/

 "What if I fall?
   Oh, but my darling, what if you fly?"

                                Erin Hanson

  As mães e as filhas estão cosidas umas às outras, num lugar nunca visto, muito imaginado mas frequentemente sentido entre batidas do coração. E definitivamente real, absolutamente indicável, passível de ser provado e apontado até por duas manitas em crescimento ou em sorvos profundos do corpo da sua mãe.

  Há uma cola universal que nasce com a mãe, não quando ela nasce, mas quando nasce como mãe, que faz a sua função de unir, unificar, um e outro coração: uma mãe e a sua filha. A esta ponte que não chega a se-lo pois não há duas margens mas apenas um rio grande, furioso de emoções, acrescentam-se as horas em que duas foram sempre uma, os dias a sucederem-se aos dias numa infinita partilha, numa fome nunca acalmada de precisar de se ser só uma quando os corpos são dois.

  A Terra cresce com as filhas e molda as mães. Sabe quem elas são muito antes de elas o serem. Estende-lhes o chão debaixo dos pés para que ande uma e logo a outra, sob o sol quente, num caminho que é só delas. A mãe e a filha parem-se uma à outra em choros e em dor: o choro de se querer tanto esta vida nova para sempre a duas, a dor de saber já que terão de viver tantas outras dores sem que a mão amada possa lá estar constantemente a amparar, a mimar, a cuidar.

  Dão-se os primeiros passos, pouco firmes é certo, neste universo novo e o mundo desalavanca as suas estruturas para voltar a girar um e outra vez. Os dedos perfumados de sabão azul, de terra fresca, de coentros e poejos que são os da mãe, pousam suavemente sobre os das filhas para paulatinamente, a irem ensinando o jeito certo para amassar um pão, para alimentar as galinhas, para cerzir umas calças, para temperar um caldo ou varrer as lajes da cozinha.

  Mais ainda, a menina pequena, mulher em construção, aprende sem palavras, a tomar conta do corpo, a sarar as suas feridas, a chorar as suas tristezas, a benzer os de casa. Meneia-se ao som de um acordeão nos primeiros bailes tal como viu a mãe fazer às escondidas num dos quartos, enquanto achou que ninguém a viu porque bailes não são já para ela, que os gozem as raparigas solteiras.

  Crescem as meninas e às suas mães crescem os cuidados. Saem-lhes do colo ainda de cueiros e fraldas de pano e voltam em vestidos de noiva, num qualquer Sábado ou Domingo escondido numa dobra do tempo, inacessível a qualquer mãe.

  As mães choram as mágoas das filhas porque são as suas, duas vezes. Sai-lhes do peito o coração logo que as vêem dar os primeiros tropeços nas ruas de terra batida, para depois nunca mais o poder voltar a guardar, porque tudo é um cuidado, uma dor para a mãe impotente que só pode deixar que a menina nasça mulher.

  Há no entanto, latente entre elas não importa a distância na Terra ou fora dela, um fio que não se quebra. Permanece na filha uma sensação de que mais tarde ou mais cedo se transformará na sua mãe, que serão uma finalmente, no dia em que ela souber o que é a maternidade e começar tudo de novo.

  Por isso um colo é um espaço infinito e não cessam os abraços em redor do pescoço. Mudam-se os motivos, as idades, os dias passam e com eles os céus roxos e laranjas das planícies, mas uma mãe quando nasce é para sempre. Uma filha é bem mais do que uma pessoa a quem pariu: é a possibilidade sim, de ser-se de novo, uma vez após outra, de cumprir-se e concretizar-se em todas as mulheres da Terra.

Texto e foto copiados do blog da nossa comadre Ana Terra, 
http://aterradaana.blogspot.pt/

terça-feira, 28 de julho de 2015

Vamos desenhar com Nathalia Cavalcante

Caros ÉSk's, por ocasião da visita a Évora da Nathalia Cavalcante, uma designer gráfica brasileira, vamos fazer um pequeno encontro para desenharmos com ela e claro partilhar desenhos e experiências.
Como se avizinham dias de muito calor, optámos por fazer um encontro de final de tarde, a iniciar pelas 17h junto ao Templo Romano, de onde seguiremos para a zona da mouraria, Largo do Chão das Covas e Rua do Cano. Claro está que o encontro também prevê uma paragem para lanche, conversas e talvez um ou outro duelo ...

Postais antigos alentejanos













Postais retirados do blogue: http://traje-antigo-alentejo.blogspot.pt/

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Canadas d'Alcáçovas (26JUL15)











Em 26JUL15 realizou-se mais uma caminhada gratuita organizada pelo Projeto Alcáçovas Outdoor Trails da Associação dos Amigos das Alcáçovas, integrada no Programa da Feira do Chocalho'15.
Com cerca de 30 participantes, a maioria vindos de localidades tão dispersas como Beja, Évora, S. Susana, Montemor-o-Novo ou Lisboa, percorremos cerca de 10 Kms em trilhos rurais em volta de Alcáçovas e visitámos a Horta Biológica Vale Bexiga.
Agradecemos á nossa comadre Gabriela Alves, proprietária da Horta Biológica, que tão bem nos recebeu e explicou ao pormenor todas aquelas plantinhas, desde a Lúcia-Lima á Perpétua-Roxa, passando pela Erva-Cidreira e pela Sabonária...

Fotos gentilmente cedidas pelos compadres Nuno Grave, Henrique Carvalho e João Mendes.

domingo, 26 de julho de 2015

O Futuro do Alentejo... (By Ribanho)







Quando foi construida, a Barragem do Alqueva representou uma enorme esperança no futuro do Alentejo.
Pensámos que finalmente teriamos água com fartura para abastecer novas culturas e a população local não teria necessidade de emigrar, pois haveria decerto emprego para todos...
Mas depressa se compreendeu que o progresso não era para os alentejanos, mas sim para as grandes empresas e multinacionais que trazem mão de obra barata e que entretanto se dedicaram a vedar todo o espaço, até caminhos rurais que sempre foram utilizados pela população local...
Assim, cercados por todos os lados, resta-nos não desistir...
O Alentejo precisa de projetos que incluam também empregos para as pessoas que aqui vivem...
Tiras retirados do blog dos nossos compadres Luis Afonso e Carlos Rico, http://ribanho.blogspot.pt/

sábado, 25 de julho de 2015

D'Azeite - Sabão Artesanal

 


Sabões, cosméticos e detergentes integralmente naturais, ecologicamente correctos e amigos do ambiente, sem qualquer adição de produtos sintéticos é o que nos propõem a empresa D'azeite - sabão artesanal...

De azeite virgem e virgem extra, enriquecidos com plantas (alfazema, alecrim, camomila, tília, calafito, etc.), mel, geleia real, própolis, leite de cabra, ovelha ou vaca, argila, frutos (laranja, limão, ginjas, uvas, etc.), cereais (farelo de trigo, germe de trigo, aveia) e especiarias (canela, cravinho, erva-doce) -, sabões sólidos e líquidos, produtos de higiene corporal, cosméticos e, ainda, detergentes domésticos constituem o universo da produção artesanal d’azeite, sintetizando o saber alentejano - do que a terra produz e o homem habilidosamente transforma até aos aromas da doçaria, que representarão, por si e em si, as atividades económicas mais relevantes do Alentejo Central: o olival, a vinha e o gado, entre outras.

Todos os produtos d’azeite são Marca Registada e estão registados no CPNP (Cosmetic Products Notification Portal), organismo europeu a quem compete regular a produção e comercialização de artigos de higiene e cosmética, bem como notificar as entidades nacionais competentes de fiscalização e saúde.
 
A d'azeite - sabão artesanal ostenta o selo Portugal Sou Eu.
Compre Português, compre o que produzimos em Portugal.



Morada: Falcoeiras, 7200-052 Montoito Redondo

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Nas Piscinas de Alcáçovas...





As Piscinas de Alcáçovas estão abertas das 10H00 ás 20H00 e existe serviço de Bar.
Encerram ás Terças-Feiras...
Não temos montanhas e não temos praias, mas estas piscinas são um espectáculo...