domingo, 31 de julho de 2016

Alentejo Romano...







Roma no Alentejo
No Alentejo viaja-se naturalmente com e pela História. A abundância e a qualidade do Património que a exprime tornam simples a sua descoberta, mas quem visita a região pela primeira vez pode sentir alguns problemas de escolha. Se é o seu caso, não hesite: opte pelas nossas sugestões e verá que a magia do Alentejo se encontra, com um infinito prazer, em todos os lugares.

O período romano no Alentejo iniciou-se no séc. II a.C. e prolongou-se até à queda do Império, no séc. V. Desses tempos e da sua influência em épocas posteriores, ficaram-nos múltiplas memórias: da exploração mineira do ouro, da prata e das pirites; da agricultura intensiva feita em grandes propriedades coroadas por casas luxuosas e ricamente decoradas (as villae); das indústrias de cerâmica, de extracção de sal, de salga de peixe e de construção naval; das fortalezas, templos, pontes, calçadas, santuários, teatros, barragens, aquedutos; dos municípios como estrutura base da administração local. E ficou-nos, obviamente, o latim como língua-mãe do português.
Embora os vestígios deste período estejam dispersos por toda a Região, os fundamentais podem visitar-se em e a partir de núcleos urbanos. Tome nota e integre estes sítios no seu itinerário.
No eixo Marvão – Alter do Chão – Monforte, veja a Civitas de Ammaia (S. Salvador de Aramenha, Marvão); a ponte de Vila Formosa (estrada Alter do Chão – Ponte de Sor); a villa de Torre de Palma (estrada Monforte – Cabeço de Vide); e o Núcleo Museológico da Igreja da Madalena (Monforte).
Em Évora, a muralha romano-godo-árabe, o Templo Romano, as Termas dos Paços do Concelho, o Arco de D. Isabel e a Casa de Burgos (Centro Histórico); fora da cidade, as Termas da villa de Tourega (estrada Évora - Alcáçovas).
Nos arredores de Alcáçovas podem observar-se vestígios da antiga estrada romana que ligava Castroleucos (Alcáçovas) a Salácia (Alcácer do Sal).
Entre Alvito, Vidigueira, Cuba e Beja, a ponte de Vila Ruiva (estrada Vila Ruiva- Albergaria dos Fusos) e a villa de S. Cucufate e Casa do Arco (Vila de Frades).
Em Beja, as Portas de Évora e de Avis, os gigantescos capitéis junto ao Museu Regional e o Núcleo Museológico Romano da Rua do Sembrano, onde se encontram também importantes vestígios da Idade do Ferro.
Entre Beja, Castro Verde e Mértola, a villa de Pisões (estrada Beja – Aljustrel, junto a Penedo Gordo); o Museu da Lucerna (Castro Verde); e o Núcleo Museológico Romano (Mértola).
No Litoral, a Estação Arqueológica de Miróbriga (Santiago do Cacém) e a Cripta Arqueológica do Castelo (Alcácer do Sal), localizada nos subterrâneos do antigo Convento de Aracoeli, hoje Pousada D. Afonso II, onde podem ser observadas ruínas de habitações da Idade do Ferro, romanas e muçulmanas e um importante santuário romano do séc. II d.C.
http://www.visitalentejo.pt/…/o-a…/conheca/roma-no-alentejo/

sábado, 30 de julho de 2016

No Paço dos Henriques (Alcáçovas)











O Paço dos Henriques ou Paço Real da Vila, localizado em Alcáçovas, foi a residência real de Portugal no século XIV. O acontecimento mais marcante deste palácio foi a assinatura do Tratado de Alcáçovas (4 de Setembro de 1479).
Nada resta do original palácio do século XIV, que com o passar do tempo se foi adaptando às suas realidades: Palácio Real; Casa Nobre; Solar dos Henriques e de outras famílias nobres da terra e, finalmente, espaço público. Encontrava-se em estado de grande degradação. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993.
Segundo informações que nos foram dispensadas, estará para breve a sua abertura ao público...

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Moinho do Salsinha






























Património Rural ou mesmo verdadeiras relíquias de engenharia popular, os moinhos de água são engenhos accionados pela força motriz da água. Estas construções localizam-se nas margens de rios ou ribeiras cujo caudal era quase permanente, mantendo o moinho em movimento praticamente todos o ano. Para ser um bom moinho, havia que preencher alguns requisitos, como moer durante todo o ano, tinha de possuir duas ou mais mós. Uma para milho e as restantes para trigo e cevada. A água era conduzida ao moinho, através de açudes e levadas, que tinham que estar muito bem conservadas de forma a resistirem às cheias e enxurradas.
Os moinhos de água, uns mais tarde, outros mais cedo, a partir dos anos 60, 70 do século passado, começaram a ficar inactivos com o surgimento das moagens industriais, accionadas a electricidade ou a motores de combustão, factos que irão contribuir para o desaparecimento de mais uma profissão, o de moleiro. Hoje restam apenas ruínas das estruturas e algumas histórias e testemunhos orais das vivências de outros tempos.
O que resta do moinho do Salsinha, nas margens da ribeira de Alcáçovas é testemunho disso mesmo.

A Ribeira de Alcáçovas e os seus moinhos, representaram sem dúvida durante muitos anos um factor de desenvolvimento económico e social para a vila de Alcáçovas. Através da ribeira e o funcionamento dos moinhos, representaram o sustento de grande parte da população da vila. Na altura, os patrões mandavam o trigo e milho para os moinhos para depois distribuírem pelas pessoas que para eles trabalhavam.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Oh Alentejo Selvagem...


Os coelhos assustam-se e fogem a cada passo que dou em direção à margem da Barragem.
Sempre que me desloco para a água processa-se sempre da mesma forma.
Os predadores são poucos e não é permitido caçar ali na zona.
Tantos coelhos e tão queridos, com as suas orelhas espetadas e atentas a todos os sons ...

Resolvi enganar um Coelho ;)
E fiz com ele um jogo de aproximação, o jogo do Silêncio:
  1. dou um passo
  2. o coelho levanta as orelhas
  3. eu paro e o coelho retoma a sua rotina
  4. eu dou outro passo
  5. e ...
Oh alentejo selvagem!!!

snake!!!! snake!!!! snake!!!
Já não se pode estar calmamente sentado na receção em busca do único local com wifi, que aparece logo uma cobra junto aos pés!!!! É uma miniatura de cobra, mas é uma cobra.
Também as há com mais de um metro e bem gordas. Mas então se fosse uma dessas ... quantos "snake" é que eu diria??? lol

Oh alentejo selvagem!!!


As Carpas estão na época da desova e reunem-se todas juntas, em zonas de águas pouco profundas. São tantas, tantas ... grandes peixes ... e parecem ser sensíveis ao som e ao movimento.
Uso a mesma técnica do Silêncio, e passado alguns minutos lá vêm elas tomarem as suas posições, todas juntas em águas tão pouco profundas que os seus dorsos ficam visíveis.

Oh alentejo selvagem!!!



O vento forte sopra e formam-se ondas nas águas da Barragem, ondas com crista branca.
A cada onda que bate no barco a água espirra e molha quem lá vai dentro, desde a cara até aos joelhos ... só mesmo com um impermeável, que protege do sol e da molha.
Junto às margens as ondas são ainda mais fortes.

Paro numa enseada para descansar, mas o vento empurra-me até ao fundo, junto à margem.
Enquanto descanso e me abstraio do meio ambiente para pensar um pouco, sou surpreendida por algo que me bate na traseira do kayak, salta e torna a bater na parte de cima do kayak, e por fim salta para a água.

Aiiiii .................... que susto!!!

Mas afinal era só uma Carpa a saltar fora de água.
E se em vez de bater em cima do kayak tivesse caido dentro??
Como é que eu a tirava dali?
E ela certamente não se deixaria apanhar ... lol

Oh alentejo selvagem!!!

No ar, lá bem em cima, eis que surge um falcão. O seu vôo sereno transmite tranquilidade.

  Copiado do Blog: http://espaco-tempo-silencio.blogspot.pt/

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Casa Branca (Montemor-o-Novo)
















Estação e ruínas do Bairro Ferroviário de Casa Branca.
Em Casa Branca, o comboio continua a parar. Já não há a azáfama de outrora, mas na taberna do Sampaio ainda se vai buscar o pão e dar dois dedos de conversa. O bairro ferroviário em ruínas serve agora de habitação aos pardais...
No entanto, Casa Branca é a principal povoação de "interface" das futuras Rotas Go to Alentejo Central: daqui podemos ir a pé ou de BTT para S. Cristovão e Santa Susana, Escoural, Boa Fé, Tourega e Montemor-o-Novo, Alcáçovas, S. Brás do Regedouro e, continuando os percursos, Viana do Alentejo, Aguiar, São Bartolomeu do Outeiro, Oriola, Torre de Coelheiros, Alvito ou Vila Nova da Baronia......

terça-feira, 26 de julho de 2016

Lagoa de Santo André
















Na passagem dos 50 anos sobre o trágico acidente da Costa de Santo André, ocorrido no dia 9 de Janeiro de 1963, no qual perderam a vida 17 pescadores, a Junta de Freguesia de Santo André, com o apoio da Câmara de Santiago do Cacém, homenageou estes homens, erigindo um memorial naquele local.

Onda gigante em 1963 matou 17 pescadores em Santo André

53 anos depois, o acontecimento que ceifou a vida a 17 pescadores na Costa de Santo André ainda está bem presente na memória dos sobreviventes.
A tragédia que ocorreu na tarde do dia 9 de Janeiro de 1963 e que se abateu na comunidade piscatória da Costa de Santo André, quando inesperadamente uma onda gigante irrompeu pela Lagoa de Santo André provocando a morte de 17 pescadores, marcou as famílias enlutadas e alterou a economia local.
Na passagem dos 50 anos, a Junta de Freguesia de Santo André, com o apoio da Câmara de Santiago do Cacém, homenageou os pescadores e as famílias com um memorial no local.
Um dos sobreviventes, Luís Manuel Pereira recordou a tragédia, explicando que “estávamos a praticar a arte de arrasto de puxar para terra e fomos surpreendidos por uma onda descontrolada que dobrou a Lagoa e fomos apanhados”.
Na altura com 18 anos de idade, Luís Manuel Pereira estava dentro de um dos barcos e justifica a morte dos companheiros e do seu pai com o facto de terem sido arrastados para o fundo por causa do peso das roupas de oleado e por causa das redes.
Onda gigante mudou a vida a muita gente
O dia marcou a vida destas pessoas. Muitas, que ficaram sem condições psicológicas para continuar a exercer a sua atividade, abandonaram a Costa de Santo André e a Lagoa.
O Presidente da Junta de Freguesia de Santo André disse que foi finalmente concretizada uma intenção de há muitos anos que serve para homenagear a população de Santo André, uma vez que o acidente causado por uma onda gigante teve um grande impacto na população de Santo André.
Jaime Cáceres disse ainda que “passados 50 anos, o acidente continua bem presente na memória destes homens que sobreviveram e que perderam familiares e amigos, por isso esta foi a altura certa”.
"Na altura, a Lagoa era arrendada e praticava-se duas espécies de pesca, o chinchorro para os pescadores profissionais e a chinca aberta a toda a população e onde no final da faina o peixe era divido por todos”.
"Estavam 60 pessoas nesse dia na Lagoa quando foram surpreendidos por uma onda gigante. Os homens foram cuspidos e foram ao fundo, 17 morreram. Os sobreviventes da tragédia falam de um dia de horror”.
O autarca lembrou ainda que “a arte xávega ficou irremediavelmente perdida na Lagoa porque quase todas as famílias foram afetadas por este acidente e muitos rumaram para outros locais”.