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sexta-feira, 31 de maio de 2013

1ª Adega Social Portuguesa
























Portugal foi um dos países pioneiros em todo o mundo, no que respeita à cultura da vinha, cultura essa que desempenhou e continua a desempenhar um papel determinante na paisagem e economia do nosso país.
A primeira Adega Social portuguesa, instituída no século XIX pode e deve ser considerada como um marco histórico no concelho de Viana do Alentejo. Localizada na Sub-Região do Xarrama, segundo a Carta de Pina-Manique. Da antiga adega existe apenas o edifício e a sua história, mas o parcelamento de terras realizado para que tal projecto fosse viável, ainda hoje é possível ser observado através de várias centenas de hortas e quintinhas que rodeiam a vila de Viana do Alentejo.

Legados do Passado


"Não escolhemos o que nos acontece. Apenas como enfrentamos o que vem." (in "Person of Interest" I, 23)

A forma com encaramos o futuro é decisiva. Temos de continuar a acreditar em nós próprios, na nossa cultura, no legado que nos deixaram os nossos avós.
O Povo Português nunca teve uma vida fácil, sempre nos obrigaram a emigrar devido ás más condições de vida que as classes dominantes impuseram á maioria.
Mas isso fez de nós um Povo forte, habituado a reagir e fazer frente aos infortúnios.
Esta é apenas mais uma fase menos boa, vamos ultrapassar isto e prosperar, acreditando nas nossas capacidades, regressando e desenvolvendo o interior de Portugal, evitando a desertificação humana.
Dar valor á nossa herança cultural e ás nossas gentes, orgulharmo-nos do que fomos e somos, produzir e consumir produtos portugueses é o primeiro passo...

Feira do Talego e Avental


Decorre hoje, em Ferreira do Alentejo, a 3ª edição da Feira do Talego e Avental.  
O certame arranca às 19 horas na Praça Comendador Infante Passanha. A iniciativa conta com uma exposição e comercialização de talegos e aventais, com animação musical, com um desfile de passerelle, teatro e uma mostra gastronómica.
José João Cavaco, presidente da Junta de Freguesia de Ferreira do Alentejo, explica que o certame surge na sequência do trabalho feito nos centros de animação de idosos de Ferreira do Alentejo. Este é uma forma de “valorizar o saber e o conhecimento das pessoas” no que toca à cultura tradicional, acrescenta o autarca.

Rostos do Sul (IV)








Este é o nosso país, estas são as nossas gentes. Um povo que não se orgulha das suas raízes, das suas tradições e da sua história é um povo sem futuro, condenado a desaparecer através duma globalização que não respeita nada nem ninguém. Temos de preservar a todo o custo a nossa herança cultural, pois é isso que nos distingue como Portugueses.

Link para um blog muito interessante de Luso-Descendentes nos EUA: http://schoolstvillage.blogspot.pt/

Fotos gentilmente cedidas pelo compadre José Manuel Costa.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Amigos de Alcáçovas entre Aguiar e S. Bartolomeu do Outeiro










No passado sábado, dia 25MAI, os compadres (e comadre) da Associação dos Amigos de Alcáçovas percorreram sem pressas os trilhos entre Aguiar e S. Bartolomeu do Outeiro, numa caminhada que se caracterizou pela boa disposição e companheirismo constante. 
Começámos em Aguiar e rumámos á Aldeia Miradouro, passando pelo Monte da Casqueira. Lá em cima, pudemos visitar esta bonita aldeia, onde fomos retemperar forças para o Café-Restaurante " O Miradouro". Depois, fizemo-nos ao caminho, regressando a Aguiar via Termas da Ganhoteira.
Em Aguiar, demos uma volta completa ás capelinhas, incluindo "O Sacristão" e "A Romeirinha"...
E lá foram 25 Kms de boa companhia...

Nª Sra da Assumpção de Oriola







Actualmente, devido á Ponte Romana que dava acesso a esta Igreja desde Oriola estar submersa, o unico caminho é através da velha estrada sem saída que ligava Santana a Oriola.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Desenhos de Daniela Branco








A comadre Daniela Branco faz estes desenhos espetaculares nas horas mortas, enquanto não aparece nenhum cliente na sua "Taverna", em Alcáçovas. 

"Desde cedo comecei a desenhar, por obrigação nunca o consegui fazer; faço-o por gosto, simplesmente, quando a inspiração o permite. Estive 10 anos sem agarrar num lápis, por achar que não tinha tempo, retomei agora e tornou-se como que uma droga, mas de vida e prazer. Retrato a beleza das fotografias mais belas, nomeadamente de animais e, em especial, cavalos, por paixão que não escondo de ninguém. Vou evoluindo, todos os dias, aplicando novas técnicas, mas sem fugir à realidade do que vejo. E assim ocupo as horas mortas do meu estabelecimento "A Taverna". Aos olhos de todos, os meus rabiscos podem ser vistos e adquiridos aqui na minha tasquinha, em Alcáçovas..."     - Daniela Branco


                                   Rua do Relógio, nº55, 7090-033 Alcáçovas, Portugal

Coreto de Viana do Alentejo

O Coreto de Viana do Alentejo é uma estrutura de pequenas dimensões, tipicamente alentejana, sendo a sua base branca com faixas amarelas e a cúpula verde com faixa prateada.
Localiza-se no Rocio, junto ao Mosteiro do Bom Jesus de Viana do Alentejo.

Regresso ás Origens


Agricultor jovem: o que é preciso fazer?

O plano de incentivos do PRODER é para pessoas entre os 18-40 anos e permite ao candidato acumular a atividade agrícola com outra profissão.


Produção de cereais no Alentejo


A economia tremida e a necessidade estão a “convidar” os portugueses a voltar às origens, à terra. O Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER)  tem planos para ajudar os jovens que querem sujar as mãos numa aventura agrícola.
O plano “Incentivos aos Agricultores Jovens” é para pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 40 anos e permite ao candidato acumular a atividade agrícola com outra profissão.
Há ainda dois requisitos para estar apto a candidatar-se a este plano de incentivos: ou tem formação superior agrícola ou se compromete a frequentar um curso de empresário agrícola homologado pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, com o compromisso de o terminar em dois anos.
Os apoios passam por um prémio de instalação correspondente a 40% do investimento até 30 mil euros (individual) ou 40 mil euros (coletivo). Estão também previstas diferentes modalidades de apoios consoante as zonas:
Zonas desfavorecidas: produção primária 60%; Transformação e comercialização 40%
Restantes zonas: produção primária 50%; Transformação e comercialização 40%
A formação especializada da PRODER para jovens agricultores está aberta a candidaturas desde 29 de janeiro, no entanto, no seu site poder ler-se que “neste momento não existem verbas disponíveis para aprovação de novos projetos”. Para o Curso de Jovens Agricultores só são admitidos os beneficiários com projetos de instalação entregues ao abrigo do PRODER, não sendo todavia necessário que estes já estejam aprovados, apenas submetidos. O curso não tem qualquer custo para os formandos e os horários são em regime laboral (9h às 16h) ou misto (16h às 22h) e são realizados de norte a sul do país (13 distritos).
Movimento Novos Rurais 
Pessoas mais livres, plenas e felizes 
https://www.facebook.com/novosrurais.farmingculture


Portugal não se pode permitir ao luxo de deixar os seus jovens emigrar. Se investimos na sua educação, precisamos dos seus conhecimentos para desenvolverem projectos que valorizem e dignifiquem as nossas aldeias e vilas em risco de desertificação.

Nem mais um jovem para o estrangeiro !...

terça-feira, 28 de maio de 2013

Rostos do Sul (PhotoAlburcas)



Bonita foto de agradecimento á Nossa senhora D'aires na chegada a Viana do Alentejo (Romaria Moita- Viana do Alentejo ).
O compadre José Luis Almeida Albuquerque, que nos cedeu gentilmente esta foto,  está de parabéns...

A Lenda do Castelo de Marvão







Existiu um poço na praça principal do castelo de Marvão, junto à torre de menagem. Tinha uma escada circular. As pessoas ao descerem as escadas, por serem tão íngremes, sentiam tonturas e caíam no fundo que estava cheio de água.
Nessa água habitavam monstros que, naturalmente, comiam as pessoas. Dizem os habitantes que em certas noites se ouviam os gritos das almas dos que lá morreram.
Atribuem aos cristãos a construção da cisterna que tem uma ligação ao chamado “poço sem fundo”. […]
O túnel que liga o poço à cisterna, mais ou menos a meio, tem uma sala escavada na rocha, que contém bancos também escavados. Por cima dos bancos, há uma espécie de nichos. As pessoas chamavam-lhe a sala de conferência dos deuses. Os deuses reunir-se-iam aí nas alturas do combate para decidirem a sorte dos atacantes e dos atacados. - Versão recolhida por Maria Guadalupe Alexandre antes de 1996.

Link para blog relacionado: http://nortealentejano.blogspot.pt/
Fotos gentilmente cedida pelo compadre José Manuel Costa.

Cadernos da Raia II - O Jogo do Alquerque pela Raia Alentejana


   O Jogo do Alquerque ou Qirkat, é o antepassado do Jogo das Damas. Foi trazido para a Península Ibérica durante as invasões Islâmicas a partir do século VIII. A primeira fonte do Islão é o Kitb al-Aghani  escrito por Abu al-Faraj Ai a-Isfahani no século X. As regras do Alquerque foram sistematizadas por Afonso X de Castela (o Sábio, 1251-1382) no Livro Ajedrez, dados y tablas.
   Temos vários tipos de tabuleiro de Alquerque, dos Três, dos Doze, dos Dezoito (este com Castelos nos lados), o Fanorama, entre outros. Temos também várias denominações locais para o Alquerque, o Jogo dos Pocinhos ou Jogo do Algarve por exemplo. Nas regras do jogo apenas uma casa fica sem peças mas existe, pelo menos, uma variante chamada de Jogo da Raposa e das Galinhas (jogado de Montemor-o-Velho ao Alandroal), nesta versão um dos jogadores só tinha uma peça.
   O Jogo do Alquerque aparece em monumentos públicos, igrejas (principalmente nas escadas e cruzeiros), fontes, bancos e algumas janelas

Link para o Site do Projecto Raia Alentejana sobre o Jogo do Alquerque



Jogo do Alquerque em Vila Viçosa



Jogo do Alquerque no Alandroal



Jogo do Alquerque em Monsaraz




Réplica do Jogo do Alquerque realizada pelo Projecto Raia Alentejana




Mapa com os 120 tabuleiros localizados pelo Projecto Raia Alentejana



Livro recentemente editado sobre o tema


Cadernos da Raia I - O Touro de Mourão

O Touro de Mourão, um bronze Tartéssico do Séc. VII a.C.

O Artigo de onde foi retirada a informação e que pode ser consultado no Centro de Documentação da Raia Alentejana:

CORREIA, Virgílio N. Hipólito (1989) – Um bronze tartéssico inédito: o touro de Mourão,  in Trabalhos de Arqueologia do Sul; n.º 1, 1986; Serviço Regional de Arqueologia do Sul, Évora; Instituto Português do Património Cultural; Textype, Artes Gráficas Lda, p. 33- 48.

O Touro de Mourão (Foto 1 e 2) encontra-se na posse de um particular e foi adquirida nos anos 60 num antiquário de Évora que por sua vez a teria adquirido a um habitante de Mourão, de cujas redondezas proviria.
Esta peça é um bronze fundido pelo método da cera perdida, completamente ôco, figurando um bovídeo deitado, apresenta um comprimento máximo de cerca de 10cm e um peso de 260g, apresenta-se em muito bom estado de conservação.
O Touro de Mourão seria, provavelmente, a decoração da tampa de um thymiaterion, um queimador ritual, existindo paralelos como o do Castelo Velho de Safara (Foto 3). O Touro, na I Idade do Ferro da Península Ibérica, não seria uma entidade cultuada mas um veículo de prestação de culto.
Esta peça do período orientalizante permite vislumbrar a importância do Rio Guadiana como via de penetração e justificar a influência de Tartessos na “mesopotâmia” Entre-Tejo-e-Odiana.






Foto 1
O Touro de Mourão





Foto 2
O Touro de Mourão (desenhos)








Foto 3
O thymiaterion do Castelo Velho de Safara
Foto retirada de MatrizNet
http://www.matriznet.imc-ip.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=114853






Massacre de Algalé



Cruzeiro ou Obelisco da Algalé – Massacre de Algalé

Este Cruzeiro ou Obelisco de Algalé no Torrão, freguesia do Concelho de Alcácer do Sal, pretende manter a presente lembrança de uma das mais negras páginas da História de Portugal escrita com o sangue da intolerância política: as vítimas do massacre de Algalé.
Este episódio foi talvez o mais cruel das Guerras civis Portuguesas do Século XIX.
Aqui da tua Pátria os defensores tragaram do Martírio inteira taça a viandante leva as lágrimas e as Flores. Lê só curva o joelho adora e passa.”, escreveu António Feliciano Castilho para o monumento á Memória dos 26 presos ali executados, em 4 de Novembro de 1833, na sequência da derrota dos Liberais na batalha da Barrosinha em Alcácer do Sal, dois dias antes (do massacre).
Este monumento encontra-se na Várzea da Ribeira de Algalé na estrada Torrão-Alcácer ao Quiilómetro 9, erigido em honra das vítimas da chacina, mas em terreno privado, vedado ao publico em geral por arame fardado e cadeado, o que dificulta em muito a sua visita.
Quem estiver interessado, deverá pedir autorização do acesso á administração da Herdade de Algalé. 
Além do epitáfio estão gravados nas quatro faces da pedra a descrição das circunstâncias em que ocorreu o Massacre e os nomes apurados dos mortos. Rezam os primeiros desses dizeres vinte e nove oficiais do Exército da Rainha a Senhora D. Maria Segunda, sendo prisioneiros pelas tropas do “ O Usurpador” da Batalha que em Alcácer ocorreu no dia 2 de Novembro de 1833.
Esses Oficiais foram conduzidos para Campo Maior com 443 seus camaradas também prisioneiros, mas com o pretexto de que eram Oficiais e seriam melhor tratados em Beja, foram separados dos Praças e Sargentos. Assim enganados, foram neste lugar bárbaramente fuzilados por seis soldados, no dia 4 do referido mês e ano.
Foi mandada e presidida tão nefanta execução por Diogo José Vieira Noronha, Corregedor de Beja pelo Governo da Usurpação e Ignácio dos Montinhos Alferes dos realistas pelo mesmo Governo.
Verifica-se a identidade de 17 ou 18 das vítimas, mas dúvida derivada do sumiço do embutido da gravação que não permite distinguir os nomes dos outros. Não se trata naturalmente do único registo coevo do episódio que não obstante o muito sangue feito correr pelo conflito entre Absolutistas e Liberais, deu brado ao tempo pela sua cruel dimensão a quem se referia a Diogo de Noronha como o Grande Carrasco ao comandar o fuzilamento.
Diogo de Noronha obedecia à ordem do General José António de Azevedo Lemos, como alegou mais tarde.
Os presos foram conduzidos aos grupos de quatro para a vala comum e fuzilados.
Calcula-se que foram 26 os fuzilados, pois do grupo inicial de 29, três prisioneiros  escaparam á sorte dos camaradas. Um, chamado Morgado Ferreira, em circunstâncias que Bolhão Pato diz milagrosas, outros dois libertados na véspera pelo próprio executor do Massacre, por serem amigos. 
Diz-se que na Batalha da Barrosinha-Alcácer morreram mais Liberais atolados no lodo que na própria guerra com os Miguelistas.
Daí os Miguelistas que conheciam o terreno saírem vencedores.
Paz ás suas almas...


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cordão Humano pela Paz em Évora-Monte



Cerca de 700 pessoas participaram este domingo, dia 26MAI, no centro histórico de Évora-Monte, no concelho de Estremoz, num cordão humano pela paz, integrado nas celebrações da assinatura de uma convenção que pôs fim à guerra civil em Portugal.




Fotos gentilmente cedidas pela comadre Florbela Vitorino.