Este vestigio romano, também designado como Ponte dos Ruivos, situa-se a cerca de 3 km de São Brás de Regedor, no concelho de Évora, na foz com a ribeira de Valverde aqui já denominada de Peramanca, dentro da Herdade dos Ruivos, alcançando-se pela EN 380 (troço Alcáçovas - Évora) – encontra-se em vias de classificação.
Construção com certa monumentalidade composta por dois arcos de volta perfeita que se apoiam num imponente talhamar. O tabuleiro, plano, conserva troços da calçada original, sendo protegido por guardas altas. Estrutura eventualmente de finais de Quatrocentos.
Link com proposta de percurso: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=2760372
Link para Blog relacionado: http://tourega.no.comunidades.net/index.php?pagina=1838643757_03
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domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
Alcáçovas (By João Alfenim)
O compadre João Alfenim partilhou connosco estas fotos de Alcáçovas e que com muito gosto aqui publicamos.
Aproveitamos a oportunidade para vos falar de um Tratado aqui assinado e que teve uma importância enorme para a História: O Tratado de Alcáçovas.
O Tratado das Alcáçovas (também conhecido como Paz de Alcáçovas) foi um diploma assinado pelos representantes dos Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Castela e Aragão, por um lado, e o rei Afonso V de Portugal e seu filho João pelo outro, colocando fim à Guerra de sucessão de Castela (1475-1479). O tratado, assinado na vila portuguesa de Alcáçovas, no Alentejo, em 4 de setembro de 1479, foi ratificado pelo rei de Portugal em 8 de setembro de 1479 e pelos Reis Católicos em 6 de março de 1480, na cidade de Toledo, pelo que também ficou conhecido como Tratado das Alcáçovas-Toledo.
Vila Ruiva
Perde-se na lonjura dos tempos a data da fundação de Vila Ruiva. É possível que tenha sido habitada em épocas pré-históricas, como o foram vastas zonas próximas ainda dentro da sua freguesia (Albergaria dos Fusos) e a vizinha aldeia de Vila Alva.
Na época de dominação romana foi, muito possivelmente, uma «villa» rústica com alguma importância, como atestam as ruínas da sua represa ou um pequeno povoado nascido à beira da importante via que, passando sobre a ponte ainda existente, ia de EBORA a PAX JULIA. É, também, a velha ponte romana o único testemunho da dominação visigótica e árabe da zona.
Em plena Alta Idade Média deve ter tido a sua primeira igreja, possivelmente ainda antes da reconquista, à volta da qual cresceu um cemitério (actualmente adro da Matriz).
Deve o lugarejo ter mantido a sua importância a ponto de ter sido repovoado após a reconquista definitiva do Alentejo, na época de D. Sancho II.
Parece ter sido fortificada e daí, talvez, o interesse mostrado por D. Dinis em recuperá-la para a coroa, acrescentando assim aos seus domínios de Viana, Vila Alva, Alvito e termo de Portel.
Em plena crise dinástica de 1383-1385 pertencia Vila Ruiva a Fernão Gonçalves de Sousa, alcaide de Portel. Conquistada por D. Nuno Alvares Pereira a fortaleza de Portel, este vê os seus serviços recompensados por D. João I , com a doação em 1385, de algumas terras entre as quais Vila Ruiva e Vila Alva.
D. Manuel I concede o segundo foral à povoação, em 1512. O primeiro foral foi dado pelo Convento de Mancelo, no século XIII.
No Paço, hoje desaparecido, viveram largas temporadas alguns dos Mar queses de Ferreira: D. Francisco de Melo, segundo Marques e segundo Conde de Tentúgal, e seu filho D. Nuno Alvares Pereira de Melo, terceiro Conde de Tentúgal. A este lhe nasceu pelo menos um filho nesta vila: D. Rodrigo de Melo, nascido a 4 de Setembro de 1589 e baptizado na Matriz da povoação por seu tio D. João de Bragança, Prior de Guimarães. Foi fundador da Misericórdia local D. Álvaro, clérigo, terceiro filho de D. Rodrigo de Melo, primeiro Marquês de Ferreira e segundo Conde de Tentúgal.
A instalação oficial da confraria da Misericórdia data de 17 de Janeiro de 1572, embora já funcionasse desde Agosto de 1571.O antigo Hospital edifício ligado a esta igreja, passou a ser administrado pela Confraria da Misericórdia à qual foram anexados os largos bens do referido Hospital. Na igreja da Misericórdia é ainda visível, entre outras, a sepultura do seu fundador, D. Álvaro, morto em Alcácer Quibir.
Em 1527 tinha a vila 76 fogos e 85 no termo. Em 1758 tinha 96 vizinhos e 313 pessoas. A sua Misericórdia tinha cinco capelães, três dos quais com obrigação de missa quotidiana. A sua população actual (censo de 1970) é de 694 pessoas.
Teve a povoação juízes ordinários, três vereadores, procurador do concelho, escrivão da Câmara, juiz dos órfãos, tabelião e uma companhia de ordenanças. A sua igreja era da apresentação dos Duques de Cadaval. O Concelho de Vila Ruiva foi extinto em 1836 e anexado ao de Cuba a partir de 6 de Novembro de 1839.
- Emília Salvado Borges "O Concelho de Cuba"
sexta-feira, 28 de junho de 2013
José Baião Photography
É sempre com muito prazer que aqui partilhamos as fotos dos nossos compadres e comadres. O José Baião tirou estas fotos no fim de semana em que fizemos a Rota dos Peregrinos e o Fotografar Alcáçovas, eventos organizados pela Associação dos Amigos de Alcáçovas, no âmbito da XVIª Semana Cultural da nossa vila, tendo por finalidade dar a conhecer o vasto património cultural e natural aqui existente.
Livro dos Lavradores de Montemor-o-Novo e Alcácer do Sal
Este é um livro de família sobre a ascendência paterna do autor. Além das origens dos ramos Carvalho e Vacas, foi estudada até ao presente a descendência dos oito irmãos nascidos no monte de Vale dos Açougues, nas Alcáçovas, com ramos que incluem os Carvalhos de Vale Figueiras, de São Cristóvão e de Vale Carvalho, além de apelidos Mira e Gião, e a descendência dos dez irmãos nascidos no monte da Serra dos Mendes, da antiga freguesia de São Martinho do concelho de Alcácer do Sal, mas perto de São Cristóvão, Montemor-o-Novo, com ramos de apelido Morgado, Calção, Louro, Lecas Nunes, Martins, Braga, Vacas e Castro.
O Autor
António Aleixo Pais Vacas de Carvalho nasceu a 19 de Janeiro de 1941 em Montemor-o-Novo.
Formou-se em Engenharia Mecânica no IST em Lisboa e trabalhou, cerca de 40 anos, numa Metalomecânica de projecto e fabrico de equipamento pesado para barragens e de material circulante de caminho de ferro, a Sorefame, depois adquirida pela Bombardier. Foi mais de 10 anos Chefe do Gabinete de Projecto de Material Circulante e Coordenador de projectos de investigação europeus, Safetrain e Safetram. Casado desde 1966, reside em Montemor-o-Novo e Lisboa.Foi director, largos anos, do Club de Montemor e fundou a Conferência Vicentina de Montemor. Actualmente reformado é o responsável da Sociedade de S. Vicente de Paulo para a Arquidiocese de Évora.
O autor publicou anteriormente “O Fracasso de um processo – A Reforma Agrária no Alentejo” (1977), “Caminho na Bruma, poemas” (1976), “Forcados Amadores de Montemor” (1990), “O Mundo do Bem” (2003), como edições de autor (este ultimo também num site da internet, Mundo do Bem, em português, inglês e espanhol), e um artigo de genealogia “Família Nunes Rolão Corvo de Alcácer do Sal”, publicado na revista “Raízes e Memórias” (2007), todos depositados na Biblioteca Nacional.
Criou também uma reportagem quase completa da sua família, incluindo genealogia e fotografias, no site da internet Geneall Portugal.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Alcunhas Alentejanas
"A VOZ DO POVO TEM FORÇA E PERMANECE AO LONGO DO TEMPOS...
Fiz um "apanhado" de algumas alcunhas, a que achei bastante graça:
COÇA NAS VIRILHAS- o alcunhado apanhou sarna e as mulheres puseram-lhe esse nome
COLCHÃO DAS CIGANAS-sujeito que é gordo e que assedia jovens de etnia cigana
JABURU-homem que anda muito bem disposto
JÁ LÁ VAI-taberneiro que sempre que lhe perguntam algo, responde: já lá vai
LADRAVONA-pessoa gorda que prima pela falta de higiene
MATA MULAS-aplicado a um homem que matou uma mula
LAMBÃO-homem que come muito
MIS FITINHA- mulher magra e vaidosa
FARSOLO- tem os olhos tortos e usa óculos
CAVALO CIGANO-sujeito que se agita muito ao andar
CAGA TOSSE- o que tosse e deita gases ao mesmo tempo
COCA- o que gosta muito de ficar em casa e que é pouco dado ao convívio
COCA-BICHINHOS- individuo muito meticuloso
ACHIGÃ- o que tem o nariz achatado e gosta de pesca
BURRICO- individuo com o raciocínio lento
CAGA LIBRAS- gaba-se constantemente que tem muito dinheiro
CARRONHA-homem carrancudo
CICLONE-homem que anda muito de pressa
COME E DORME- o que não gosta de trabalhar
ESTAROLA- individuo considerado tonto
MATA BURROS-rapaz com a mania que tem músculos
PÁXÁ- rapaz fino
ZÉ DA HORTA-rapaz que gosta de cavar
CU DE LOBO-pessoa que tem o cu encolhido
CU DE RÃ- pessoa gorda com cu grande
ALDRAGAIO-pessoa que é metade de aldrabão e metade de papagaio.
ABESOIRO-pessoa que fala muito
ABUSAMENTO-Abuso
ABRONCADO- Individuo de modos grosseiros
ABORRIDO-Triste, melancólico
AFALCOADO-individuo que está em más condições financeiras
ALCOFINHA-Individuo alcoviteiro
CAGUINCHAS- pessoa queixinhas
Copiado do Blog: http://alentejodoamilcar.blogspot.pt/
CAOS no Pulo do Lobo (By Sandrinha)
Em 15 e 16JUN, a nossa comadre Alexandra Silva foi a organizadora dum fim de semana CAOS na zona de Mértola. Estreou-se assim como organizadora e está de parabéns, pois correu muito bem e todos os participantes adoraram.
O Circulo de Actividades Oxigénio e Sol está disseminado por todo o país e tem por função principal a sã convivência de todos os participantes em caminhadas gratuitas, dando a conhecer o magnifico Portugal que temos para disfrutar. Os organizadores são movidos por uma saudável carolice e não será exagero dizer que somos uma grande família de pedestrianistas "cominheiros".
Sim, porque a componente gastronómica do repasto-convivio final também é deveras importante...
O CAOS, como diz e muito bem um dos nossos veteranos, o compadre Manuel Madeira, "é um Alfobre de Benquerenças": Proporciona oportunidade ás pessoas para se conhecerem a si próprios e aos outros.
O Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal continental, situando-se no rio Guadiana, a montante de Mértola. As águas caem de mais de 20 m de altura sumindo-se num mar de espuma por uma garganta rochosa donde saem para um lago que, por contraste, parece estagnado, lá em baixo, entre as penedias. As margens altas e pedregosas, são tão apertadas que, segundo diz a lenda, até um lobo as transpõe de um salto.
As fotos foram gentilmente cedidas pela nossa comadre Sandrinha e fazem-nos morrer de inveja por não termos lá estado...