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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Fornos de Carvão








Antigamente os Fornos de Carvão Vegetal existiam em grande quantidade no Alentejo.
Hoje em dia é cada vez mais difícil encontrá-los em funcionamento, quer por questões ambientais ou por falta de interesse na dura profissão de Carvoeiro.
Antes da chegada da Primavera, as azinheiras e os sobreiros são limpas, a chamada "esgalha".
A lenha resultante dessa tarefa é utilizada para aquecimento nas lareiras ou para fabricar carvão vegetal nos fornos de carvão.
Os fornos são construídos em tijolo ou pedra,em forma de "iglo", ou simplesmente cobertos de terra de boa qualidade.
Enche-se o forno de lenha e fecha-se a porta com tijolo,depois de atear fogo à lenha.
Um ou dois tubos laterais (respiradouros) são as únicas aberturas existentes para o exterior, que funcionam como chaminé, permitindo a combustão da lenha. 
A madeira no forno vai ser submetida a altas temperaturas durante 3 a 5 dias, dando origem ao Carvão.
Depois de aberto o forno,o carvão vai ser partido em pedaços pequenos e embalado em sacos de papel.
O forno fica em arrefecimento cerca de uma semana até receber nova fornada de lenha.

Agradecimento: José Esteves ( Texto ) e Luísa Batalha ( Fotos ).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Para onde foram os insectos?


Os mais jovens talvez nem saibam, mas qualquer pessoa mais antiga lembra-se muito bem que até há uns 20 anos atrás qualquer viagem de carro significava um para-brisa coberto de insetos esmagados pelo impacto. 
Hoje, isso já não acontece da mesma forma.
Pode parecer ótimo viajar com um pára-brisas limpinho. 

Mas, isso não te diz nada? Afinal, para onde foram os insetos?
Cientistas associam o dramático declínio das populações de insetos ao agronegócio, devido à destruição de habitats naturais e aplicação de pesticidas.
O declínio dos insetos, além de ser uma tragédia por si só, afeta todos os ecossistemas terrestres, como a dieta dos pássaros, répteis e anfíbios, e a polinização das plantas, etc. O colapso das populações de insetos pode ser o prenúncio do colapso dos ecossistemas terrestres.


No Alentejo, o eco-sistema está a ser vitima de uma enorme ofensiva de monoculturas, com todos os inconvenientes que daí advêm...
Para ter uma ideia do que nos está a acontecer, veja este blogue:
https://navegantes-de-ideias.blogspot.com/2018/01/o-fim-da-planicie-e-morte-do-azeite-um.html








Fotos retiradas do blogue autoria da nossa comadre Guida Brito, 
https://navegantes-de-ideias.blogspot.com/

"Não hão-de tardar muito, afianço-te, a dar cabo deste vale fértil e a transformá-lo num inferno.
É a isso que chamam progresso.
Nunca ouviste essa palavra?
Pois fica a saber que quando alguém te falar de progresso, é porque quer escravizar-te !... "
- Albert Cossery, filósofo franco-egípcio, (1913-2008)

https://zap.aeiou.pt/ha-milhares-aves-morrer-no-alentejo-242792

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Santuário de Covinhas






Santuário de covinhas sobrevive ao avanço da agricultura super intensiva.
Perto do Rio Degebe, um afluente do Guadiana,.
Completamente cercado por oliveiras de crescimento rápido, este antigo local sagrado resiste por enquanto á ganancia humana...
Fotos da autoria do nosso compadre Luis Lobato de Faria, 
( Monte da Fonte Santa, Alandroal)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

De Viana do Alentejo a Albergaria dos Fusos

















O Grupo Pedestrianista Alcáçovas Outdoor está sempre a tentar encontrar novos trilhos e caminhos rurais que possam ser utilizados por caminheiros no Alentejo Central.
Hoje partilhamos convosco o percurso entre Viana do Alentejo e Albergaria dos Fusos...

07FEV19- Viana do Alentejo- Albergaria dos Fusos- Viana do Alentejo...
Cerca de 18 kms de caminhos rurais e alcatroados...
Recomendo uma passagem no Restaurante " A Mó ", em Albergaria dos Fusos...
Comidinha caseira, por encomenda... espectacular...

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Fábrica de Campainhas e Guizos de Alcáçovas






"Na minha fábrica de campainhas e guizos fundição de bronze e latão de Alcáçovas, todas as peças são fabricadas de forma artesanal, sempre com as três estrelas e marca Alcáçovas.
Todas as peças são produzidas ainda com o propósito de serem utilizadas em gados como também acessórios de cavalaria. 
Tudo isto impõe um enorme trabalho desde o seu fabrico até ao comércio final que tento sempre chegar directamente aos donos dos animais, proprietários ou não para que esta Arte não termine, ao longo do tempo fazem parte de um legado de família de uma tradição e região única. 
Tudo o que tento fazer afinal é uma salvaguarda do património."
- Rodrigo Sim Sim, Mestre Esquilaneiro 

Nota: Esta pequena Fábrica artesanal está situada no centro da vila, na Rua de S. Teotónio, perto do Mercado Municipal e do Sport Clube Alcáçovense, podendo ser visitada durante os dias úteis e sábados de manhã.






sábado, 23 de fevereiro de 2019

Alcácer do Sal













Alcácer foi conquistada pela primeira vez pelos portugueses em 1160. Em 1191 é de novo recuperada por Ya´qub al-Mansur, que a transforma em sede militar desta região do Garb al-Andalus, através da reconstrução das muralhas. Esta última presença islâmica irá durar até 1217, altura em que é de novo retomada pelos portugueses, auxiliados por tropas da V Cruzada.

Recebe Foral em 1218 e o rei D. Afonso II confia novamente a sua posse à Ordem de Santiago, que a transforma em sua sede. Estabelecida em Alcácer, a Ordem de Santiago dominou durante séculos um vasto território que começava em Sesimbra e terminava no Algarve, controlando totalmente o Baixo Sado, o Alentejo Litoral e a Costa Vicentina, prefigurando uma estrutura estatal dentro do próprio reino de Portugal, que deu lugar a vários conflitos com o poder régio e o poder eclesiástico instalado em Évora.

Em finais do século XIII a sede da Ordem de Santiago passa para Mértola para apoiar a conclusão da conquista do Algarve, mas pouco depois regressa a Alcácer onde se mantém até 1482, ano em que transita definitivamente para Palmela.