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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Salamandra de Costas Salientes

Salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodelo ou Salamandra-dos-poços)

(Pleurodeles waltl) - Michaelles, 1830

Considerada como o  maior anfíbio caudato da Península Ibéria, a Salamandra-dos-poços,   chega a atingir os 30 cm de comprimento. No tronco achatado possui até 10 protuberâncias dorsais de cada lado, por onde se projectam para o exterior os extremos das costelas. A sua distribuição é muito restrita, já que apenas se pode encontrar em Portugal, Espanha e na região Ocidental de Marrocos.

Nos membros anteriores dispõe de quatro dedos e nos posteriores de cinco.

Larvas de insectos, crustáceos e outros invertebrados aquáticos constituem a sua dieta predilecta. Em condições especiais poderá também alimentar-se de restos de vegetais, de pequenos peixes ou mesmo assumir-se como canibal. Suporta jejuns de meses em caso de necessidade.

Vive em charcos, lagos, poços ou cisternas, em habitats mediterrânicos. Pode  hibernar durante os meses mais frios, mas nas regiões de clima mais ameno mantém-se activa todo o ano.

O lagostim-de-rio-americano, a cobra-de-água e peixes como a carpa e o achigã constituem uma séria ameaça para o desaparecimento desta espécie em certas zonas. Defende-se dos seus predadores segregando substâncias através de glândulas tóxicas e pelas protuberâncias dorsais. Perante uma ameaça fica arqueada e com aspecto assustador, chega a morder e emite sons.

Na época reprodutiva, o macho coloca-se sob a fêmea e carrega-a durante horas ou até dias.  agarra-a com os membros anteriores e pressiona-a com a cabeça estimulando-a. A certa altura solta um dos braços de modo que as cloacas fiquem em contacto, dando-se a recolha, pela fêmea, do espermatóforo. Dias depois a fêmea deposita de 200 a 800 ovos , em plantas, rochas ou no fundo do charco. Duas semanas depois ocorre a eclosão, iniciando-se o período larvar que decorre durante cerca de 4 meses. O estado adulto é atingido com um ano e meio de vida.

Nalgumas zonas do Leste da Península Ibérica colocam estas salamandras nos poços considerando-se que  a sua presença assegura que a água se mantém limpa.

Em baixo podem observar-se imagens obtidas de um exemplar que se encontrava hibernado debaixo de um tronco de acácia em estado de decomposição. A hibernação foi acidentalmente interrompida quando se procedia à limpeza do terreno que incluiu a remoção daquele tronco.

Reino:     Animalia
Filo:        Chordata
Classe:    Amphibia
Ordem:   Caudata
Família:  Salamandridae
Género:  Pleurodeles
Espécie:  P.waltl

Imagens captadas na Quinta da Casa Nova, Cortiçadas, Montemor-o-Novo




Copiado do Blog do nosso compadre João Gil Borges : http://benquerer-jogilbo.blogspot.pt/

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