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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Alcáçovas
Alcáçovas e não Alcáçova (do árabe al-qasba = fortaleza com residência soberana no interior) pois acredita-se que aqui existiram duas fortalezas.
No Jardim Público, junto ao coreto, em tempos recuados acontecia a Feira da Conversa. Da “conversa” pois apesar dos cestos do Algarve, da ourivesaria de Gondomar e outras joias vindas de vários lugares de Portugal, os frequentadores, oriundos das localidades em redor, aproveitavam o ensejo para por a conversa em dia… para desespero dos feirantes que nada vendiam. Daí o nome: Feira da Conversa.
Nesse mesmo jardim já teve também lugar a Feira do Chocalho. O chocalho, um símbolo da vila. Aliás, garantem os pastores, os chocalhos pendurados aos pescoços das animálias, aumentam a produção de leite.
No sec. XIX existiam duas bandas filarmónicas: a Banda dos Pés Frescos – formada por elementos de baixo poder aquisitivo – e a Banda dos Nalgueiros – mais abastados, e não só de nalgas… Ambas faziam arruadas e sempre que se encontravam era briga certa. Mas um dia fizeram as pazes: juntaram-se e criaram a Sociedade União Alcaçovense.
Na Igreja Matriz São Salvador, chamam-me a atenção quatro leões em madeira que foram trazidos da Índia. Na verdade, dessas paragens vieram oito dessas estatuetas. As outras quatro estão no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Estas e outras coisas aprendi caminhando pelas ruas da vila, com Nuno Grave servindo de cicerone.
Alcáçovas, uma vila com história, dizem os seus habitantes.
Uma vila cheia de histórias, penso eu.
Texto e foto gentilmente cedidos pelo compadre Pedro Veludo.
Foto: Coreto de Alcáçovas
https://www.facebook.com/pveludo/posts/1445697832320318
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