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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Prisioneiro de Guerra em 9 de Abril de 1918


Francisco José da Mata 
Alcunha - Ti Xico Arroba

"...às vezes estavam muito descansados e depois ouviam aqueles barulhos muito grandes…os estilhaços que lá metiam e aquilo rebentava fugiam prá qui, fugiam pra lém e metiam-se naqueles buracos dizia ele…por aquela terra a fora e depois caiam aqueles estilhaços…abalavam a fugir morriam dois morriam três e dizia ele que ouvia os outros muita vez…ai amigos levem-me, ai amigos ajudem-me, mas outros ficavam logo…”

“…ele teve a sorte de escapar, mas viu lá morrer muitos, muitos, muitos dizia ele…”, “…e às vezes tinha pena de os ouvir, mas para se safar a eles não olhavam para os outros…”

Testemunho Oral de Joaquina Rosa da Mata, 84 anos. 
Filha de Francisco José da Mata.


De: Francisco José da Mata
Último domicílio: Paroquia das Alcáçovas
Concelho de: Viana do Alentejo
Distrito de: Évora
Ocupação: Trabalhador
Nasceu a 3 de Dezembro de 1894
Filho de Feliciano Augusto da Matta e de Lourença da Nazareth Monteiro
Residentes em: Alcáçovas
Concelho de: Viana do Alentejo
Distrito de: Évora
Estado: Solteiro


...da instrução de recruta em 28 de Agosto de 1915.
Licenciado em 12 de Setembro indo domiciliar-se na paróquia de Alcáçovas concelho de Vianna do Alentejo.
Passou ao R.I. 17 em 26 de Março de 1916 (S.E.).
Presente em 21 de Setembro fazendo parte do C.E.P. embarcou para França em 8 de Agosto de 1917 desde quando conta com 100% de aumento sobre o tempo de serviço.
Prisioneiro de guerra em 9 de Abril de 1918.
Presente no C.E.P. em 20 de Novembro.
Desembarcou de regresso de França em 13 de Janeiro de 1919.
Aumenta 299 dias. Licenciado em 16 de Junho.


Batalha de La Lys - 9 e 10 de Abril de 1918
Em memória dos que lá sofreram e tombaram.
1ª Grande Guerra 1914-1918

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