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sábado, 31 de outubro de 2015

Serpa, Terra Forte...









Existe um aforismo com muitos séculos: “Serpa serpente, boa a terra má a gente”. Mas os corais alentejanos emendam e dizem: “Boa terra, melhor gente”.
Reportagem dum passeio por dentro da alma da cidade de Serpa...
Gostei muito de Serpa, hei de regressar mais vezes...







sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ruínas da Ermida de S. Barnabé





Numa das nossas recentes caminhadas (Projecto Alcáçovas Outdoor Trails) por Aguiar, ficámos a conhecer as ruínas da antiga Ermida de S. Barnabé. Localizada na Herdade dos Casões, esta estrutura terá sido edificada nos inícios do século XVI, estando referenciada como património pertencente à família Alarcão. De planta quadrangular, embora o estado de degradação seja elevado, ainda é perceptível a frontaria e a única fresta que a iluminava. A nave de um único tramo não passa de um monte escombros, no entanto, isso não nos impede de procurar saber um pouco mais sobre curioso local. 
Atendendo ao Inventário Artístico de Túlio Espanca, as referencias que nos surgem, referem que em devoção a S. Barnabé, existiu uma irmandade de camponeses, que em determinado dia do ano desenvolviam festividades e também uma procissão que tinha como ponto de partida a Ermida de S. Barnabé e a sua chegada na Igreja Matriz de Aguiar. Se consultar-mos a biografia de S. Barbabé, este santo é comemorado litúrgicamente no dia 11 de Junho, data da sua morte em Salamina em (61 d.C.). Provavelmente esta seria a data das festividades em Aguiar em honra de S. Barnabé. De referir ainda que este é o santo padroeiro do Chipre, sendo considerado santo e apóstolo tanto pela Igreja Católica como pela Igreja Ortodoxa.

Como dado curioso, a imagem de S. Barnabé, não se perdeu e ainda se encontra em Aguiar. Numa visita pela Igreja das Chagas e depois de um olhar mais atento, lá estava a imagem de S. Barnabé de Aguiar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Safari Fotográfico em Viana do Alentejo (07NOV15)


Não vamos conseguir fotografar leões nem gazelas, porque aqui no Alentejo não os há... Mas vamos decerto encontrar muitos alvos para as nossas objectivas. E é a caminhar, com tempo para conviver, sem stress, sem poluição. (não pensem que vamos montados em viaturas todo-o-terreno)...
Gratuito, basta trazer boa disposição e farnel para almoçar no campo...

Concentração: Piscinas de Viana do Alentejo
Hora de Concentração: 09H45
Inicio: 10H00
Distância do Percurso: Cerca de 14 Kms
Grau de Dificuldade: Grau 2 - Percurso com algumas subidas em estradão ou caminhos de pé posto, com piso pedregoso e/ou lamacento. Existem subidas com desníveis superiores a 100m, mas sem qualquer dificuldade técnica. Possibilidade de encontrar gado de pastoreio. (Ovelhas e bovinos)
Descrição do Percurso: Caminhada com começo e final em Viana do Alentejo, junto á Serra de S. Vicente, com passagem em várias pedreiras abandonadas...
Almoço: Picnic no campo. Cada participante que traga o seu alimento..
Lanche-Convivio em Viana do Alentejo, no Café-Restaurante A Fonte. (Facultativo)
Preço : 10 Euros por pessoa.
Limite de participantes no Lanche-convívio: 40

Viana do Alentejo está situada a 48 Kms de Montemor-o-Novo, a 30 Kms de Évora e a 148 Kms de Lisboa.
Nota: A actividade é gratuita e não tem seguro. Cada um caminha por sua conta e risco...

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os novos "Ratinhos"


 O Alentejo tem sido notícia, com um certo sabor ao seu passado camponês, pelos frequentes episódios de exploração desumana do trabalhador rural.
Desta feita não na ceifa das planícies, mas na apanha da azeitona nesse reticulado industrial de olivais que nunca chegam a ser árvores.
O "ganhão", que trabalha à jorna, não fala português, e dir-se-ia que o trabalhador rural alentejano passou a ser na sua maioria os ratinhos de outrora, já não vindos das beiras, mas do leste cigano da europa ou de longínquas paragens asiáticas.
Serem noticia não se lhes deve tanto ao seu exotismo, já os anteriores ratinhos beirãos das ceifas do séc. XX eram afamados pelo seu alarido.
Antes se deve à retomada dos mesmos epítetos com que José Alves Capela e Silva, no livro Ganharias de 1939, descrevia “toda essa população aventureira e miserável, que invade a planície, — em contraste com os seus naturais em geral de temperamento sedentário, — á mingua de recursos nas suas terras, e que se sujeitam às mais baixas missões nas lavouras”.
Em como permanece o sentido depreciativo, desse “rato ou ratinho [que] significa para a ganharia, uma coisa inferior, quási desprezível.” Ou como permanece nos novos ratinhos do séc. XXI o “descanço fugidio, porque a ceifa de ratinhos não é trabalho  para  entreter.
Desde que chegam até ao dia da abalada, sentem cair sobre eles o peso despótico do mundo que os rodeia.”
No cenário renovado dos campos de hoje, novos actores desempenham o mesmo papel que outros antes assumiam.
Também o “manageiro” que mediava com os senhores das herdades é agora um efémero empresário actuando nas Empresas de Trabalho Temporário (ETT).
Uma fórmula perfeitamente legal que cobre as actividades sazonais enquanto excepção ao contrato de trabalho sem termo; e uma fórmula perfeitamente imoral que vai impondo um salve-se quem puder ao trabalhador rural. Uma fórmula no entanto perfeitamente normal e esperada na engrenagem capitalista do agro-industrial.
Estes senhores do latifúndio permanecem como os actores por excelência que dão início à peça em cartaz. São reputados empreendedores do novo Alentejo agrícola.
O seu papel, nesse ponto tantas vezes elogiado, como por magia some-se do elenco quando são noticiados casos atrás de casos de exploração e escravatura, da desumanidade das condições nos olivais e do tráfico de seres humanos alimentado por redes mafiosas operando a coberto das ETT. Nas muitas reportagens que se tem sucedido, o seu nome e o nome das herdades não está lá, como se nada fosse com eles. Pilatos, não faria melhor. (...)




Texto da autoria do nosso compadre Filipe Nunes copiado (parcialmente) do Diário do Alentejo http://da.ambaal.pt/                                          

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Caminhada/ Corrida Outubro Rosa (Alcáçovas, 25OUT15)










Fotos da Caminhada/Corrida Outubro Rosa, organizada pela Junta de Freguesia de Alcáçovas e pela Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional Sul, em 25OUT15.

Fotos gentilmente cedidas pelo nosso compadre Manuel Roque.

TransAlentejo Alqueva

                                 TransAlentejo Alqueva- 11 Percursos. 6 Fins de Semana

PROGRAMA:

24/Out/2015 – 11 Horas
PR1 BRB "Fantástica Serra d’Ossa” Rio de Moinhos, Borba

25/Out/2015 – 10Horas
PR3 ADL "Conquista de Terena” -Terena, Alandroal

21/Nov/2015 – 10Horas
PR4 MTL "À Volta do Montado” – Mértola

22/Nov/2015 – 10Horas
PR1 SRP "Trilho da Azenha da Ordem” – Serpa

5/Dez/2015 - 10Horas
PR1 BJA "Azenhas e Fortins do Guadiana” – Quintos, Beja

6/Dez/2015 – 10Horas
PR1 PRL "Amieira a Alqueva com o Lago a seus Pés” – Aldeia da Amieira, Portel

19/Dez/2015 – 10Horas
PR1 MOU "Pelo Património Vivo de Mourão” – Mourão

20/Dez/2015 – 10Horas
PR1 RMZ "Escritas de Pedra e Cal” – Monsaraz, Reguengos de Monsaraz

9/jan/2016 – 10Horas
PR1 BRC "Da Serra Colorada ao Cerro do Calvário” - Barrancos

10/jan/2016 – 10Horas
PR2 MRA "Rota da Água de Moura” – Moura

23/jan/2016 – 10Horas
PR4 "Eremitas da Serra d`Ossa” – Aldeia da Serra, Redondo
 
Requer consulta no site www.sal.pt
Caminhadas Pagas e com inscrição obrigatória.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Oriola

 







Oriola é uma pequena aldeia alentejana nas margens da Barragem de Albergaria dos Fusos e pertencente ao Concelho de Portel.
Rodeada de uma paisagem lindíssima, existem várias ruínas de interesse nas proximidades: A Igreja de Nª Sra da Assumpção e a Ponte Romana.
Mas hoje não é de edifícios e paisagens que quero falar, quero contar-vos uma história de pessoas. O nosso país está a ficar desertificado e, ás vezes, são as pessoas vindas de fora que vêm fazer a diferença e continuam a manter as coisas a funcionar.
Há uns anos, a Escola Primária de Oriola esteve para fechar, pois não havia crianças suficientes para a encher. E foi uma família romena que veio trabalhar para uma herdade ali perto acabou por salvar a situação: como tinham vários filhos em idade escolar, o número de crianças que era necessário para a escola não encerrar foi ultrapassado e o Ministério da Educação teve de a manter aberta.
E as crianças não abalaram para Portel...

domingo, 25 de outubro de 2015

Esquilas...

 








«Muitas são as localidades, vilas, cidades ou aldeias, que através dos tempos conseguem manter uma especialização industrial ou artística, que é como que o fácies característico e inconfundível que as torna conhecidas. Alcáçovas também possui a sua indústria própria, especial, única, os chocalhos, através dos quais o seu nome se tem tornado conhecido...»
A produção de chocalhos e de esquilas constitui a principal indústria da povoação de Alcáçovas que os fabrica desde o século XVIII, e cujo segredo se mantém na posse de algumas famílias que o vêm transmitindo de geração em geração, levando-o consigo quando emigram. Deste modo, é possível encontrar aqueles objectos de artesanato em Serpa, Estremoz e Portalegre.
Hoje, o fabrico destes objectos continua a processar-se exactamente do mesmo modo, e as oficinas mantém o mesmo aspecto de há 200 anos. Mas, o seu número tem vindo a diminuir drasticamente. Ainda há 40 anos havia dezasseis oficinas, das quais actualmente apenas três funcionam.
Os chocalhos e as esquilas eram usados para pendurar ao pescoço de alguns animais (os guias), à volta dos quais se juntavam os outros enquanto pastavam. Também serviam para indicar o paradeiro das reses mais gulosas quando estas se afastavam da manada para os campos semeados. Actualmente, o sistema de limitar as zonas destinadas à pastagem com cercas aramadas está a fazer cair em desuso a utilização dos chocalhos
Os ganadeiros tinham orgulho em apresentar os seus animais munidos de chocalhos ornados com as iniciais da casa agrícola a que pertenciam e pendurados ao pescoço por coleiras de couro cravejadas e trabalhadas. Essas coleiras eram presas segundo dois sistemas: com fivelas de metal ou peças de madeira (cáguedas), também primorosamente decoradas.
Os chocalhos têm nomes diversos conforme os tamanhos, que podem ir desde os 2 aos 50 cm de altura. Os de formato grande destinam-se ao gado vacum e cavalar e a alguns bodes guias. Os médios aplicam-se no gado lanígero e os pequenos em animais domésticos. Hoje, são vendidos principalmente para fins decorativos e os compradores e coleccionadores, sobretudo estrangeiros, preferem adquirir os chocalhos já usados.
(Adaptado de Mário do Rosário - A vila de Alcáçovas – 1924)
 
Fotos tiradas na Oficinas de Mestre Rodrigo Sim Sim, em Alcáçovas.

sábado, 24 de outubro de 2015

Trident Juncture 2015












Trident Juncture 2015
O LIVEX do maior exercício da história recente da NATO tem início no dia 21 de outubro, a partir de três nações hospedeiras: Portugal, Itália e Espanha. No território nacional, o Trident Juncture 2015 (TJ15) decorre nas zonas de Beja, Santa Margarida, Tróia e Setúbal, com a presença de cerca de 13 mil militares no terreno, de 14 países da Aliança.
Até ao dia 06 de novembro, meios da Força Aérea, da Marinha e do Exército nacionais (perto de três mil homens) vão estar envolvidos no treino tático e na certificação de diversas unidades militares, bem como no treino dos Comandos de Componente da NATO RESPONSE FORCE 2016. O objetivo principal do exercício é demonstrar a capacidade da NATO em planear, gerar, preparar, projetar e sustentar forças e meios atribuídos.
As componentes Aérea, Terrestre, Marítima e de Operações Especiais de diversos Quartéis-generais NATO vão trabalhar de forma articulada, a partir de várias localizações, num ambiente complexo e desafiante.
Só na Base Aérea N.º11, em Beja, a Força Aérea Portuguesa terá destacadas seis (6) aeronaves F-16, um (1) P-3C CUP+ e um (1) EH-101 Merlin, ao lado de mais de 30 aeronaves internacionais, de nove países.
Várias organizações internacionais, agências de auxílio e organizações não-governamentais participam também no exercício, comprovando o compromisso e a contribuição da NATO para uma abordagem abrangente no âmbito da segurança internacional.

Informação retirada do site da Força Aérea Portuguesa.