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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Funcheira




A Estação Ferroviária de Funcheira, é uma estação de caminhos de ferro da Linha do Sul, que serve de interface com a Linha do Alentejo; situa-se no Concelho de Ourique, em Portugal.
Em Agosto de 1914, os comboios começaram a laborar na recém-criada aldeia-estação da Funcheira.
Embora o troço entre Amoreiras-Odemira e Casével do Caminho de Ferro do Sul tenha sido aberto à exploração em 3 de Junho de 1888, a Estação de Funcheira apenas foi instalada, como local de entroncamento, quando foi aberto o troço até Alvalade da Linha do Sado e com a inauguração do troço Garvão-Alvalade em Agosto de 1914.
Em 1932, foi construído um dormitório para pessoal, com capacidade para 67 camas, e, em 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial de Caminhos de Ferro aprovou a instalação de uma secção de Via e Obras nesta estação.
Com cerca de 500 habitantes, muitos deles ferroviários e com trabalhos ligados à ferrovia, comércios vários, casas e ruas arranjadas, um clube de futebol (o Clube Ferroviário da Funcheira) e um rancho folclórico, hoje, pouco resta. Com uma população envelhecida, de ruas quase desertas, a própria estação que se encontra fechada.
Funcheira é hoje uma pálida imagem da terra e da estação que já foi, à semelhança de muitas outras estações ao longo da linha do Alentejo.
1  “Sobre a Estação da Funcheira, escreve o autor: “E que estação!”, descrevendo em seguida os vários elementos, desde as três plataformas, os dois elegantes armazéns, os depósitos de água, os dois magníficos pavilhões com dois pisos – para albergar os ferroviários e suas famílias, a giratória – onde as máquinas faziam a inversão da marcha, as casas da companhia.”
“(…)e, claro, o monumental edifício principal a que as gentes da serra chamam «Casa da Espera». De facto, é este o centro de todas as atenções, um belo prédio com um corpo central de três pisos e dois laterais com dois cada, dotado de óptimas cantarias, azulejos e trabalhos de massa e metal e um curioso telhado de mansarda cujas telhas imitam vieiras em cerâmica. Diz-se que não há outro igual ou parecido em Portugal e, de facto, apesar de existirem centenas de estações, não consegui descobrir uma que se assemelhasse a esta. É única e bonita. Só a estação em si era motivo de orgulho dos locais e razão para que muitos ferroviários lá quisessem trabalhar.”
Fontes:
2 -Texto do livro “Funcheira, Tesouro perdido dos caminhos-de-ferro” de Miguel de Góis Silva
Jornal: Diário do Alentejo: Os 100 anos da aldeia-estação
Fotos retiradas da Internet e texto copiado do site: http://webrails.tv/tv/

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