Páginas

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A Formiga Vadia ( Poema de José Silva Máximo)




Formigas parasitas....quem as não conhece por aí?
O poeta popular Alentejano, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, parece que, do alto dos seus 92 anos, conheceu uma...
Ora leiam lá por favor....

A FORMIGA VADIA
Uma formiga vadia
Vivia num formigueiro...
Em nada contribuía
Para manter o celeiro.
A fingir que trabalhava
A formiga mandriona,
Com ares de espertalhona
As colegas, enganava...
Com as outras alinhava
No carreiro se metia,
Nada levava ou trazia,
Não passava de impostora,
Era uma formiga traidora
Uma formiga vadia.
A formiga era bonita,
Um pouco grande a cabeça,
Por estranho que pareça
Mas era um parasita;
Nunca se mostrava aflita,
Chegava sempre primeiro,
Vagueando o dia inteiro
Parecia às outas igual,
Seis pernas, tinha, afinal...
Morava num formiguei
Um certo dia, porém,
Essa formiga esperta
Veio a ser descoberta
E acusada também;
Vaiada como ninguém
O tinha sido algum dia...
Perante tal gritaria
Foi presa e a julgamento
Que o seu mau comportamento
Em nada contribuía.
Foi juiz, um formigão
Que a julgou sem piedade;
Pois naquela sociedade
Não existia o perdão...
Foi ditada a expulsão
E uns açoites no traseiro,
Atirou-se a um ribeiro
Ali morreu afogada,
Porque não fazia nada
Para manter o celeiro.
2017.11.12
Autor: JOSÉ DA SILVA MÁXIMO

Sem comentários:

Enviar um comentário