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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
Sal em Moura e Barrancos
A Vila de Barrancos e o território que a circunda são locais com uma magia difícil de explicar em palavras. Situada no extremo leste do Alentejo, mesmo encostada à linha de fronteira, esta localidade guarda em si uma centralidade assegurada pela sua estratégica posição geográfica e pela temperança das gentes que sempre souberam viver em local aparentemente distante. A história de Barrancos e das suas gentes é a mistura perfeita entre dois povos vizinhos com tradições comuns. Este enquadramento perfeito é delimitado por duas elevações que embalam a Vila de Barranco. A Serra Colorada, assim chamada pelas cores fortes e terrosas de castanhos e vermelhos do xistos com 300 milhões de anos que a constituem e o Cerro do Calvário, elevação histórica onde, em 1866 o General Prim, revoltoso com o governo espanhol, entregou ao Administrador do Concelho de Barrancos as armas, munições e cavalos que tinha em seu poder após a revolta falhada contra o governo de Espanha.
Em Moura encontramos a alma de vários séculos de história e de estórias.
A começar pela Lenda da Moura Salúquia que se atira da torre quando se apercebe do ataque encapotado dos cristãos após emboscada ao seu amado. O território, que hoje bordeja o Rio Guadiana, logo depois da Barragem do Alqueva, foi estratégico em todas as lutas pela cristianização bem como nas lutas da restauração e guerras liberiais. A sua interioridade e proximidade a Espanha conferem-lhe uma identidade cultural muito própria, marcada por laços sociais, económicos e culturais fortalecidos com o país vizinho. Uma terra alva e limpa como a água que brota por todos os lados, onde os caminhos remetem para velhos tempos com torres de vigia junto ao rio em vigia de inimigos ancestrais, com quintas agrícolas e com olivais a perder de vista em colinas verdejantes. Um deleite para os olhos com paisagens deslumbrantes e um saber e sabor do Alentejo autêntico.
http://www.sal.pt
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