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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Picota ou Cegonha...


Engenho simples e tosco em madeira, existente há 5000 anos e que é originária da Mesopotâmia, outras fontes referem ser de origem romana, que servia para tirar água dos poços pouco fundos ou de vales, rios e ribeiras, para as regas.
picota ou cegonha é um aparelho de elevar água que, até muito recentemente, era usada de norte a sul do país. Hoje, restam algumas, essencialmente em poços, com pouco ou nenhum uso, que ainda resistem à popular moto-bomba.
Utilizadas por diferentes povos desde tempos muito recuados foi usual não só em Portugal mas também na Espanha, na França, na Grécia, no Egipto, e daí até ao Japão, sem quebra de continuidade.
De uma vara comprida que balanceia sobre uma forquilha está pendurado, de um lado, o balde que se mergulha na água. Do outro um contrapeso, vulgarmente de pedra, faz subir o balde cheio de água. A forquilha é geralmente de madeira. 
Engenhos deste tipo são já representados em antigas pinturas egípcias desde 1.500 a.C. podendo levantar água a mais de metro e meio. Na Babilónia, Mesopotâmia, o seu uso é mais antigo sendo já testado no terceiro milénio a.C.
Outro método usado para irrigar o campo, é o do picanço, uma técnica executada pelo homem que permitia tirar água com relativa facilidade dos poços e ribeiros baixando e levantando um balde preso no extremo de uma vara. Os açudes, muros de pedra construídos na ribeira ou levadas, serviam para reter, elevar e desviar a água destinada à rega, heranças árabes que contribuíram para a evolução da cultura de regadio um pouco por toda a parte. Na nossa região era conhecida por picota ou gaivota. Mas tinha outros nomes: Cegonha, balança, burra, picanço, saragonha, varola, zabumba, zangarela, bimbarra.

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