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sábado, 22 de agosto de 2020

Passadiços de Sirga - Amieira do Tejo
















Em viagem numa mudança de planos de itinerário o GPS recalculou e orientou-nos, por uma estrada de terra batida, exploradores e movidos pela aventura seguimos de carro até ao lugar de Vila For, onde ficamos surpreendidos e pessoalmente agradados com a arquitectura contemporânea da capela, construída sobre o enquadramento das ruínas da antiga Igreja Matriz de Vila For. De regresso á estrada chegámos a Amieira do Tejo, União de Freguesias de Arez e Amieira do Tejo, Concelho de Nisa.
Na aldeia de Amieira do Tejo explorámos as suas ruas estreitas feitas de calçada de pedra e as arcadas dos antigos paços do concelho. Fazendo uma visita ao castelo medieval, construído no séc. XIV tendo grande importância na defesa da linha do Tejo. No alto do casario sobressai a Capela do Calvário, edifício em pedra do século XVIII.
Para trás ficou Amieira do Tejo, num olhar atento para o mapa seguimos a estrada N356 em busca do Rio Tejo ao que pensávamos tratar-se de uma antiga ponte sobre as águas do Rio Tejo, o que não se verificou. Ao chegar ás margens do Rio Tejo a estrada acabava literalmente dentro do Rio, procurando explicações, consultámos o placar informativo PR1 – Trilho das Jans.
Antes das construções das barragens e pontes a travessia do 
Rio Tejo neste lcoal era feita através da “Barca D´Amieira” que possibilitava a passagem de pessoas, bens e animais. A 22 de Setembro de 2019, foi inaugurada a nova “Barca de D´Amieira”, recuperando a tradição e permitindo novamente a travessia do Rio Tejo, para o transbordo de pessoas e automóveis de forma a preservar o património histórico e cultural do Tejo Internacional. 

Outras das descobertas neste local foram os muros de sirga, os passadiços da época! Os muros de sirga do Tejo foram outrora essenciais para a navegação fluvial até ao Porto do Tejo, em Vila Velha de Ródão, neles circulavam juntas de bois que puxavam os barcos. Grande parte dos muros de sirga foram submergidos pelas albufeiras das barragens de Belver e de Fratel. Caminhando pelos muros de sirga numa extensão de 3km “os passadiços da época”, que nos levam até à ribeira de Figueiró. Numa viagem pelo vale do Tejo, seguindo paralelos ao rio, acompanhados pela linha de comboio na outra margem, testemunhando a foz do Rio Ocreza e a Barragem do Fratel em autenticos miradouros naturais.

Informações “Barca D´Amieira” https://www.cm-nisa.pt/index.php/imagem/noticias/234-noticias-2019/1754-barca-d-amieira-plataforma-flutuante-rio-tejo


Agradecimento: Tiago Duarte.
Fotos retiradas da Internet, autores descomhecidos.

1 comentário:

  1. Um pequeno paraíso, alcançável também por comboio, linha da beira baixa, numa viagem lindíssima sempre companheira do Tejo. Na barca da amieira, atravessa se o rio na barca até à margem sul onde se situa a vila, verdadeiramente idílico.

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