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terça-feira, 26 de novembro de 2013
PR9 MRT- Entre o Escalda e o Pulo do Lobo
A estrada para chegar ao inicio do percurso pedestre “PR9 MRT – Entre o Escalda e o Pulo do Lobo” é uma estrada tipicamente alentejana onde, por entre planícies e pequenos montes dourados, o número de automóveis que encontrei se podia contar pelos dedos de uma mão.
O trilho tem início numa zona de caça, pelo que é importante ter algum cuidado ao realizá-lo nos meses em que esta ocorre. Por várias vezes ouvi tiros ao longe, o que redobrou a minha atenção a cada passo dado.
Poucas dezenas de metros após o inicio da caminhada e no cimo do primeiro monte, já se avistam as curvas do Guadiana, ao fundo no vale.
O percurso, bem assinalado nesta fase, encaminha-me rapidamente para as margens do rio. As primeiras imagens deste são fantásticas. Beija os montes com um rumo bem definido até Vila Real de Santo António.
Cheguei às ruinas da antiga casa do moleiro do moinho do Escalda e continuei a descer por um trilho em terra batida até às margens do rio.
Ao chegar, percebi que tinha começado a secção mais descuidada deste percurso. A zona não estava limpa e as ervas que aqui proliferam atingem facilmente a altura da cintura, tornando o avançar no caminho correcto mais difícil e penoso do que o expectável.
Continuo caminhando apesar de há muito não ter a certeza de estar no percurso assinalado. As marcas não estão bem visíveis ou não existem, mas sei que continuando a descer a margem, acompanhando o forte caudal, irei encontrar com certeza o Pulo do Lobo.
Com receio da minha passagem, várias tartarugas que se banhavam ao sol nas enormes pedras da margem, fugiram, submergindo tão depressa quanto possível para as águas do rio, escondendo-se assim do visitante inesperado.
Os rápidos ensurdecedores ofereciam a banda sonora a esta fase da caminhada que se foi desenrolando pausadamente devido à sua dureza e falta de sinalização.
Por fim, tudo valeu a pena. Andar quase em escalada e perdido nas margens do Guadiana para poder admirar o Pulo do Lobo.
Uma impressionante queda de água surge aos meus pés, fruto da natureza que mostra aqui toda a sua força e imponência. O som estrondoso do contacto da água com as pedras é impressionante e absorve todos os outros.
Senti vertigens e alguma insegurança no miradouro, visto que as correntes de protecção não me pareceram muito seguras. Aconselho o máximo de cuidado a quem o visitar.
Regressei agora por estrada em terra batida, sempre subindo a encosta, serpenteando entre eucaliptos, oliveiras e vegetação autóctone.
Texto e foto copiados do site www.solagasta.com
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