sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Feira de Alvito


Feira dos Santos é a ultima que se realiza em cada ano na região alentejana. Tal facto, aliado à sua intensa actividade comercial, contribui para o enorme prestigio de que desfruta na região.
Numa altura em que a grande maioria das feiras se tem gradualmente transformado em mero local de diversão, a Feira dos Santos tem conciliado, a par desta característica, as vertentes de comércio tradicional e de local de encontro de amigos, particularidades reveladas ano após ano.
Frutos secos, vestuário, utensílios agrícolas, artigos domésticos, são exemplos do intenso comércio que caracteriza a Feira dos Santos, fazendo com que nos dias da Feira afluam a Alvito milhares de pessoas vindas de todo o país.
Entretanto, tem também havido um grande empenho no sentido de dotar a Feira de actividades de carácter cultural e recreativo que estejam ao nível do seu prestígio.
Visitar a Feira dos Santos, é pois, uma obrigação e um óptimo pretexto para conhecer Alvito, a sua beleza e o seu património.
Aqui, as batatas doces, nozes, castanhas, amêndoas ou figos são os reis da festa.


Visto em - http://www.cm-alvito.pt/

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Caminhos do Pão (Borba)


Cante, um Hino ao Alentejo...

Documentário sobre o Cante "Alentejo, Alentejo" de Tréfaut estreou-se no dia 28 do mês passado.

O documentário insere-se no projeto de candidatura do Cante a Património Imaterial da Humanidade e conta com a participação, entre outros, d'Os Camponeses de Pias, dos Cantadores da Aldeia Nova de S. Bento, do Grupo Coral da Casa do Povo de Serpa e do Grupo Feminino de Alcáçovas, que interpreta "Portugal está na crise", ...uma letra contemporânea.

"Alentejo, Alentejo", que inclui ainda a participação de várias escolas básicas, recebeu o Prémio para o Melhor Filme Português no Festival Indie Lisboa, deste ano.

"Nascido nas tabernas e nos campos, o cante transmitiu-se ao longo de várias gerações. Nas últimas décadas, com a diáspora alentejana, novos grupos surgiram na periferia de Lisboa e em diversos países de emigração. Muitos deles formados por adolescentes e crianças, provando que o cante está vivo e é o traço identitário de toda uma população", afirma em comunicado a produtora.

"'Alentejo, Alentejo' é uma viagem a um modo de expressão musical único e à paixão dos seus intérpretes", segundo a mesma fonte.

Além dos grupos participantes, como o Papoilas do Corvo, o filme do realizador nascido no Brasil regista vários depoimentos, como o de Bento Maria Adega, de Safara, no concelho de Moura, que afirma: "Foram cigarras e pássaros que ensinaram os alentejanos a cantar".

Entre os grupos que se foram formando fora do Alentejo, território de origem do cante, participam, entre outros, Os Rouxinóis da Damaia e Os Bubedanas.

Um dos momentos do documentário é a interpretação do tema popular "Solidão", por um grupo de cantadores, junto da campa do etnomuiscólogo Michel Giacometti, no cemitério de Peroguarda, Ferreira do Alentejo...

Mais informação : http://portocanal.sapo.pt/noticia/35718/

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Trilho dos Tojais Novos (2ª Parte)

Foto de Família na Capela do Monte Flôr da Rosa.

Rio Xarrama

Ao fundo, a Serra de S. Vicente...

"Cuidado, fujam da frente !..."
 

Prova de equilibrismo...


Viana do Alentejo, terra de Olarias e Fontes...

Como de costume, todo o lixo que recolhemos ao longo dos trilhos foi para o sitio certo...

Visita á Olaria Agostinho...

Castelo de Viana do Alentejo.

Visitando a Taberna do Fava.

Dormindo a sesta, compadres...

E, para terminar em beleza, visita ao café-restaurante "A Fonte".

Um brinde ao nosso Projeto Alcáçovas Outdoor Trails...

Moelas de tomatada. (Estavam muito boas, Dª Adelaide...)
E se uma fotografia vale mais de mil palavras, aqui fica a segunda parte da reportagem da nossa caminhada do dia 25OUT.
A nossa próxima caminhada vai ser em Alcáçovas, no dia 15NOV...
Apareçam, estão desde já todos convidados. Brevemente a informação desse evento será publicada neste blog...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Trilho dos Tojais Novos (1ª Parte)

Cafezinho matinal no Sporting Club de Viana do Alentejo.

Bolinhos oferecidos pela confeiteira Maria Sousa (Viana do Alentejo).
Estavam excelentes e não sobrou nem um...
O Projecto Alcáçovas Outdoor Trails agradece.

Antiga Escola Primária da Estação de Viana do Alentejo,
atualmente a sede o Grupo Motociclista "Os Xananas".

Breve explicação histórica na Estação de Viana do Alentejo.

Rio Xarrama.

Caminhando em trilhos ao longo do Rio Xarrama.

Terras do Fialho? Parece bom...

Em pleno picnic nas margens do Xarrama...

Romã já descascada pela comadre Anabela Fialho.
Viva o luxo!...

Retornando a Viana do Alentejo...

Cruzando o Monte dos Tojais Novos...

Monte dos Tojais Novos.
No passado sábado, 25OUT, o Projeto Alcáçovas Outdoor Trails da Associação dos Amigos das Alcáçovas organizou uma caminhada em Viana do Alentejo.
Com 20 kms de extensão, em trilhos rurais junto ao Rio Xarrama, este evento teve a participação de 13 elementos e, como sempre, a sã camaradagem e o convívio saudável estiveram presentes.
Esta é a nossa forma de divulgar o Alentejo Central como destino eco-turistico de excelência e esperamos que estas nossas iniciativas consigam atrair cada vez mais visitantes ao nosso concelho...
Amanhã vejam a 2ª parte desta reportagem (se quiserem, é claro)...

domingo, 26 de outubro de 2014

Compadre Carraceiro




Brancas como neve, estas simpáticas aves andavam por ali a alimentar-se dos parasitas que encontravam no lombo dos cavalos. Aproximei-me devagarino e zás, tirei-lhes estas fotos antes que voassem para longe de mim...
O Carraceiro alimenta-se de tudo, desde minhocas, insectos, etc. Mas o verdadeiro valor destas pequenas aves é limparem as carraças dos lombos de outros animais, tais como cavalos, ovelhas, vacas, evitando a propagação de doenças nas manadas, contribuindo assim para o lucro dos agricultores e criadores de gado.
Estas fotografias foram tiradas no Monte da Namorada, ao pé de Beja.

Garça de tamanho médio, que pode efectuar movimentos de dispersão de alguma amplitude desde o local onde nidifica.
É muito comum e residente em Portugal, podendo no entanto haver uma migração parcial para o norte de África durante o Inverno.
Frequenta zonas abertas de vegetação rasteira. Pastagens, cursos de água, prados húmidos, arrozais, pauis.
Alimenta-se principalmente de insectos, mas também os moluscos e girinos, peixes, répteis e pequenos mamíferos, fazem parte da sua alimentação. No Inverno é frequente a sua visita a lixeiras para se alimentar. Está associada ao gado, pois alimenta-se dos animais que este vai espantando.
O ninho é instalado em caniçais, arbustos ou árvores.
As posturas podem ir até três, mas o comum é uma postura única de 4 a 5 ovos. A incubação é de 22 a 26 dias, e as crias fazem o seu primeiro voo aos 30 dias aproximadamente.
As suas colónias são frequentemente destruídas, pois os lavradores acusam estas aves de poluírem com os seus dejectos os locais onde o gado vai beber, de serem transmissoras de doenças, entre outras coisas. Cientificamente estas acusações não têm qualquer fundamento.

sábado, 25 de outubro de 2014

De regresso á Casa Maria Vitória









Se há coisas que me dão prazer é ir visitar os meus amigos de infância. Sobretudo quando trabalham em sitios agradáveis, onde posso cheirar e provar os verdadeiros sabores do Alentejo...
Numa tarde de chuva, em que não me apetecia andar por aí sujeito a levar uma "molha", lembrei-me da minha amiga Aninhas e do seu novo emprego na Casa Maria Vitória, que é uma confeitaria muito conceituada de Alcáçovas.
"Excelente ideia, João Mendes, ela agora faz lá doces e tu prometeste-lhe uma reportagem fotográfica..."- disse eu para os meus próprios botões.
E lá fui a caminho da Zona Industrial de Alcáçovas, para dois dedos de conversa e meia dúzia de fotos...
Pois bem, não me arrependi: esta Confeitaria dá emprego a cerca de 50 pessoas da vila, tem uma invejável carteira de clientes e os seus gerentes, gente jovem, têm força para levar o negócio para a frente, para inovar, para vencer.
Quando ainda poucos acreditavam no nosso projeto de caminhadas, a Maria Manuel (a gerente) foi a primeira a oferecer os bolinhos secos que já se tornaram tradição no briefing inicial das mesmas, apoiando a nossa iniciativa. Outros se seguiram, por exemplo a Padaria do Ernesto e a Confeitaria Margarida Ilhéu, ou não fossem as Alcáçovas uma conhecida terra de excelentes doçarias...
E a minha amiga Aninhas lá me mostrou o seu local de trabalho, fazendo questão de me deixar provar algumas das suas criações, os doces com sabores tipicamente alentejanos.
Por falar disso, adorei o do Gila...
Quem quiser aproveitar para conhecer a vila e provar os seus doces, a Mostra de Doçaria de Alcáçovas, no primeiro fim de semana de Dezembro é uma boa sugestão.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Frescos da Ermida de S. Geraldo


A Ermida de S. Geraldo, na vila de Alcáçovas é conhecida por encerrar no seu interior um conjunto de frescos do séc. XVII ainda do primitivo templo. Este elemento do património construído, possui registos historiográficos desde 1536, mas seria no ano de 1599, que este pequeno templo seria remodelado por uma comissão de moradores alcaçovenses, constituida posteriormente em irmandade e devota ao padroeiro S. Geraldo. Um dos frescos mais característico desta ermida, é a pintura alusiva a S. Inácio de Antiqua, que segundo alguns registos, terá sido bispo e discípulo do Apóstolo João. No séc. I, terá sido preso pelo Imperador Trajano como forma de o dissuadir a não seguir o cristianismo. Sem sucesso, o mesmo Imperador Trajano, laçou aos leões no coliseu de Roma, S. Inácio de Antiqua condenado-o à morte, tendo os leões com as suas garras "arrancado" o seu coração, dai este santo também ser denominado de advogado do coração.
Como curiosidade, este é um santo que é venerado pela Igreja Católica, Ortodoxa, Ortodoxa Orienta e Luterana.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Vareja da Azeitona

É cedo e Dezembro traz consigo a característica geada matinal. A pelicula branca que cobre o manto verde é quebrada pelos passos dos que vêem fazer a vareja. As oliveiras são muitas. É preciso vareja-las, podá-las e apanhar a azeitona. Enquanto os homens pegam nas varas e estudam a melhor forma de subir à árvore com o serrote à cintura, as mulheres tratam de estender os toldos no chão em torno das oliveiras. Os olivais das zonas rurais produzem do melhor azeite nacional por uma simples razão, ao contrário dos grandes olivais que são só isso mesmo, as nossas oliveiras situam-se em terrenos agrícolas e beneficiam dos seus tratamentos sazonais. Animais que pastam e estrumam os terrenos, culturas que se fazem regando-se as áreas e todo um tratamento que indirectamente favorece o crescimento de azeitonas saudáveis e de qualidade.







        A meio da manhã o sol de Inverno perde a timidez para contentamento de todos. O frio dá tréguas e os dedos conseguem agora encontrar com menos custo o fruto negro por entre as ervas. Com uma vara chega-se aos locais mais difíceis da oliveira. Fica-se a fazer o rebusco enquanto a azeitona é junta no toldo e é escorrida para dentro de uma saca. Novos e velhos, avós e netos, pais e filhos estão juntos nesta tarefa tantas vezes familiar, permitindo que a actividade seja transmitida através de gerações.
      Depois da azeitona varejada, apanhada e ensacada é necessário separa-la da folha. Resistindo às modernas máquinas criadas para esse efeito, as erguedeiras, ainda há quem mantenha a tradição e conte com a ajuda da mãe natureza para esse processo. Estende-se a roupa em terreno aberto, despeja-se a azeitona num monte num extremo e com o recurso a uma pá lança-se a azeitona para o lado oposto. Este processo é realizado contra o vento, o que faz com que a azeitona caia nos toldos mais à frente e a folha, mais leve, fique a meio caminho. Agarra-se novamente nas pontas da roupa para juntar a azeitona e volta-se a ensacar mas agora limpa de folhas. Está agora pronta para ser transportada para o lagar. No terreno finaliza-se a actividade queimando a rama que resulta da poda, essencial para o controlo e saúde da própria árvore. Ao entrar no lagar encontramos maquinaria estranha que funciona apenas nesta altura do ano, muitos trabalhadores e uma temperatura muito superior à do exterior. Uma vez ali, a azeitona sofre um processo que a transforma no líquido dourado e saudável que vai figurar nas mesas portuguesas durante todo o ano, até à próxima vareja.
Texto e fotos gentilmente cedidas pelo compadre Bruno Andrade, copiadas do seu blog http://portugalatp.blogspot.pt/

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