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domingo, 29 de janeiro de 2017

Grande Lago de Alqueva










É sempre um prazer caminhar nas margens do Grande Lago de Alqueva, faça chuva ou sol...
Desta vez, fomos explorar uma área perto da aldeia ribeirinha do Campinho e, é claro, gostámos muito de percurso.
Como se pode ver pelas fotos, a cota máxima estava longe de ser atingida, o que nos permitiu andar pelas margens do grande lago, sem nos preocuparmos muito com vedações ao longo do caminho...
Nesta área da Raia Alentejana, compreendida entre Elvas e a Barragem de Alqueva, existe uma equipa de Guias Locais que organiza passeios culturais,
a "Trip Alentejo".
Para conhecer os passeios:
Contactos: faria100@gmail.com   Tel: 00351 - 965670853
https://www.facebook.com/luis.lobatodefaria

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Raia Alentejana...








O ALENTEJO é uma grande AGITAÇÃO
No Monte da Fonte Santa, em Juromenha e em Monsaraz.
No último dia do ano e com muitos amigos, agora embaixadores da Raia Alentejana.
Para 2017 só queremos...
SAÚDE PARA TODOS...

Fotos e texto da autoria do nosso compadre e amigo Luis Lobato de Faria.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Granja (Mourão)


No concelho de Mourão fica a aldeia e freguesia da Granja, situada entre a capital concelhia e a freguesia da Amareleja, no concelho de Moura e tem aproximadamente uns 600 habitantes. O Grande Lago de Alqueva contorna desde 2003 a localidade, já que o encerramento das comportas supôs o alagamento dos vales dos ribeiros vizinhos. O relevo próprio da planície rompe-se aqui dando lugar a formas onduladas e vales mais profundos lá onde os cursos fluviais ainda não foram alterados pela barragem, em áreas mais isoladas, na própria Raia, designadamente a Ribeira de Alcarrache e o seu afluente, a Ribeira de Godelim ou as suas formas alternativas Guadalim ou Guadelim, que nasce em Espanha com o nome de Godolid e que remete para as suas origens árabes do termo uádi, que significa rio e que na língua portuguesa deu lugar, para além do prefixo guad-, o mais genérico ode-, odi- (daí topónimos como Odemira, Odeceixe, Odiana (forma medieval de Guadiana: o Alentejo era a região de Entre-Tejo-e-Odiana), Odiáxere, etc.). O limite fronteiriço fica mesmo nesses meandros formados pelas ribeiras indicadas, sendo possível avistar ao fundo a vila de Villanueva del Fresno, já na Extremadura espanhola. Infelizmente o acesso está barrado pelos proprietários das herdades, que vedam a entrada a toda pessoa estranha ao serviço. Daí que as fotografias só mostrem a fronteira ao longe. 

Mas para não desviar-nos da questão, a paisagem predominante é a de searas, vinhas e montados, com herdades espalhadas um pouco por todo o lado. Daí que a actividade agro-pecuária seja a dominante na localidade. As melhores terras costumam ficar restritas ao cereal e à videira, com especial destaque para o vinho da região designado como «Granja-Amareleja», com etiqueta de cortiça, que recomendo vivamente, se bem que não é um vinho barato ficando-se pelos 10-14 EUR dependendo do ano de colheita e se for reserva ou não. 

A localidade resulta muito amena, até porque o casario está especialmente bem conservado, espalhado harmonicamente em suave declive com a Igreja Matriz de S. Brás, de factura gótica, mas bastante reformado no século XVI e XVII, com algumas influências filipinas, com contrafortes nos laterais e uma porta de estilo classicizante com um escudo da Casa de Bragança situado abaixo de uma cruz da Ordem de Avis. Outro lugar muito agradável é a Igreja da Misericórdia, situada na Praça 25 de Abril, que outrora foi a sede do arquivo da localidade em que estavam sediados os tombos relacionados com a sua história e que terão desaparecido, infelizmente, na sequência das frequentes escaramuças fronteiriças na Guerra da Restauração. Do século XVI, destaca pela torre sineira ou Torre do Relógio, hoje centro de convívio. Para além destes monumentos, a aldeia presta-se ao passeio, à descoberta das típicas casas alentejanas, caiadas e absolutamente imaculadas de um branco alvíssimo, com especial destaque para um pormenor que a diferencia de outras no sentido de serem uma relíquia do passado: as chaminés alentejanas de tipo mourisco, redondas, por vezes com indicação da data em que foram construídas, que são especialmente frequentes e que representavam o estatuto social do proprietário. 

A sua história não nos é muito conhecida precisamente pela falta de documentos, tendo-se perdido estes. Pensa-se, no entanto, que aquando da Reconquista, os réis de Leão e Castela terão doado à Ordem do Hospital a chamada Granja do Hospital, fazendo parte do território do antigo reino de Leão, confirmado pelo Tratado de Badajoz de 1267 antes de passar à dominação portuguesa pelo Tratado de Alcanices de 1297 até hoje. A Guerra da Restauração causou muitos estragos na localidade, como já foi assinalado, mas isso não tirou nem um bocado a sua forte identidade cativante que ainda hoje possui. É como não podia ser de outra forma, nada melhor do que se misturar com a população local, nos cafés, ou simplesmente a passear. E para mais informações, nada melhor do que o excelente site relativo à localidade em que podemos encontrar até receitas de cozinha das especialidades locais e da região, para além de ampliar os nossos conhecimentos.
Foto 1. Uma herdade da Granja.
Foto 2. Paisagem de montado, com a fronteira da Ribeira de Alcarrache no fundo do vale e do outro lado o município de Villanueva del Fresno.
Foto 3. Vista de Villanueva del Fresno.
Foto 4. Paisagem de montado com destaque para o Grande Lago de Alqueva ao fundo (direcção de Mourão).
Foto 5. Vale fronteiriço na Ribeira de Alcarrache.
Foto 6. Ribeira de Godelim com a aldeia da Granja ao fundo.
Foto 7. O esplendor da primavera na Herdade da Ameada.
Foto 8. Entrada à aldeia da Granja.
Foto 9. Porta de entrada da Igreja Matriz.
Foto 10. Igreja Matriz de S. Brás.
Foto 11. Fonte situada na cabeceira da igreja.
Foto 12. Ruas da Granja.
Foto 13. Chaminé mourisca.
Foto 14. Chaminé alentejana de 1823.
Foto 15. Torre do Relógio.
Foto 16. Outras vistas da Torre do Relógio e de chaminés mouriscas.
Foto 17. Mais chaminés mouriscas e até com cata-ventos.
Foto 18. Uma verdadeira relíquia histórica: a insígnia antiga dos CTT em perfeito estado de conservação.
Foto 19. Igreja da Misericórdia.
Foto 20. Praça 25 de Abril.
Foto 21. Belos exemplos de casas bem conservadas. 
Foto 22. Ribeira de Godelim (cá Godolid), perto de Valencia del Mombuey, pouco antes de entrar em Portugal.

Texo e Fotos copiado do Blog: http://historiasdaraia.blogspot.pt/

terça-feira, 24 de março de 2015

Rota do Contrabando (entre Cheles e Montes Juntos)

 








No passado domingo, 22 de Março, os nossos amigos senderistas de Cheles, do grupo "Alqueva Entretenida", organizaram o 2º Encontro Pedestrianista Luso-Espanhol, que percorreu os antigos trilhos utilizados pelos contrabandistas entre duas das povoações da Raia Fronteiriça, Cheles (Espanha) e Montes Juntos (Portugal).
O percurso actual é composto por 16 Kms, sendo 8 Kms em Portugal e  8 Kms em Espanha, com duas travessias no barco "Sem-Fim" através do Rio Guadiana, na parte norte da Barragem de Alqueva.
Esta iniciativa, sendo um enorme êxito e com cada vez com mais participantes, vai ser repetida no próximo dia 25 de Abril...


Inscrições: http://www.alquevaentretenida.es/


Fotos gentilmente cedidas por Luis Troca de Castro, José Manuel Troca Diaz e Senderismo La Valea.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Caminhando na Raia, entre Montes Juntos e Cheles











Dois países, Espanha e Portugal, um povo, Cheles e Montes Juntos, uma aldeia.
Unidos pela primeira vez depois de muitos anos, a pé e de barco, atravessando o maior lago da Europa, o Alqueva.
De novo a coexistência de dois povos separados por um mar da água, o Alqueva.
Vamos fazer do Alqueva uma ponte entre dois povos unidos por raízes familiares.
Entre Cheles e Montejuntos por estrada são 90 km e a distância através do lago Alqueva são apenas 8 km.

Este trecho de 8 km foi a via de fuga de muitos espanhóis, incluindo Cheleros, para Portugal, na guerra civil espanhola de 1936-39. Durante a ditadura o contrabando foi o sustento de muitas famílias, o contrabando de café por exemplo, muitas histórias destes tempos unem as duas margens do Alqueva.
Esta é uma oportunidade para desfrutar e descobrir o desconhecido com "Alqueva Entretenida" e "Associação Projecto Raia Alentejana".

Fotos gentilmente cedidas pelo nosso compadre Daniel Pestana.