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sábado, 25 de abril de 2020

Monumento " A Força de um Povo ", Baleizão



Em 19 de Maio de 2009, 55 anos depois do assassinato de Catarina Eufémia,  foi inaugurado este monumento que simboliza a "Força de um Povo",  da autoria de Sérgio Vicente e Rui A. Pereira. 



Quem foi Catarina Eufémia ?


Morta a tiro no Alentejo numa carga policial que dispersava um protesto operário, tornou-se mártir da luta popular contra o regime de Salazar. Foi imortalizada em poemas de Sophia de Mello Breyner e Ary dos Santos e numa canção de José Afonso.

Catarina Efigénia Sabino Eufémia nasceu em Baleizão, no Alentejo, a 13 de Fevereiro de 1928. Era uma ceifeira pobre e quase analfabeta que, durante uma greve de catorze mulheres assalariadas rurais, a 19 de Maio de 1954, foi assassinada a tiro por um tenente da Guarda Nacional Republicana. Tinha 26 anos, três filhos, um dos quais de oito meses (ao seu colo quando foi baleada) e estava grávida de um quarto.
A sua trágica história acabou por personificar a resistência ao regime salazarista, sendo adoptada pelo Partido Comunista Português como ícone da resistência no Alentejo. Dedicaram-lhe poemas autores como Sophia de Mello Breyner, Carlos Aboim Inglez, Eduardo Valente da Fonseca, Francisco Miguel Duarte, José Carlos Ary dos Santos ou Maria Luísa Vilão Palma. O poema de António Vicente Campinas ‘Cantar Alentejano’ foi musicado por Zeca Afonso no álbum ‘Cantigas de Maio’, editado no Natal de 1971.

Fotos da autoria do nosso compadre José Carlos Igreja...



sábado, 19 de maio de 2018

Chamava-se Catarina...


Chama-se Catarina e morreu em 19 de Maio de 1954.
Filha de camponeses sem terra, Catarina Eufémia nasceu, no 13 de fevereiro de 1928, em Baleizão (aldeia do Alentejo). Os pais trabalhavam num latifúndio e Catarina trabalhava em casa. Nem sequer teve tempo para ir à escola.
Catarina Eufémia começou a trabalhar nos latifúndios, durante a adolescência, e aprendeu tudo sobre o trabalhos no campo, da sementeira à ceifa. Aos 17 anos, casou-se com António Joaquim (operário da CUF) e foi viver para o Barreiro.
Mais tarde, António Joaquim foi dispensado da CUF e o casal regressou a Baleizão. António Joaquim conseguiu emprego de cantoneiro, em Quintos. Mas o seu salário não chegava para sustentar a família e Catarina voltou a trabalhar nos latifúndios.
No dia 19 de maio de 1954, Catarina Eufémia liderou um grupo de 14 ceifeiras que exigiam o aumento de mais dois escudos por jorna diária. Na herdade do Olival, o grupo foi cercado por soldados da GNR e o tenente Carrajola matou Catarina.
Durante o funeral, a GNR dispersou à bastonada a multidão que protestava contra a sua morte. No tumulto, nove camponeses foram presos. Depois foram julgados e condenados a dois anos de prisão.
Para evitar romarias subversivas, por ordem da GNR, o corpo de Catarina não foi sepultado em Baleizão, mas em Quintos. Em 1974, depois da Revolução dos Cravos, os restos mortais de Catarina foram transladados de Quintos para Baleizão.
Nota: o tenente Carrajola não foi a tribunal, nem sequer foi castigado. Foi apenas transferido de Baleizão para Aljustrel, onde morreu, em 1964 (de morte natural).
Sophia de Mello Breyner, Carlos Aboim Inglez, Eduardo Valente da Fonseca, Francisco Miguel Duarte, José Carlos Ary dos Santos, entre outros/as, dedicaram-lhe poemas. Em sua homenagem, o poeta Vicente Campinas escreveu "Cantar Alentejano", musicado e cantado por Zeca Afonso.
Texto da autoria do nosso compadre António José André. 
Copiado do site: https://www.esquerda.net/






Fotos retiradas da Internet, de vários autores.

domingo, 2 de julho de 2017

Ponte sobre o Guadiana (Ramal de Moura)






A Ponte do Guadiana, também conhecida por Ponte Ferroviária do Guadiana, é uma infraestrutura rodo-ferroviária no Concelho de Beja, que transportava o Ramal de Moura e a Estrada Nacional 260 sobre o Rio Guadiana, encontra-se encerrada ao serviço, para ambos os tipos de tráfego.
A ponte localiza-se na freguesia de Quintos, ao PK 24,7 do Ramal de Moura.
Transportava uma via única mista rodo-ferroviária. Apresenta um tabuleiro tabuleiro metálico com 277 m de comprimento, assente em sete pilares de pedra.
A ponte foi, pela primeira vez, atravessada por uma locomotiva em 22 de Março de 1878, tendo sido aberta ao serviço em 20 de Abril do mesmo ano, quando foi inaugurada a ligação à Estação de Serpa-Brinches, na Linha do Sueste (posteriormente renomeada para Ramal de Moura).

Devido ao facto do transporte rodoviário exceder a capacidade da ponte, foi construída, na Década de 1970, uma nova ponte rodoviária, sendo interdito o trânsito na ponte antiga; e, em 1990, foram suspensos todos os serviços ferroviários no Ramal de Moura.
Em 2007, a operadora Rede Ferroviária Nacional lançou um concurso, para a protecção das fundações desta ponte

Fotos da autoria do nosso compadre e amigo Paulo Mazzeti.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Caminhada em Baleizão (08OUT16)












    As Muralhas do Guadiana Durante a Idade do Bronze (2016-10-08)

    Mais um passeio no Âmbito do Programa "12 Lugares 12 Meses, 12 Histórias - A Idade do Bronze na Região De Beja, numa organização da Câmara Municipal de Beja e da Empresa de Arqueologia "Palimpsesto", com o apoio da Junta de Freguesia de Baleizão.
    Estes passeios são gratuitos e destinam-se a divulgar todo o imenso património rural e natural existente no Concelho de Beja.
    Fotos gentilmente cedidas pelos nossos compadres e amigos, João Ferro e Anabela Fialho.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Assassino de Catarina Eufémia


UMA MORTE MISTERIOSA.
UM ASSASSINO POR CONDENAR.
UMA HISTÓRIA DE INJUSTIÇA E FRAUDE QUE TRAZ À LUZ FACTOS INÉDITOS.
A 19 de maio de 1954, em Baleizão, no Alentejo, a morte de uma jovem mulher às mãos de um tenente da Guarda Nacional Republicana fez nascer uma heroína da resistência antissalazarista: Catarina Eufémia. Aos 26 anos, analfabeta e com três filhos pequenos, esta ceifeira lutava por um salário melhor quando foi morta com três tiros à queima-roupa.
Mais de 60 anos depois ainda há muito por esclarecer sobre a morte desta mulher que encantou poetas, como Sophia de Mello Breyner ou Eugénio de Andrade, e que inspirou milhares de trabalhadores rurais na luta por uma vida mais digna. Das poucas certezas que persistem uma é a de que foi da arma de João Tomás Carrajola, oficial da GNR, que saíram os três disparos fatais. Em O Assassino de Catarina Eufémia, o jornalista Pedro Prostes da Fonseca conta-nos a história desta mulher de rara fibra e determinação, de todo o mistério que envolveu a sua morte e da forma pouco ortodoxa como o julgamento de Carrajola foi conduzido e que levou à sua absolvição. Numa escrita repleta de pormenores e de informações inéditas, onde se destaca o acesso ao processo do autor do crime, que era dado como desaparecido, o autor parte da pequena história do nosso país para depois nos fazer mergulhar na realidade de um Alentejo onde a fome grassava e de um Portugal amordaçado pela ditadura.
“UM LIVRO QUE NOS ILUMINA COM RIGOR HISTÓRICO.”
Ricardo Sá Fernandes in prefácio

O Autor

Pedro Prostes da Fonseca nasceu em Lisboa, em 1962, e iniciou-se no jornalismo, em 1988, na Agência Lusa, depois de cinco anos como documentalista. Foi colaborador do semanário Expresso (2003) e das revistas Sábado (1992/93), Superjovem (1994/95), Pais & Filhos (1996), Clube de Empresários (1997/2000) e Arquitectura & Construção (2006/2012). Editou as revistas Vela & Náutica (1993/1996) e Arquitectura & Vida (2001/2005). Chefiou a redação do jornal Meios & Publicidade (2000) e foi coordenador no semanárioSOL (2006/2012) – período em que conheceu a fundo a realidade das cadeias portuguesas, ao ser responsável pela rubrica “Conversas na Prisão”. Em 1996, fundou o Gabinete de Reportagem no Grupo Impala e, em 1999, a empresa Culturmedia, vocacionada para projetos culturais e editoriais no domínio das autarquias. Em 2000 publicou o livro infantil Histórias dos 4 Cantinhos (editora Paulinas) e em 2014 A Porta para a Liberdade, pela Matéria-Prima Edições.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Atravessando o Alentejo em Bicicleta (Cap.V)













Beja a Mina de S. Domingos. 79,60km, passagem por Baleizão, terra da Catarina Eufémia e visita ao local onde foi assassinada. 
Em Serpa seguimos as ruelas tipicas para de seguida seguir caminho até as Minas o qual desta vez pernoitamos na esplanada de um bar na praia fluvial local.

Fotos e texto gentilmente cedidos pelo nosso compadre José Garcia Júnior.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Baleizão (By Paulo Caldeira)











Mais uma caminhada gratuita organizada pela Câmara Municipal de Beja.
Desta vez, em 31JAN15, fomos conhecer as margens do Guadiana junto a Baleizão, que impressionam os visitantes pela sua beleza natural.
A Câmara Municipal de Beja tem apostado nestas caminhadas gratuitas, facultando transporte entre o ponto de encontro na cidade e o ponto de inicio da caminhada, regresso incluído.
E tem sido um êxito, os nossos compadres de Beja estão de parabéns...
Fotos gentilmente cedidas pelo compadre Paulo Caldeira.