quinta-feira, 30 de junho de 2016

Passeio Fotográfico em Viana do Alentejo (10JUL16)


Concentração: Piscinas de Viana do Alentejo
Hora de Concentração: 09H15
Inicio: 9H30
Distância do Percurso: Cerca de 6 Kms
Grau de Dificuldade: Grau 1 - Percurso urbano, mas com algumas subidas em estradão ou caminhos de pé posto, com piso pedregoso.
Possibilidade de encontrar gado de pastoreio. (Ovelhas e/ou Cabras)
Descrição do Percurso: Passeio Fotográfico em Viana do Alentejo e Serra de S. Vicente, com visita ás pedreiras abandonadas, á vila e ao seu Castelo.
Viana do Alentejo está situada a 48 Kms de Montemor-o-Novo, a 30 Kms de Évora e a 148 Kms de Lisboa.
Nota: A actividade é gratuita e não tem seguro. Cada um caminha por sua conta e risco...

https://www.facebook.com/events/1737706329802001/

Encontro de Sketchers na Amareleja

Caros amigos,
Este será o nosso último Encontro antes das férias. O próximo será apenas em Setembro.

PROGRAMA:
10:00 - Ponto de Encontro: Praça da República. Desenhar na Amareleja;
13:00 - Almoço no Parque de Merendas;
Depois de almoço - Desenhar no Parque de Merendas, Amareleja e/ ou Parque das foto-voltaicas;
17:00 - Partilha de desenhos na Amareleja;
18:00 - Final do Encontro.

NOTA: Inscrições para o almoço para o mail mrosariofelix@gmail.com
Embora não tenhamos valores, contamos com um preço baixo.

Até breve,

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Évora-Sketchers/1423870364585063

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Percurso dos Antepassados

No âmbito do projeto de promoção territorial "Pelo Rio Sado", a Associação Evion em parceria com o Município de Alcácer do Sal e o Tróia Resort desenvolvem no próximo dia 10 de Julho a atividade "Percurso dos antepassados".

Desfrute de momentos únicos que a vida nos oferece e aproveite para embarcar num dos tradicionais Galeões do Sal que em Alcácer do Sal aguardam a sua presença.
Desfrute de toda a envolvente paisagística que esta viagem lhe oferece e aproveite os momentos singulares que a natureza lhe proporciona…
Rumando por um estuário que nos envolverá como se de um abraço prolongado e intenso se tratasse desembarcaremos naquele que é o maior complexo de produção de salgas de peixe conhecido no mundo romano, as Ruínas Romanas de Tróia…
Depois da visitação às Ruínas Romanas de Tróia seguir-se-á o Almoço que seguramente nos trará um recarregar de baterias e uma boa disposição adicional…
O dia continuará vivo e intenso por águas do Sado até um regresso triunfal ao ponto de partida, a Alcácer do Sal…
E tudo isto aqui, no Alentejo, no nosso território…

Local de embarque: Alcácer do Sal (cais da margem sul) - 07h30
Duração: 10h00.
Almoço: Salada de grão c/ bacalhau; Rissóis de marisco; Croquetes de carne; Canja de garoupa c/ amêijoas e camarão do rio; Empada de galinha c/ arroz de legumes e ervilhas estufadas; Saladas diversas; Degustação de doçaria conventual; Laranjas fatiadas com mel e canela (pão, águas, Sangria e sumos).

Valor por pessoa: 40,00€ (carece de inscrição prévia)
Limitado a 33 inscrições
Inscrições e informações:
Email -  evion.dp@gmail.com
Tlm - 965732069 / 927157109

Com os melhores cumprimentos
ASSOCIAÇÃO EVION

O Pascoal e a Terra


 
"Nunca ouviste passar o vento. 
O vento só fala do vento. 
O que lhe ouviste foi mentira, 
E a mentira está em ti." 


Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema X" 


  O Pascoal era só mais um filho da Terra, tão vulgar ou especial como os pilares que sustentam as abóbadas altas das casas brancas ou como as mimosas e olhinhos-de-mel que salpicam a charneca.
Ser único na Terra é ser todos e por isso mesmo o Pascoal não era um gaiato diferente dos outros, o jeito para a bola, o mesmo; os dedos das mãos contados não davam mais nem menos que os dos seus companheiros.

  No entanto e apesar da felicidade geral que os da Terra sentem ao afirmar-se unos ou só mais um para fazer o todo, o Pascoal tinha um andar, um ar de quem se importava com estas coisas. E de quem importava mais do que todas as coisas.

  A facilitar, tinha na avó Roberta uma motivação como se vêem poucas, para seguir de calcanhares bem firmes no chão e nariz levantado no ar, bem acima dos demais. Os seus pais tinham umas terras, coisa pouca, uma azeitona para o lagar, dois ou três porcos, um nadinha de horta. Pais já quando a esperança de o ser se acabara, tinham tomado o ofício de caseiros na Quinta Nova e trazia-se pois o menino criado com requintes de fidalgo pela avó, velha como as entranhas da Terra, nas ruas da aldeia, seu palácio.

  Os pés cresceram em sapato, a gola dos casacos o taparam da chuva e do frio e sempre a velha Roberta tinha para ele no seu regresso da escola ou da vadiagem, uns brinhóis acabadinhos de fritar, um caldinho de galinha quente com os pequenos ovos cozidos a emergirem na tigela de barro ou ainda uns bolinhos fintos com licor de poejo que "um dia não são dias e o menino tem de se criar". Na venda do Carrasquinho se a viam entrar, já se sabia que ninguém de lá saía sem ouvir bem a história do seu príncipe, um pequeno milagre que Deus ou as artes mágicas lhe entregaram para que fizesse dele um homem. Mas não um homem qualquer. Qual! O seu Pascoal, nascido que foi no Domingo de Ramos se não se estava mesmo a ver, que estavam para ele guardadas grandes coisas na Terra. As comadres riam-se e encolhiam os ombros. A Ti Ana do Paulino de uma vez bem se apoquentou com ela eram os netos anda uns fedelhos de cueiros. Tudo por modo de um comentário da velha Roberta ao neto da outra pobrezinho, que lhe parecia um enfezado, as pernas umas caninhas, quando comparado com o seu Pascoal, um rapagaço, de andar firme e olhar decidido.

  O moço por sua vez cresceu mesmo em imponência, ombros largos, voz rouca, aos treze anos apresentava já os primeiros sinais do que viria a ser um bigode escuro, cerrado sem o qual nunca mais foi visto, moda rara nestas partes da Terra. Na escola, Dona Lurdes tratava-o nas palminhas. Muito possivelmente seduzida pelas alcofas cheias de morcelas e cacholeiras, melões e tomates maduros e um punhadito ou outro de feijão meloal que a velha Roberta lhe fazia chegar de ora em quando pela porta do quintal da casa de professora.

  Não que fosse mandrião ou que tivesse pouca inclinação para aprender, o Pascoal impacientava-se antes com o tempo que passava sentado atrás da carteira, imóvel, quando o que mais queria era andar pelas ruas a mostrar as suas botas novas, toc-toc-toc, no chão asfaltado do largo, ou a correr em direcção à ribeira e de lá pescar o maior achigã que pudesse para vir exibi-lo depois aos companheiros, aos vizinhos, a toda a gente.

  O Pascoal era corpo, era ímpeto, um furacão. Por isso mesmo não seria de estranhar que o Pascoal escolhesse uma mulher à altura, chegada a hora de arranjar namoro. Pois nisso, o Pascoal foi mais longe que qualquer um na Terra ou nas terras fora dela. A Lídia era a filha de um caixeiro-viajante. O pai vendia tarecos, panelas, tachos, facas, copos de latão, numa carroça de terra em terra, sem terra que fosse sua. Conheceram-se na Aldeia do Meio em Junho quando o Pascoal foi para lá desafiado para uma caçada. A Lídia estava montada numa carroça a apregoar tudo o que o seu pai, doente e afónico, já não conseguia vender sozinho. Vestia mal, roupa um pouco sovada do uso, cabelo mal amanhado, não havia vaidades na hora de trabalhar. Só que para o Pascoal lá da Terra, foi como ver o rosto de Deus, O pescoço alto, fino, as pernas longas sob a saia arregaçada, a trança desfeita, mechas de cabelo forte, ruivo a encaracolar por fora da fita, um retrato que fazia de Lídia um espaço inteiro, sem vazios a ocupar o Pascoal por completo.

  Na Terra não se falava de outra coisa: o portentoso Pascoal, benção do Domingo de Ramos, fugira com a filha do caixeirinho. Não havendo desfeita nisso, riem-se no entanto os homens, cochicham as mulheres: quanto mais alto se sobe...
E a Terra é dura. Implacável. Regressam a ela todos os que são dela.

  A velha Roberta emudeceu. O dia fez-se noite e enquanto fervia umas sopinhas de tomate com batatas na panela de ferro junto ao lume, pôs-se a cismar no triste destino que pôs afinal o seu Pascoal no mais comum dos trilhos da Terra. Caiu de borco ali mesmo e nunca mais voltou a falar. A filha recolheu-a na sua casa e o casamento lá acabou por se fazer. Todos se conformaram e a Terra engoliu a grandeza do Pascoal. Deu-lhe a vida não de um, mas de todos os que a habitam.

  Afinal, quem na Terra não teve o seu destino ditado pelo Amor?

Copiado do blogue da nossa comadre Ana Terra:  http://aterradaana.blogspot.pt/

terça-feira, 28 de junho de 2016

Casa do Alentejo







CASA DO ALENTEJO
O Palácio Alverca (também designado como Antigo Palácio Pais do Amaral, Antigo Palácio São Luís e Casa do Alentejo) é um palácio localizado na freguesia de Santa Justa, em Lisboa, Portugal.
É um edifício classificado como Monumento de Interesse Público pelo IGESPAR.
Teve a sua construção no fim do século XVII. De referir que o palácio pertenceu à família Paes de Amaral. A designação Palácio São Luís advém do facto de se encontrar diante da igreja com essa invocação.
No edifício chegou a funcionar um liceu e um armazém para mobiliário. Já no ano de 1919, nele esteve instalado um dos primeiros casinos da cidade de Lisboa, o Magestic Club. Nessa altura o edifício sofreu grandes alterações, sendo que as decorações interiores ganharam um estilo revivalista. A reestruturação durou até 1919 e foi dirigida pelo Arquitecto António Rodrigues da Silva Júnior. Participaram muitos artistas e artesãos, entre os quais Benvindo Ceia, Domingos Costa, José Ferreira Bazalisa e Jorge Colaço.
Em 1932 o Grémio Alentejano instalou-se no local. Posteriormente, em 1981 a Casa do Alentejo adquiriu o imóvel.
O palácio apresenta um planta quadrangular e três pátios. (um dos quais veio a ser fechado dando origem à actual "Sala Velez Conchinhas" servindo o Restaurante. No interior existem elementos de azulejaria, com destaque para as salas do restaurante. Contém peças neo-góticas, neo-árabes, neo-renascentistas, neo-rococós e de Arte Nova, assim como elementos do barroco.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

II Encontro de Coleccionadores em Alcáçovas (25JUN16)










 
Realizou-se em 25JUN o 2º Encontro de coleccionadores da vila das Alcáçovas, organizado pelo Núcleo Coleccionista do Projeto Alcáçovas Outdoor Trails da Associação dos Amigos das Alcáçovas, com o apoio da Junta de Freguesia de Alcáçovas e da Câmara Municipal de Viana do Alentejo.
Com cerca de 60 participantes, vindos de todo o país, este encontro decorreu num clima de forte amizade e confraternização, acabando num agradável repasto no novo espaço de restauração existente nas Piscinas de Alcáçovas.
Porque o nosso interesse é fazer amigos e atrair cada vez mais visitantes á nossa terra, achamos que o saldo foi muito positivo.
Para o ano queremos fazer melhor e com mais amigos participantes e agradecemos a todos os que nos ajudaram a tornar este evento um enorme êxito, em especial a todo o pessoal da Junta de Freguesia de Alcáçovas, que se esmerou para que tudo corresse na perfeição.




domingo, 26 de junho de 2016

Alentejo





 
Para se conhecer bem o Alentejo é preciso visitá-lo em todas as estações. A paisagem muda muito ao longo do ano e são sazonais as actividades rurais mais interessantes que podem observar-se.
Tal como muda a paisagem, muda a sua flora e a sua fauna e esta mudança é como bálsamo para a alma.
Visite o Alentejo e deixe-se inebriar pelos perfumes da natureza num Alentejo que tem mais para oferecer do que o dourado das searas. Descubra toda a paleta de cores e aromas de que é feito o Alentejo. Caminhe a pé pelo verde das Serras d’ Ossa e Monfurado, Portel ou Grândola, onde vivem em sossego variadas espécies de flora e fauna e aprecie as vistas.
Explore o Parque Natural da Serra de S. Mamede onde têm encontro marcado as paisagens que caracterizam o sul e o norte de Portugal. Raposas, águias, as razões são inúmeras para conhecer os segredos da Serra que apresenta o ponto mais alto a sul do Tejo. Entre campos de cereais e pousios, nas estepes sem fim, esconde-se avifauna riquíssima.
Dirija-se a Castro Verde e percorra cicuitos ambientais que o iniciam no mundo da observação de aves que são verdadeiros prodígios da natureza e aprecia o Campo da Terras Brancas no seu melhor. As planícies de Castro Verde, que se enchem de milhares de flores brancas durante a Primavera, proporcionam excelentes hipóteses de passeios a pé ou de bicicleta, nos quais se pode apreciar a fauna e a flora típicas das estepes cerealíferas alentejanas. É este vasto espaço aberto que as cegonhas brancas escolheram para fazer os seus ninhos. Também as abetardas, os falcões peregrinos e os grifos preferem a solidão da planície dourada.
A margem esquerda do Guadiana é uma das regiões mais bem conservadas do nosso país do ponto de vista dos habitats naturais e de maior importância para a fauna. A região compreendida entre Mourão, Moura e Barrancos é composta por paisagens distintas e essenciais para a conservação da avifauna, e como tal considerada como merecedora de conservação ao nível comunitário pelas suas características, daí justificar-se a sua classificação como ZPE (Zona de Protecção Especial para as Aves). Uma parte muito relevante das espécies ameaçadas no nosso país encontra abrigo na diversidade de habitats da região, que inclui estepes cerealíferas de sequeiro, montados de azinho, formações florestais densas e vales de ribeiras torrenciais revestidos de matagais densos e vegetação ripícola.
No Alentejo, o montado apresenta grandes extensões de azinheiras e de sobreiros, os chamados montados de azinho e sobro, e pequenas áreas de carvalho negral. De toda a flora do montado, o sobreiro é a espécie mais abundante. Considerado património nacional, o montado de sobro é protegido por lei (Decreto-lei nº 169/2001), sendo proibido o seu abate. Contudo, a sua plantação é incentivada, uma vez que a exploração da cortiça (proveniente do sobreiro), essencialmente para o fabrico de rolhas, transformou-se numa indústria de enorme importância económica.
Por outro lado, estes ecossistemas são propícios para a agricultura, que é praticada de forma sustentável nalgumas áreas de montado e tem uma grande importância a nível ecológico e económico, sendo um exemplo de sustentabilidade ambiental.
A flora do litoral alentejano é caracterizada pelo cruzamento de influências Norte Atlânticas, Mediterrânicas e Africanas, de que resultam condições ecológicas singulares e uma enorme diversidade de fauna e flora, o que confere uma enorme riqueza natural à região.

Texto da autoria da nossa comadre Ana Maria Saraiva.

sábado, 25 de junho de 2016

Passeio Fotográfico em Alcáçovas (19JUN16)
















No passado dia 19JUN, o Projeto Alcáçovas Outdoor Trails da Associação dos Amigos das Alcáçovas organizou um Passeio Fotográfico Gratuito, no âmbito da XIX Semana Cultural de Alcáçovas.
Os 14 participantes puderam percorrer e fotografar as ruas da nossa vila, visitar a Igreja Matriz,
(agradecimentos ao conservador, o nosso amigo Telmo Seco), uma oficina de chocalhos (a de Mestre Gregório Sim Sim), as cavalariças da familia Núncio (conhecidos cavaleiros tauromáticos) e um museu privado, propriedade da nossa comadre Bela Mestre, acompanhados permanentemente por um dos nossos guias locais, que foi explicando as histórias e acontecimentos desta vila repleta de História...
No final, houve almoçarada de confraternização no Café-Restaurante Esperança.
Fotos gentilmente cedidas pelos nossos compadres e amigos Manuel Roque e Paulo Caldeira.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Tiradores de Cortiça

















Nesta altura do ano cá para as bandas do Alentejo começa uma azáfama que se repete anualmente e que de nove em nove anos leva os tiradores de cortiça a visitar o mesmo sobreiro.
É por esta altura que o montado ganha uma nova vida com a extracção de cortiça e como se diz por cá "tirar cortiça". O homem e a machada, apenas eles os dois fazem um trabalho ancestral e que as novas tecnologias ainda não conseguiram substituir.
Tirar cortiça é um trabalho de equipa, o qual nós no Alentejo, designamos de "rancho" e os tiradores trabalham geralmente aos pares, a qual se designa de "parelhas", que se organizam à volta de um tronco de uma sobreira e enquanto um trabalha junto ao tronco, o outro trabalho na parte superior, embora os cortes sejam feito no sentido um do outro. Mas para além dos tiradores, nesta actividade existem também as "ajuntadeiras", os "molheiros" e os "empilhadores", que estão sempre na pilha final.
A machada foi um instrumento aperfeiçoado para esta actividade, em que a lâmina possui dois gaviões e o cabo na extremidade é em forma de cunha para auxiliar a retirar a cortiça das sobreiras após o corte.
Sem dúvida que é um trabalho muito duro, se tiver-mos em conta o calor, a subida às sobreiras, o perigo das quedas, dos cortes e também o perigo daquelas "formiguinhas" de rabo vermelho que não são nada meigas.