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sábado, 28 de julho de 2018

Histórias de contrabandistas...













Todos os Percursos de Roda Pé da ADCMoura (“a caminhar” desde 2001) são especiais. Mas há uns mais especiais que outros. Como os dedicados ao contrabando. 
Com a partida dos últimos contrabandistas, ficaram as suas histórias de vida com aqueles que tiveram o privilégio de os acompanhar, até 2008, nessa rota da memória entre Amareleja e Valência del Mombuey. São essas histórias que recuperamos aqui, protagonizadas por Carlos Mateus e Francisco Vasques, dois dos mais insignes contrabandistas desta zona raiana.
Nos tempos das ditaduras de Franco e Salazar, Valência del Mombuey era apenas uma das etapas do trajecto percorrido em terras espanholas pelos que, em Amareleja, se dedicavam à prática do contrabando. Os locais de destino, para esses muitos que arriscavam a vida a transportar produtos que escasseavam do outro lado da fronteira, podiam ser Oliva de la Frontera, Jerez de los Caballeros ou então Burguillos, o fim da linha, numa distância de sessenta quilómetros. O mesmo é dizer, pela calada de três noites ou dezanove horas de marcha em ritmo acelerado.
Quando as patrulhas de guardas-fiscais ou de carabineiros lhes adivinhavam os planos e saíam ao caminho, de duas, uma: ou abandonavam a mercadoria ali mesmo para tornar mais fácil a fuga ou eram capturados, sem apelo nem agravo.
Nascido em 1927, Carlos Mateus foi dos que não se livraram dessa desdita, ficando encarcerado em Oliva de la Frontera durante vinte e nove dias, e logo no seu tirocínio de contrabandista, com catorze anos acabados de fazer. E o padecimento e as picadas dos piolhos teriam continuado se ao trigésimo dia não ousasse uma forma de escapar do cativeiro, forçando a fechadura da cela com uma vulgar colher! A partir daí ficou “vacinado” para os muitos anos em que teve de enfrentar os perigos dessa actividade clandestina, e não mais as patrulhas lhe puseram as mãos em cima.
Para além de reputado contrabandista, era conhecido por outras ousadias, como a de saltar a partir de pontes, como a que cruza o Ardila, ligando Safara e Amareleja. Da última vez que tentou, acabou inanimado no fundo do rio. Tiveram de o ir buscar e conduzir ao hospital. Acabaram-se as actividades radicais, mas a “fibra” ficou intacta e a auréola de herói ainda mais reforçada.
Um dia mostrou uma fotografia sua, tirada quando tinha cerca de quarenta anos e usava fartas barbas até ao peito, e não é que parecia mesmo o Rasputine…de Amareleja!
No dia 9 de Abril de 2005, quando anunciou, em plena caminhada, a sua despedida como guia da Rota do Contrabando, contava 78 anos. Mestre Carlos Mateus acabaria por falecer em Novembro desse mesmo ano e é com muita saudade que o recordamos.
Já Francisco Vasques, mais novo, que não viveu o período da Guerra Civil Espanhola, recorda outras peripécias, como esta: “Tive seis motorizadas. Uma delas era uma Zundapp de cinco velocidades, que era uma máquina e que eu utilizava no contrabando, já em tempos mais recentes. Certo dia, empinou-se-me num cabeço, deu umas poucas de voltas e o resultado foi partir-se a loiça toda que trazia. Era quase toda pírex.”
Nascido em 1937, desde rapaz se lembra de usar uma boina basca, a sua imagem de marca, a condizer com o exercício dessa actividade clandestina, que o fazia andar ao frio e à chuva, permanentemente com o credo na boca.
Começou bem cedo, com um colega de ofício, a trazer e a levar mercadorias de e para Espanha, como saída para a falta de trabalho que então se fazia sentir; no fundo, para tentar remediar a vida. Nessa época, na década de 50 do século passado, vendia café aos espanhóis e trazia de Espanha toucinho, “baixinho e amarelo”, com que abastecia os comércios de Moura. Depois veio a fase do bacalhau e do pírex. 
A partir de Espanha ou já em Portugal, próximo da fronteira, onde os espanhóis os escondiam atrás de azinheiras, carregou fardos e fardos do “fiel amigo”, uma iguaria nessa altura, que se destinava a vários restaurantes de Beja, tal como a loiça. Para o café do Luís da Rocha, em Beja, chegou a trazer três mil copos de uma só vez.
No princípio carregava estas e outras mercadorias às costas ou com a ajuda de burros, cujos cascos eram envoltos em sacas de serapilheira, quando deixavam os caminhos de terra e entravam em estradas de alcatrão, para não alertar os guardas. Aliás, os burros também eram contrabandeados, acabando nos talhos espanhóis. 
Mais recentemente, por alturas do 25 de Abril de 74, utilizava motorizadas nas suas andanças, correndo localidades e montes, chegando a deslocar-se a Pegões para deixar bombazina, que vendia como veludo.
Após aquela data, o negócio tornou-se menos atractivo devido à subida do valor da peseta. Apesar dos perigos que teve de enfrentar, nunca chegou a ser preso pela guarda-fiscal, embora lhe fosse retirada, em algumas vezes, a mercadoria que trazia consigo. Lembra sobretudo um guarda, que era de Santa Comba Dão, a terra de Salazar, que nunca lhe perdoava. Mas como não tinha emenda e a necessidade falava mais alto, Francisco Vasques voltava na noite seguinte para recuperar o prejuízo.
Entretanto desaparecido, é com igual saudade que o recordamos.
Fonte e Fotos da Pág. ADCMoura

sábado, 30 de junho de 2018

Amareleja
















A Amareleja é uma Vila do Concelho de Moura e até à pouco tempo, por causa da sua área (+ de 108 km quadrados ) foi considerada a maior Aldeia de Portugal.
Já nos finais do séc. passado foi elevada à categoria de Vila.
É famosa pelos constantes recordes de Temperatura Máxima.
O Vinho,o Queijo Branco de Ovelha e o Porco Preto local são parte da culinária de Amareleja.
A Freguesia possui a que até à pouco tempo era a maior central de energia Solar do Mundo.
Está próxima do Alqueva,do Rio Ardila e do Castelo de Noudar.
Uma visita que não se dá por perdida.

Texto e fotos da autoria do nosso compadre José Pessoa.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Grupo de Cante da Sociedade Recreativa Amarelejense

Grupo Coral Masculino da Sociedade Recreativa Amarelejense, by Rosário.
O Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense, foi fundado em 3 de Março de 2007, é composto por 22 elementos do sexo masculino, todos naturais e residentes em Amareleja.
No ano 2007 o grupo foi convidado a participar em encontros de Grupos Corais, apresentando-se em 14 festas do Cante Alentejano sempre com muito êxito.
O grupo continua com os seus ensaios sempre na expectativa de melhorar o Cante Alentejano e de melhor representar a sua terra, nas suas deslocações.
Texto retirado do blog http://amarelejando.blogs.sapo.pt/
Desenho da autoria da nossa comadre Rosário e retirado do site:
http://urbansketchers-portugal.blogspot.pt/

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Encontro de Sketchers na Amareleja

Caros amigos,
Este será o nosso último Encontro antes das férias. O próximo será apenas em Setembro.

PROGRAMA:
10:00 - Ponto de Encontro: Praça da República. Desenhar na Amareleja;
13:00 - Almoço no Parque de Merendas;
Depois de almoço - Desenhar no Parque de Merendas, Amareleja e/ ou Parque das foto-voltaicas;
17:00 - Partilha de desenhos na Amareleja;
18:00 - Final do Encontro.

NOTA: Inscrições para o almoço para o mail mrosariofelix@gmail.com
Embora não tenhamos valores, contamos com um preço baixo.

Até breve,

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Évora-Sketchers/1423870364585063

terça-feira, 29 de março de 2016

Igreja Matriz de Amareleja








A Igreja Matriz de Amareleja, cuja padroeira é Nossa Senhora da Conceição, ergue-se nesta notória terra Alentejana, muito provavelmente desde o século XVI, altura em que foi Fundada. 
Ao longo dos séculos foi alvo de variadas reparações, como foi o caso da reedificação do campanário da Igreja em 1757, destruído durante o terramoto de 1755, a construção da abóbada em 1821, uma vez que o tecto até então era de madeira.
Esta igreja não tem qualquer estilo arquitectónico, mas tem a beleza das casas alentejanas com as suas paredes imaculadamente brancas e o seu natural aconchego.
Esta Igreja tem uma característica muito invulgar, no lado esquerdo da sua frontaria existe um pequeno nicho, um pouco acima da porta, onde nasceu uma oliveira. Não se sabe como ali surgiu pois não há memória de alguém a ter semeado.
Possui uma só nave com um altar mor com a figura da padroeira, e duas capelas colaterais
Trata-se de uma Igreja cuja estrutura reflecte a pureza da arquitectura alentejana, e, sem dúvida, um local a visitar.
Curiosidade também é a imagem de Nossa Senhora que está no altar mor e foi oferecida por Dona Margarida Garcia Vasques, em 1920, vinda de Itália e das melhores casas de escultura de Milão.
Outras das suas características é um lindíssimo painel em azulejos azuis com a imagem de nossa Senhora da Conceição que data do ano de 1958
Fotos: http://amareleja40grausasombra.blogspot.pt/ (Autor Tiago Batista)
Informação copiada do grupo do Facebook: https://www.facebook.com/groups/imagensdoalentejo/

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tasca Batata



 Amareleja, 07 de Outubro de 2009. (Fotos: Nuno Veiga e Rita Ranhola)
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Cá está esta bela equipa na Tasca Batata na Amareleja, onde entrámos para enviar fotos e acabamos a beber uma mini em amena cavaqueira com este grupo de amigos.

Copiado do Blog: http://cadoalentejo.blogspot.pt/


Amareleja é uma freguesia portuguesa do concelho de Moura, com 108,34 km² de área e 2 564 habitantes (2011).
É famosa pelos constantes recordes de temperatura máxima (47.4 °C). Durante muitos anos, até ao século XX, por causa da sua área, foi considerada a maior aldeia de Portugal. O vinho, o queijo branco de ovelha e o porco preto local são parte da culinária de Amareleja. A freguesia possuía em tempos a maior central mundial de energia solar. Está próxima do Alqueva, do Rio Ardila e do Castelo de Noudar.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cemitérios tipo Muçulmano no Alentejo


Wadi-al-Salaam - Iraque
Wadi-al-Salaam - Iraque
Monastir - Tunísia
Wadi-al-Salaam, que significa Vale da Paz, é um cemitério islâmico localizado em Najaf (Iraque) e é considerado o maior cemitério do mundo.
Na margem esquerda do Guadiana, Granja e Amareleja são pequenas vilas alentejanas onde os idosos não querem ser sepultados debaixo da terra. São costumes deixados pelos árabes.
A quase ausência de símbolos religiosos, o uso dos azulejos e as campas “em altura” fora do chão, distinguem este ritual fúnebre alentejano de outras zonas de Portugal.
Como dizia Brito Camacho, “pelos seus usos e costumes o Alentejo não é uma região, é um país”.
Lápide - Amareleja

Campas antigas - Amareleja

Lápide - Amareleja

Novas campas - Amareleja

Caminho principal - Amareleja

Lápide antiga - Granja

Campa antiga - Granja

Jazigo familiar - Granja

Azulejaria - Granja

Jazigo recente - Granja

Poema - Granja

Vista superior - Granja

Campa antiga - Granja

Pormenor do fechamento - Granja

Pormenor do interior - Granja
Copiado do Blog : imenso-sul-alentejo.blogspot.pt