quarta-feira, 31 de julho de 2019

Caminhada da Feira do Chocalho







Com poucos participantes, mas com a mesma boa disposição que é habitual nas caminhadas organizadas pelo Grupo Pedestrianista Alcáçovas Outdoor, realizou-se no passado dia 27JUL mais uma caminhada da Feira do Chocalho, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Alentejo...
A nossa próxima caminhada gratuita de divulgação será em 18AGO19...
Apareçam !...



terça-feira, 30 de julho de 2019

Potes e talhas



Campo Maior, ao longo dos Séculos XIX e XX, foi um dos principais centros de produção de potes ou talhas de barro para a conservação de produtos como o vinho, a azeitona e a aguardente. Algumas famílias dedicavam-se a esse fabrico, passando o seu saber artesanal de geração em geração. Estão neste caso as famílias Pereira, Monho, Mourato e Centeno. Tratava-se duma tradição artesanal que está hoje por completo perdida, tornando-se, por isso, importante conservar a memória que dela ainda subsiste. 
Este texto foi elaborado com base no depoimento de um elemento de uma destas famílias, o senhor Manuel Centeno, que ainda chegou a colaborar com o seu pai nessa actividade.    
O texto que agora aqui se apresenta, elaborado por Júlia Galego e Francisco Galego, foi publicado no nº 12 da revista "Alentejo  - Terra Mãe", publicado em Évora, no 3º trimestre do ano de 2008.

Normalmente, o processo iniciava-se no principio ou em meados de Novembro e terminava por volta de Maio a Junho.

Normalmente, o processo iniciava-se no principio ou em meados de Novembro e terminava por volta de Maio a Junho.
O oleiro começava pela escolha do barro mais adequado ao tipo de potes a fabricar. Este barro, recolhido na região de Campo Maio, era amassado em tanques e deixado em repouso para que, por processo de decantação, se constituíssem as várias massas a utilizar no fabrico. Nesta fase inicial, o trabalho decorria em parte ao ar livre.
A construção dos grandes potes começava no final de Dezembro, princípio do ano seguinte.
Moldava-se primeiro uma espécie de vaso, a base do pote, feita á mão e sem recurso ao torno de oleiro. Seguidamente, separava-se um pedaço de barro a que era dada a forma de um melão. Depois, adelgaçava-se o barro entre as mãos, para formar os cordões que se íam sobrepondo para formar as três camadas que constituíam a estrutura do pote. O processo de construção tinha de ser lento e pacientemente executado, daí que o oleiro fabricasse em simultâneo um número considerável de potes.
Quando entendia que o peso do barro colocado tinha atingido o ponto adequado de sustentação, parava a sobreposição dos cordões de barro. O bordo era coberto com panos húmidos para garantir a colagem de novas camadas. Depois, deixava-se que o processo de secagem desse a devida consistência ao barro para que pudesse, algum tempo depois, retomar o processo de fabrico.
Dava-se a esta sucessão de fases o nome de lances. Entre um lance e outro decorria o prazo de uma a duas semanas.
Até ao meio do pote, o diâmetro ia aumentando; depois começava a reduzir para dar o estreitamento até à boca. Nesta fase, o oleiro utilizava uma espécie de raquete com a qual apoiava a parte interior do pote, enquanto ia juntando as sucessivas camadas. Tratava-se de uma fase muito delicada do processo, para evitar o desmoronamento desta espécie de abóboda que ia sendo pacientemente construída. Por isso, tinha de decorrer um razoável tempo de secagem, para se obter a consistência necessária para suportar o peso da boca.
Esta era construída à parte para ser sobreposta à abóboda que formava a  parte superior do pote. Como a boca tinha um peso razoável, devido a ter uma maior espessura, convinha que o processo de secagem garantisse a consistência para não desmoronar. Por isso, nesta fase, a secagem era mais demorada, podendo ir até aos quinze dias.
Colocada a boca, dava-se o acabamento final que consistia em alisar a superfície exterior, utilizando uma cama de fino barro que era aplicada com um pedaço de pele, ou seja, uma espécie de camurça.
Com o barro ainda húmido, as peças eram assinadas com o nome do oleiro, o local do fabrico e, nalguns casos, a data.
Nas sucessivas fases de secagem, convinha que o tempo decorresse nem muito seco, nem chuvoso. Os ventos secos e frios provocariam o rachar dos potes. A humidade excessiva afectaria a consistência do barro. Para atenuar as oscilações do tempo, o processo de fabrico decorria em grandes casões.
Na entrada da Primavera os potes já estavam feitos, começando o processo final  de secagem, o qual podia demorar de 20 dias a um mês.
Finalmente, entre Julho e Agosto, decorria a fase de cozedura em forno apropriado. Devido ao grande peso de algumas peças, estas tinham de ser deitadas e roladas até ao forno, no qual eram colocadas de boca para baixo, apoiadas em três peças de barro, sobre a grelha do forno. O processo de cozedura demorava um dia e exigia uma atenção constante para regular a temperatura, o que era feito pela maior ou menor abertura dada aos respiradores do forno.
Seguia-se o arrefecimento, que demorava uma semana, para os potes poderem ser manipulados, prontos para a última fase do seu fabrico: o cabamento do interior.
Os potes destinados ao vinho ou à conserva da azeitona eram pezgados, operação que consistia em betumar com pez derretido ao lume e vazado no interior do pote para ser espalhado com a ajuda da “boneca”, ou seja, um pano enrolado na extremidade de um pau.
Nos potes destinados à aguardente, a betumagem era feita com cera pura.
Os potes de Campo Maior tinham fama e eram vendidos por todo o Alto Alentejo e Beira. Hoje, os que ainda existem, são muito apreciados e usados como elementos decorativos.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Pelos caminhos rurais de Arraiolos










20-6-2019: Uma caminhada acessível, que oferece belas vistas sobre o "tapete" da planície alentejana que rodeia Arraiolos. 
Momentos bem passados com os caminheiros da SAL.

Fotos e texto da autoria do nosso compadre Pedro O. Correia.

Para participar nos passeios organizados pela SAL, Sistemas Ar Livre, aceda a este link:
http://www.sal.pt/


domingo, 28 de julho de 2019

Barragem Trigo de Morais ( Torrão )










Com uma bacia hidrográfica que se estende por 509 quilómetros quadrados, a barragem Engenheiro Trigo de Morais, mais conhecida por barragem de Vale do Gaio, entrou em funcionamento em 1949. Localizada próxima do Torrão, na linha de água do rio Xarrama, a construção foi selecionada pela Ordem dos Engenheiros para integrar o livro “100 Obras de Engenharia Civil no Século XX”, que tem como objetivo apresentar à sociedade obras que tenham contribuído para o desenvolvimento de Portugal e para reforçar o papel da Engenharia Portuguesa no mundo. 
Rodeada de belas áreas verdes, a barragem de Vale do Gaio é um local ideal para a prática desportiva e de atividades náuticas (pesca e canoagem), para um simples passeio ao ar livre ou para usufruir de alguns dias de descanso no hotel ali situado.
Texto: C.M. Alcácer do Sal
Fotos: Edmundo Correia

O Grupo Pedestrianista Alcáçovas Outdoor organiza caminhadas e passeios pedestres nesta área e disponibiliza guias locais para acompanhar o seu grupo.
Basta contactar : trilhosalentejanos@hotmail.com

sábado, 27 de julho de 2019

Lagar Museu António Picado Nunes (Galegos, Marvão )









Lagar Museu António Picado Nunes.
Quando forem a Marvão passem pela Aldeia dos Galegos e provêm o azeite tradicional e biológico Castelo de Marvão.
Podem também ficar a dormir no Olivo Turismo ou ir conhecer com a Marvão Adventures.


Texto e fotos: Luis Lobato de Faria ( Monte da Fonte Santa, Alandroal )

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Praia Fluvial da Amieira








Ainda cheira a nova, esta praia fluvial da Amieira, no concelho de Portel.
Foi inaugurada na semana passada e a nossa equipa de guias locais foi lá dar uns valentes mergulhos...
Garantimos aos nossos estimados compadres e comadres que a temperatura da água estava muito acima dos 25º ... Um caldinho, portanto...
Asseada, com muito estacionamento, com bons acessos e esmerado serviço de bar e restaurante, quem é que disse que no grande lago Alqueva nunca poderiam haver praias fluviais ?
Uma aposta bem feita, gostámos muito e recomendamos...

quinta-feira, 25 de julho de 2019

74º Encontro Évora Sketchers


Caros amigos,

No dia 27 de Julho vamos realizar nosso Encontro de Julho no Jardim Público de Évora.
Como habitualmente em Agosto não haverá actividades e, provavelmente o encontro seguinte será a 28 de Setembro, integrando o evento nacional (a) Riscar o Património, promovido pela Direcção Geral do Património e Urban Sketchers Portugal, e comemorando as Jornadas Europeias do Património.

74º Encontro ÉSk | Jardim Público de Évora  | 27.Julho.2019
Programa:
10:00 - Ponto de Encontro: Junto à estátua de Garcia de Resende;
12:30 – Partilha de desenhos e foto de grupo;
13:00 - Final do Encontro.

Até sábado,

Évora Sketchers

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