quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Bicho de Conta

 

 
Bicho-de-conta (porquinho-de-santo-antão ou tatuzinho)
(Oniscus asellus) - Linnaeus, 1758

Com 16 mm de comprimento e 6 mm de largura, possui o corpo marron escuro, uma carapaça brilhante, 7 pares de patas e dois pares de antenas (sendo um residual), o bicho-de-conta inclui-se no grupo mais numeroso dos isópodes terrestres com cerca de 3.600 espécies no mundo.

Passou a viver fora de ambientes aquáticos por possuir uma bolsa incubadora, também devido à forma achatada do corpo, a adaptações comportamentais e fisiológicas (como o desenvolvimento de cutícula espessa) e estruturas para trocas gasosas (pulmões pleopodais).

Produz feromônios, que expulsa com as fezes, e são percebidos por estruturas sensoriais das antenas. Em situações de maior seca estas substâncias são produzidas mais intensamente, o que leva a espécie a formar um grupo, reduzindo a perda de água. Em ambientes húmidos e quentes utilizam a evaporação para manter a temperatura do corpo, refrigerando-se. Nas extremidades das antenas possui quimioceptores. Muita da água que consome é ingerida através dos alimentos ou através de coprofagia.

A capacidade que possui para se enrolar como uma bola constitui um meio de defesa. Para o mesmo fim também utiliza outros estratagemas como a fuga, fingir-se morto e a libertação de secreções repelentes.

A abundância e diversidade com que ocorrem certas espécies de isópodes serve como indicação da qualidade das paisagens. Verifica-se a existência de maior abundância em pradarias naturais do que em zonas florestais, sendo certo que estes ambientes têm, por sua vez, maior densidade do que as áreas agrícolas. Em áreas de agricultura e silvicultura intensiva a sua densidade é muito baixa devido à alta mortalidade provocada pela aplicação de insecticidas e herbicidas. Apesar de algumas espécies poderem causar prejuízos à agricultura (nas culturas de tomate, pimentão, ervilhas), a sua diversidade e abundância deve ser estimulada dada a sua grande importância na decomposição de material orgânico, o que potencia a existência de agroecosistemas, visto que incrementam a disponibilidade de macronutrientes no solo.

Alimenta-se, durante a noite, de plantas e matéria orgânica em decomposição.

A reprodução é sexuada. O macho, pressionando a sua zona ventral contra um lado da fêmea, injecta os espermatozóides num dos gonóporos (abertura genital), utilizando um apêndice vibratório. repete o processo do outro lado. Na época reprodutiva ocorre nas fêmeas a formação de um marsúpio. É nesta bolsa incubadora que inicialmente se desenvolvem os filhotes num fluido secretado pela parede do corpo materno. Nascem com um par de pernas a menos, que só posteriormente adquirem. A fim de reduzirem a elevada taxa de mortalidade, o crescimento é grande nos primeiros estágios de vida. Aos dois dias ocorre a primeira muda do exoesqueleto (eclidse). Até aos seis meses as mudas repetem-se em cada três semanas, altura em que se iniciam as eclidses de adultos (três a seis vezes por ano). Estas mudas verificam-se primeiro na metade posterior do corpo e dois dias depois na metade anterior, ficando, nesta altura, com um aspecto bicolor. Para reaproveitamento do cálcio, o exoesqueleto libertado (exúvia) volta a ser ingerido. Podem atingir de três a quatro anos de vida.

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Isopoda
Família: Oniscidae
Género: Oniscus
Espécie: O. asellus
Informação e fotos copiadas do blog do compadre João Gil Borges,

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Associação Rota Vicentina: 350 km para caminhar...




A parceria criada em torno da Rota Vicentina estendeu-se para além dos seus promotores iniciais envolvendo agora ao todo cerca de cem empresários do sector do turismo de toda a região e parceiros públicos, entre os concelhos de Santiago do Cacém e de Vila do Bispo, que constituíram formalmente uma associação.

O projecto, que implementou no terreno uma grande rota pedestre de 350 km entre a cidade de Santiago do Cacém e o Cabo de São Vicente, foi concebido e coordenado pela Associação Casas Brancas, que trabalhou em parceria com a Associação Almargem, com as câmaras municipais, juntas de freguesia e entidades regionais de turismo do Algarve e do Alentejo.

Tendo em perspectiva a promoção do turismo de natureza no Sw de Portugal a par da preservação dos recursos naturais, enquanto modelo de sustentabilidade da economia local, o alargamento da parceria surge como uma evolução natural de um projecto que une toda uma região por uma causa comum e que serve a todos – adeptos de caminhada, comunidade local, empresários, instituições públicas, ambientalistas e turistas nacionais e estrangeiros.


A cargo da Associação fica, além da promoção da Rota Vicentina, a monitorização e manutenção dos percursos, bem como a sensibilização da população, empresas e instituições, o fomento do trabalho em rede e o apoio à comercialização.

São cerca de cem os fundadores da Associação Rota Vicentina, mas perspectivam-se para breve novas adesões – de empresas de turismo e também de particulares que valorizam e se identificam com o espírito do projecto, além das principais instituições públicas da região e do sector.

A divulgação da criação da agora Rota Vicentina – Associação para a Promoção do Turismo de Natureza na Costa Alentejana e Vicentina – surge no momento em que os elementos dos órgãos sociais foram empossados, após as primeiras eleições, decorridas a 09 de Julho, tendo contudo a Assembleia-Geral Constituinte decorrido a 05 de Junho.

A direcção da Associação Rota Vicentina é presidida por Marta Cabral, que tem coordenado, enquanto directora executiva e dirigente associativa das Casas Brancas, todo o projecto Rota Vicentina desde a sua génese, sendo o vice-presidente Rudolf Muller, que foi durante 10 anos o presidente das Casas Brancas.
Este, na nossa perspectiva, é um exemplo a seguir, se quisermos atrair visitantes e fazer do Alentejo um destino eco-turistico de excelência...

Informação retirada do blog: http://imenso-sul-alentejo.blogspot.pt/

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Banda da Sociedade União Alcaçovense


Data de 1850 a fundação, pela família dos Cabrais, da 1ª. Banda de Música da Vila de Alcáçovas, popularmente denominada de "Os Nalgueiros". Mais tarde em 1855, é fundada a Banda dos "Pés Frescos".

A partir de 1880 começa a nascer a ideia de se fundir as duas Bandas, o que viria a acontecer em 1885, quando um grupo de alcaçovenses, liderado pelo Padre Joaquim Pedro de Alcântara, elaboram os Estatutos daquela que viria a ser a "Sociedade União Alcaçovense".

Em 1935 foi galardoada com a "Medalha de Prata", em 1948 recebeu a "Medalha de Reconhecimento, Mérito e Homenagem" e em 1956, o Diploma e "Medalha de Ouro de Instrução e Arte", pela Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio.

No período entre 1959 e 1984 a Banda foi regida pelo Maestro António Maria dos Santos Guerra.

Em 1983 a Sociedade organizou o seu I Encontro de Bandas, em 1984 participou na 1ª. fase do Festival EDP de Bandas de Música. Em 1987 realizou-se o II Encontro de Bandas e em 1988 e sob a regência de José André Pires Florindo, representou o Distrito de Évora num Festival de Bandas em Coimbra.

O III Encontro de Bandas Civis ocorreu em 1989 e o IV em, 1990.

Em 1994 realizou-se o V Encontro de Bandas Civis, o VI em 1996.

Para além disso, a Banda anualmente efectua cerca de 25 a 30 actuações nas quais se incluem a participação em Festivais e Encontros de Bandas.

Actualmente é constituída por cerca de 45 elementos e é dirigida pelo Maestro Eduardo Pires Fernandes.
 
Fotos gentilmente cedidas pela comadre Mariana Pereira.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Jardim e Capela das Conchas (By Celestino Manuel)











Alcáçovas é uma freguesia do concelho de Viana do Alentejo, tendo tido o estatuto de Vila e sede de concelho, entre 1258 e 1836, devido ao seu posicionamento estratégico no território português.
As origens da povoação são muito antigas e o seu nome deriva do árabe al-qaçabâ ("cidadela fortificada"). Foi residência de nobres famílias alentejanas e encontra-se ligada à História de Portugal por nela ter sido assinado, em 1479, o Tratado das Alcáçovas (também conhecido como Paz de Alcáçovas).
Este tratado, foi assinado pelos representantes dos Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Castela e Aragão, por um lado, e o rei Afonso V de Portugal e seu filho João pelo outro, colocando fim à Guerra de sucessão de Castela (1475-1479).

Da sua importância e passado histórico da Vila de Alcáçovas, relevam-se um vasto e rico património, com destaque para Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas, adro e cruzeiro, a Ermida de São Pedro ou Capela dos Sequeiras, a Fonte dos Escudeiros ou Fonte da Praça da República, o Paço dos Henriques ou Horto do Paço das Alcáçovas ou Paço Real da Vila e a Capela das conchas ou capela de Nossa Senhora da Conceição e jardim.
A vida económica dos habitantes desta povoação encontra-se muito ligada às atividades rurais nomeadamente a pastorícia, tendo perdido importância o núcleo de artesãos ligados a produção do Chocalho. Em homenagem a esse passado, o chocalho dispõe hoje de um espaço próprio para a sua mostra, o Museu do chocalho, que exibe uma coleção particular de mais de 3 000 peças, entre chocalhos e sinos.
A par de tudo isto, o visitante pode ainda deliciar-se com a sua gastronomia e doçaria regionais, aspetos que não deverá descurar durante a sua visita.

Fotos e texto gentilmente cedidos pelo compadre Celestino Manuel.














Fundada em terrenos sobranceiros ao paço e adquiridos por contestação com a Câmara, pelo donatário D. Henrique Henriques, em 1622, está integrada nos velhos jardins da casa, constituindo no todo murado, um longo paralelogramo que delimita as ruas do Paço, na época chamada de D. Fernando e a dos Ciprestes. A capela, orientada para o lado do ocidente, tem uma discreta frontaria caiada de branco mas que denuncia ter sido decorada, totalmente, por elementos conchóides, calcários e de cerâmica como os subsistentes na empena triangular e no campanário, de nítida inspiração industânica.
O corpo interior compõe-se de nave com tecto cupular de linhas acentuadas, este centrado por opulento resplendor de raios abertos, de madre pérola e envolvidos de discos e outros atributos geometrizantes. A decoração comprova o sentido plástico das gerações seiscentistas, fortemente embebidas da tradição marítima dos povos peninsulares, e representa, pelo seu colorido e utilização de materiais, um dos mais curiosos e antigos conjuntos da arte híbrida, oriental-ocidental da região, que tanto foi cultivada nos jardins, cascatas, alegretes e fontes das casas nobres.
Inúmeras peças de cerâmica italiana, sobretudo pequenos covilhetes policrómicos com decoração zoo-antropomórfica, que mais parecem grutas marinhas do que um templo para meditação espiritual, na mais estranha variedade de búzios, conchas, seixos e pedrinhas marmóreas nas suas habituais cores.
O Jardim oferece, igualmente, grande interesse. Várias obras similares, da construção de D. João Henriques, adornam as paredes e nichos, pilares, alegretes tanque e varandins. O conjunto mais importante, é sem dúvida, o constituído junto ermida e da porta torreada, valorizado pelo grande painel com uma figura equestre do pai do fundador do parque, D. João Henriques, 5º Senhor de Alcáçovas, que morreu após a Batalha de Alcácer-Quibir, prisioneiro dos mouros, em 1582.

Fonte:
http://www.freguesiadealcacovas.pt/locais_interesse.htm


domingo, 18 de agosto de 2013

Trilho dos Moinhos Velhos da Ribeira de Alcáçovas




















Estas são as fotos da caminhada do dia 17AGO, no Trilho dos Moinhos Velhos da Ribeira de Alcáçovas, gentilmente cedidas pelo nosso compadre Henrique Carvalho.
Inserido nos Festejos em Honra de S. Geraldo, organizado pela Secção Outdoor da Associação dos Amigos de Alcáçovas, este evento teve 35 participantes e com a preciosa ajuda do Fernando e do Nuno, do Sport Club Alcaçovense (SCA), fomos transportados até á Ponte Romana, começando nesse local a nossa caminhada de regresso a Alcáçovas.
Passámos nas ruinas dos moinhos de água do Diegues, do Salsinhas e do Bigorrilhas, apreciámos os pegos e levadas existentes ao longo do trilho e no final, refrescámo-nos com água da Fonte do Concelho.
Com este excelente grupo de caminheiros, alguns vindos de longe, conseguimos proporcionar uma manhã muito bem passada em contacto com uma paisagem de Montado a pedir mais caminhadas como esta...

Coreto de Alter do Chão



Actualmente propriedade da Câmara Municipal de Alter do Chão, o coreto foi mandado edificar pelo Sr. Barreto Caldeiro, por volta de 1902 (?), tendo ficado localizado junto ao passeio do Largo que possui o nome do seu patrono.

Por motivo de alteração do mesmo Largo, em 1944-45, o coreto, que ficava junto ao passeio, foi demolido e reconstruído no local onde hoje se encontra.

Erguido à altura de 1,80 e possuindo uma forma hexagonal com 3,20m de lado, foi construído em alvenaria de pedra e azulejo.

Apresenta o pavimento em argamassa de cimento, a cobertura em chapa ondulada, com estrutura em ferro e o gradeamento e a cimalha da cobertura em ferro fundido.

Envolto por algum arvoredo que lhe proporciona a sombra, sem o escurecer demasiado, encontra-se electrificado em bom estado de conservação.

Fonte: Coretos do Norte Alentejano / Maria de Lurdes Ferreira Serra.


sábado, 17 de agosto de 2013

Gentes de Aguiar


































Fotos recolhidas numa das nossas caminhadas em Aguiar, nos dias 25 e 26 de Maio de 2013.
Aguiar é uma das freguesias do concelho de Viana do Alentejo e tem como padroeira Nª. Sª. da Assunção, que é a dominação dada à assunção (ser elevado por outro) do corpo da Virgem Maria aos céus no final da sua vida terrestre. A sua festa litúrgica celebra-se no dia 15 de Agosto. Em 1286, Aguiar recebe a sua primeira carta de foral e em 1516 a mesma carta de foral é reformada por D. Manuel I. Tal como muitas localidades, aqui em Aguiar existe muita história e muitas estórias por descobrir e á semelhança de muitas vilas e aldeias alentejanas, a população de Aguiar está cada vez mais envelhecida, no entanto o que esta "gente" ainda nos pode transmitir e ensinar não vem do Google ou em qualquer motor de busca da internet e muito poucos serão os livros que disponibilizam esse conhecimento. Só mesmo através do contacto directo com as nossas gentes é que podemos ter uma verdadeira transmissão de conhecimentos e saberes.