quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo !...


Feliz Ano Novo !
Que 2016 seja um ano de concretizações: Sonhos, Projetos e Desejos...
Muita esperança, saúde e prosperidade para todos !...

Postal da autoria do nosso compadre José Botelheiro.

O Caranguejo Português


Li uma vez uma história curiosa que falava sobre um pescador que quando ia à pesca, nunca tapava o balde onde colocava os caranguejos que apanhava. Esta situação intrigava todos os que o conheciam. Tanto que um dia lhe perguntaram se ele não se preocupava com a grande possibilidade dos caranguejos fugirem devido ao balde estar sempre destapado. O pescador acabou então por revelar o seu segredo, dizendo que apanhava caranguejo português, uma espécie destes crustáceos que tem uma particularidade: quando um deles começa a trepar o balde para sair, os outros vão logo atrás dele e puxam-no para baixo!
Os anos passaram desde a primeira vez que li esta simples história e confesso que me continua a fazer o mesmo sentido, senão mais! Existem diversos fatores psicológicos que condicionam as nossas escolhas como o modo como fomos educados e cuidados (e, em consequência, o modo como nos vemos), experiências difíceis e de sucesso no passado, o tipo de motivação que temos, a presença de medo, culpa ou vergonha, entre outras. O que é facto é que somos um povo aventureiro, destemido e capaz de grandes feitos. Já o provámos. Basta pensarmos nos imensos portugueses que tiveram e têm sucesso em tantas áreas, sendo alguns até referências mundiais e da humanidade. A questão é que tenho encontrado numerosos casos de pessoas que procuraram ir além (por exemplo, criando uma empresa com um produto inovador; fazendo uma investigação sobre um tema por explorar e de grande importância; fornecendo um serviço que as pessoas precisam diariamente mas que ninguém se tinha lembrado de implementar) e que se debatem com imensos obstáculos na criação e manutenção da sua obra. Sem me querer prender em detalhes, aquilo que constato é que não é nada fácil tentarmos fazer diferente e melhor! Parece-me que vivemos numa sociedade onde a repetição e a reprodução são mais bem vistas e facilitadas do que a inovação e a mudança. Claro que o ser humano resiste, e de que maneira, ao mudar e que tendemos a ficar em zonas de conforto (mesmo que se tenham tornado desconfortáveis). Mas por vezes sinto que é algo fundamentalmente cultural. Nós portugueses podemos ficar mais satisfeitos em estarmos todos em baixo do que aprendermos com alguém que consiga subir, mesmo que contribua para a melhoria da nossa condição e bem-estar. Surgem logo dúvidas, dificuldades burocráticas, cópias do original, receios dos que nos rodeiam e todo o tipo de obstáculos que obrigam a uma resiliência sem fim. No limite, podemos preferir impedir que o outro faça algo só para ficarmos todos nivelados. Mesmo que isso seja pior para nós e para todos.
O movimento empreendedor que encontramos em Portugal está a contribuir para a criação de inúmeros projetos, mesmo que muitos acabem por ser eliminados pelo próprio mercado. Criar é bom, traz variabilidade e desde que responda às necessidades das pessoas e das organizações de uma forma melhor do que as soluções anteriores. No entanto, talvez precisemos de olhar para quem consegue singrar como uma fonte de inspiração e menos como uma fonte de problemas. A sociedade portuguesa precisa, tanto mas tanto, da colaboração, da partilha de recursos e conhecimentos, do incentivo aos jovens e da defesa dos mais idosos, da aprendizagem conjunta e da criatividade, com vista a uma melhor vida e uma melhor produtividade. É preciso avançar e deixar avançar. Já nos basta o caranguejo português.
Luis Gonçalves
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta
Psinove – Inovamos a Psicologia
www.psinove.com

Para a frente é que se faz o caminho !... Feliz Ano Novo !

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Fotografando cogumelos na Serra de S. Vicente (Viana do Alentejo)










 A Serra de S. Vicente  tem um relevo pouco acidentado e nela podemos visitar o ponto mais alto do concelho de Viana do Alentejo, o Pincarinho de S. Vicente, com 374 metros de altura e onde ainda se pode fotografar, além duma magnifica paisagem de Montado, as ruínas da antiga Ermida de S. Vicente.
Fotos gentilmente cedidas pela nossa comadre e amiga Anabela Fialho, tiradas numa das caminhadas gratuitas de divulgação organizadas pelo Projeto Alcáçovas Outdoor Trails.
Somos o único grupo pedestrianista a percorrer o concelho de Viana do Alentejo e só em 2015, organizámos 23 caminhadas gratuitas de divulgação e passeios fotográficos, atraindo ecoturistas em grupos cada vez mais numerosos. Já temos parcerias com várias Associações e Clubes de caminhadas portugueses e espanhóis e estamos sempre abertos a novas parcerias.
Em 2016 gostariamos de expandir a nossa actividade, elaborando formas de actuar em conjunto com empresários locais com visão estratégica, (turismos rurais, restauração e produtores locais) que queiram apoiar e também lucrar com a nossa dinâmica de atração de visitantes, pois unidos seremos sempre mais fortes !...

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Associação Raia Alentejana em Mourão














Mais um passeio por Mourão, obrigado a todos os que participaram, agora são embaixadores da raia alentejana, ajudem-nos a divulgar o interior esquecido, o Turismo é o futuro do Alentejo. Nós já vamos quase em 100 Eventos, passeios, visitas guiadas e apresentações, claro sem nenhum apoio de qualquer organismo do estado, tudo por nossa conta. Mas não estamos sozinhos, cada vez trazemos mais gente para a raia que se tornam amigos, as descobertas têm sido muitas e aquilo que temos sentido pelos caminhos do Alentejo é pura e simplesmente ESPECTACULAR.

Fotos e texto da autoria do nosso compadre Luis Lobato de Faria, da Associação Projeto Raia Alentejana.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Caminhada com o CASMP











 


Em 27DEZ15, numa parceria entre o Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal (Seixal) e o Projeto Alcáçovas Outdoor Trails da Associação dos Amigos das Alcáçovas, fomos fazer uma caminhada de reconhecimento de trilhos e lugares nos arredores da nossa vila, com o intuito de, no futuro, organizarmos caminhadas conjuntas no concelho de Viana do Alentejo, atraindo cada vez mais visitantes pedestrianistas a esta parte do Alentejo desconhecido e que está longe das lucrativas rotas turísticas.
Desta vez, visitámos o Parque de Merendas de Vale de Tanques, o Convento de Nª Sra da Esperança, a Ermida do Senhor da Pedra, a Fonte Santa e a Fonte do Concelho, além dum pequeno percurso na zona histórica de Alcáçovas.
O convívio final foi no Restaurante "Sabores da Vila", com vários pratos tradiconais: Ensopado de Borrego, Sopa de Cação Limado e Feijoada de Lulas.
E a despedida foi na Taberna do Maravilha...

domingo, 27 de dezembro de 2015

Caminhar na Natureza... (By Rui Faria)


Mais um passo, no calor daquela vegetação emaranhada, não dou e dou, porque quero dar, porque quero caminhar, porque quero ver e percorrer e saber, quero responder à minha ânsia de conhecer, o que irei encontrar no meio dessa vegetação, perguntas se farão, respostas, mais uma vez, ficarão, incógnitas escritas no ar, levadas pelo vento que abana os finos e delicados caules dessas gramíneas, num bailado tão antigo e milenar que é retratado nos mais lindos filmes e histórias com finais que sabemos ser felizes. E me deixa, o sabor do campo, e o campestre na mente, porque aquilo que ela sente, estará guardado outra vez na sua mente. Mais outro passo darei, mas oiço o restolhar desses caules secos por baixo da minha sola, aquele barulho crocante com sabor a verão, que vai por certo embalar a mente do senhor ou senhora leitor(a), sobretudo aqueles que se dão mal com este frio propício da época, e ambicionam pela época estival!
O som dos passos pelo trilho, e só os matos, agrestes, e tu onde estivestes, a olhar para a secura desse prado e desse campo, quente no encanto, pedra sobre pedra, que espreita e se destaca, visivelmente em tal prado, sobre as ervas balouçantes. Tantas e tantas vezes, abanadas por esses ventos intemporalmente, desde a formação e o nascimento, e no decorrer dos dias e noites, e na passagem lenta e calma do próprio tempo, omnipresente mas invisível. Calmaria nesse prado, se o vento ou a brisa cessam ou repousam, silêncio... Silêncio e calma...
Mas se eu disser que estou a suar em bica vai parecer desajustado a esta época outonal, mas mantenho-me fiel à ordem do texto e prossigo, olhando para o sol tórrido, apertando as pálpebras sensíveis, e com esforço prosseguir pelo ambiente quente e o equipamento colado ao corpo, é tudo aquilo que me move, e que me ajuda a registar fisica e psicologicamente a emoção da natureza...

E vocês perguntam, porque sou assim, o porquê de frases sem sentido, o porquê da mistura da poesia com a interpretação de uma imagem natural.. A explicação tem várias respostas, e a autenticidade é uma delas... Compreender que faço parte de um mundo maravilhoso e interligado é outra, é outra que uma boa parte dos seres humanos se esquece e se remete ao individualismo, quando na verdade, somos seres de comunhão conjunta, seres familiares, seres de grupo e outros tantos, mas para mim, que sempre me aventuro em lugares remotos, com a solidão como sombra e a terra e o céu como porto de abrigo, só dessa maneira poderia transparecer um pouco das emoções, um pouco de uma perspeiva imparcial da vida, do mundo que é o nosso, e da vida selvagem. Estudar um comportamento de um animal às vezes não faz sentido, porque é algo que fica ali estagnado no bloco de notas, enquanto que esse comportamento é mutável e não se repete de forma simétrica. Fica gravado em minha mente como uma experiência, mas mais detalhado em vídeo,... Tudo isto para dizer, que se não vivermos as nossas próprias vidas somos meros espetadores dessa vida selvagem, que evolui, que é mutável, por razões óbvias, claro. Somos quase sempre uns empecilhos, fora da sua zona de conforto ,que das duas uma, ou nos submetemos às dificuldades da presença nos espaços bravios ou nos deixamos levar nas aventuras e nas descobertas. Quem já deu por si a caminhar por um trilho de cabeça erguida olhando para a frente, num compasso monótono de passo a passo, com os pensamentos da vida urbana sempre presentes.. Que é feito da aventura e do recolher de experiências?. Não vamos utilizar esses espaços, vamos antes desfrutar, aprender e cuidar. Mas se não souberes os nomes científicos, não importa, não deixas de ver espécies se não os souberes, não deixas de aprender comportamentos , não deixas de encontrar maravilhas. Embrenha-te e parte sem medos à descoberta! 
Mas este texto tão breve e delicado, esquece tanto por dizer, que só eu, tu e vós, poderão aprender, juntar, acumular e entranhar. Em todo e qualquer ambiente terrestre marinho ou aquático, uma míriade de tudo, de tudo que mal cabe nas nossas breves e curtas vidas. Da mais grandiosa herança que nos foi dada: a natureza!

by Rui Faria 

sábado, 26 de dezembro de 2015

IV Almoço dos Ganhões (Aguiar)











Todos os anos, no primeiro sábado de Setembro, os compadres do Grupo Cultural e Desportivo de Aguiar organizam um Almoço dos Ganhões, que consiste num alegre convivio, em que o guisado é feito em panelas de barro, todas alinhadas em lume de chão.
De manhã, houve ainda uma caminhada para abrir o apetite que teve cerca de 60 participantes.
Este ano, este evento local decorreu no dia 05SET15 e ultrapassou todos os recordes anteriores: cerca de 500 convivas...
Estas fotos foram tiradas pelo nosso compadre  Roger Rabe.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015