sábado, 11 de agosto de 2018

Museu do Chocalho













Museu do Chocalho ( 2013)
Colecção Privada de Chocalhos, reunidos ao longo da vida pelo Mestre Chocalheiro João Penetra, na sua Oficina em Alcáçovas. Actualmente encontra-se encerrado.

Pela devida ordem, que por ali não se usa nem nunca se usou a produção em série, automática e anónima, cada chocalho, grande - manga, sem serra, castelhano - ou pequeno – chocalho, campanilha, picadeiro, chocalhinho – tem um percurso próprio, um som exclusivo, como que uma identidade única.
Riscar e talhar a folha de ferro – “Eu explico. A gente não vai fazer dois chocalhos, ou cinco chocalhos ou seis chocalhos e dizer assim vou fazer estes chocalhos e saem com aquele som, não senhor, não somos capazes, nem ninguém sabe. A gente calcula a folha que vai aplicar a determinado tamanho de chocalho e põe-lhe o metal, mais ou menos, nuns e noutros; isto não tem peso nem medida, e um calculo da gente, da grande experiência que tem, pode num pôr um bocadinho mais noutro um bocadinho menos, quando está a talhar com a tesoura, não é com aquela medida exacta, e a olho, e portanto, pode cortar mais, pode cortar menos, e quando está a fabricá-lo, a molda-lo, pode-se fechar ou abrir mais a boca, conforme o talhe que se tire e aí oscila logo o som. Para tirar um dúzia de chocalhos com o mesmo som tenho que fazer cem para tirar esses doze com o som mais ou menos igual (…).”  - Mestre João Penetra.

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