quinta-feira, 21 de março de 2013

Coreto de Alcáçovas



Os primeiros registos, que existem de um coreto na vila das Alcáçovas, neste caso iconográficos, são de 1910, estrutura efémera, como ocorreu um pouco por todo o pais. Esta estrutura era utilizada na Praça e também no Largo Alexandre Herculano, para que a Banda de Música da Sociedade União Alcaçovense se fizesse ouvir com as suas obras e repertórios.

Alguns anos mais tarde, a partir de 1925, julga-se que terá surgido a ideia entre os Alcaçovenses, para a construção de um Coreto no Largo Alexandre Herculano. Por esta altura já se tinha iniciado, entre a Vila das Alcáçovas e a Cidade de Setúbal, um intercâmbio cultural, que haveria de culminar com a inauguração do Coreto em 29 de Setembro de 1929. Este intercâmbio terá existido, pelo facto de nas primeiras décadas do século XX, a Banda de Música da Capricho Setubalense, ser dirigida pelo ilustre Alcaçovense, o Maestro Doménico Maia. De referir também, que o Alcaçovense, Sr. Agripino Maia, dirigia neste período, o famoso Sextetos de Saxofones, da Sociedade Capricho Setubalense que deslumbrantes saraus musicais proporcionaram aos Alcaçovenses.

O coreto da vila das Alcáçovas tem atualmente 84 anos.

Tal como o nosso Coreto, todos os coretos ficarão para sempre caracterizados como um símbolo de descentralização e democratização cultural, não só em Portugal, mas também em toda a Europa. Transmissores dos ideais de igualdade, os coretos foram sem dúvida, um dos símbolos responsáveis, por a cultura ter saído dos meios intelectuais para a rua. Locais onde o analfabetismo predominava, passavam-se então a ouvir as bandas filarmónicas, sendo então transmitido para toda a comunidade, o gosto pela música.

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