quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Fonte da Mealhada (Castelo de Vide)



A fonte da Mealhada pode orgulhar-se de ter sido objecto de uma das primeiras medida legislativa portuguesa para protecção de uma água medicinal, em 1536 uma Provisão Régia proíbe a construção de “tintes” (tanques de tintura), junto da fonte, afamada pelas suas virtudes medicinais.
Mencionada na “Corografia Portuguesa” de 1706, os quem dela bebem “são isentos de dor nefrítica”, notícia repetida no“Aquilégio” (1726), onde se referia ainda que esta água era “excelente para o uso comum”. 




Em 1918 Charles Lepierre, analisa esta água, classificando-a de Hipossalina, carbonatada cálcica e magnésia, levemente cloro sulfatada litínica  
Em 1920 Câmara de Castelo de Vide obtêm a concessão da nascente mas a sua exploração só se viria a concretizar com o Alvará de Transmissão, passado em 1944 a favor da Empresa das Águas Alcalinas Medicinais de Castelo de Vide, que construiu uma oficina anexa à fonte, mas deixando sempre para utilização pública as bicas da fonte da Mealhada. Em 1972 esta empresa foi adquirida pela Companhia União Fabril Portuense, a partir de 1991 a sua exploração passou para a Unicer, continuando com a tradicional “uso público” da Fonte da Mealhada, como nos referiu um utente: Ela é captada por furo dentro da fábrica, de onde vai para depósitos. Quando há limpeza nos depósitos da fábrica a água deixa de correr aqui. Como esta bica é pública, vem para aqui um funcionário dizer para as pessoas irem lá dentro encher os garrafões. Uma vez que esta água é da mesma que se compra, não restam dúvidas.   Mas Castelo de Vide é terra de boas águas, na vila e nas suas redondezas contam-se 14 fontes, a algumas são lhe atribuídas qualidades curativas: A água que faz bem aos diabetes não é esta. A da Fontinha, à beira da vila, junto das muralhas, essa, é boa para a Tensão. A dos Diabetes é aquela já na saída para Lisboa, não é aquela do Martinho (Fonte Nova), é a outra depois, que tem um tanque para lavar roupa” (informante).

Copiado do site: http://www.aguas.ics.ul.pt/

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