quinta-feira, 16 de abril de 2015

Estação de Casa Branca (Montemor-o-Novo)









 A história do ramal de Évora começa ainda no século XIX, em 3 de Janeiro de 1860, com a assinatura do contrato entre o Governo e a Companhia dos Caminhos de Ferro do Sueste para a construção do troço de Vendas Novas a Beja e Évora. Depois de concluídas as obras desta linha, foi possível abrir-se a linha a partir de Vendas Novas para Beja, com saída para Évora na localidade de Casa Branca. Na altura, este troço tinha o estatuto de linha, pois fazia parte do extenso plano criação de uma rede de caminhos de ferro com centro em Évora, a famosa Estrela de Évora, que seria também ela o centro de distribuição de várias linhas no Alentejo, e onde se incluía também parte da “Linha do Guadiana”.
De Évora saíam as linhas para Mora, Reguengos de Monsaraz, Estremoz, Vila Viçosa e Portalegre, sem esquecer Casa Branca. A linha de Évora conheceu nesses tempos o seu apogeu. Esta linha teve um desempenho notável durante a Guerra Civil Espanhola uma vez que permitia, por um lado às tropas portuguesas apoiarem os vizinhos espanhóis, mas também acabou por fazer com que muitas pessoas abandonassem as suas vidas nas aldeias da Raia, fugindo à guerra, ao contrabando e à constante instabilidade que a Fronteira Espanhola representava.
Já no século XX, com o virar dos anos 90, veio a penumbra. Um enorme plano de encerramento de linhas com poucos passageiros, ditou o fecho das linhas para Mora, Vila Viçosa e Portalegre, ficando Évora servida apenas com a linha em direcção a Casa Branca, agora classificada como “Ramal de Évora” e pela linha de Estremoz, ligação de Évora com a linha do leste, por Portalegre e que se encontra hoje em péssimas condições de conservação.
Fonte: http://www.transportes-xxi.net/tferroviario/empresas/refer/linhas/evora

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