quinta-feira, 5 de novembro de 2015
E.L.A. - Encontros Literários do Alentejo
"Contos ASSESTA - Alentejo" é a primeira produção literária da ASSESTA - Associação de Escritores do Alentejo. Nela estão incluídos 12 contos dos autores alentejanos: Vítor Encarnação, Fernando Évora, Luís Miguel Ricardo, Joaninha Duarte, Carlos Campaniço, Dora Gago, Napoleão Mira, Olinda P. Gil, Luís Contente, Fernando Guerreiro, Maria Ana Ameixa e José Teles Lacerda. Cada texto é acompanhado com as ilustrações de 12 excelentes ilustradores que, desta forma deram um grande contributo para a qualidade da obra.
Portugal aqui tão perto...

A vida faz-se a cada gesto, a cada passo, a cada atitude. A agricultura de subsistência e a criação de animais nas aldeias portuguesas é esse gesto, esse passo, essa atitude. Há um lugar onde o trabalho do campo dita o modo de vida das pessoas. Esse lugar são muitos lugares, nesse Portugal esquecido por muitos que está tão vivo como as industrias, o comércio e as cidades.
A vida na aldeia começa cedo, quando os primeiros raios de sol perdem a timidez e se mostram à povoação e termina quando estes decidem repousar por de trás dos montes que a vista alcança. Os afazeres são muitos. Há animais para acomodar, há terrenos para lavrar, quintais para cuidar, lojas para estrumar, lenha para acartar.
Aos setenta e poucos anos de idade, o tio Herculano recorda os tempos de mocidade quando levava as ovelhas de monte em monte, serra em serra, fizesse chuva fizesse sol. Os animais precisavam de pasto e era ao seu encontro que guiava o rebanho acompanhado pelo cão. Por caminhos lamacentos, ingremes, mal formados, desbravava mato e chegava a ficar dias até regressar a casa para devolver os animais à corte para a ordenha. Palhoça e polainas impermeabilizavam-no das chuvas invernosas da montanha. Histórias de tempos idos, difíceis de acreditar e que hoje não se repetem na mesma medida. Apesar de confirmar tempos difíceis, a tia Albertina recorda com saudade os tempos das desfolhadas, das escanadas, da apanha da batata. Eram dias compridos de trabalho árduo é certo, mas também eram dias de reencontro e convívio. A aspereza do trabalho era afugentada pelos cânticos em coro que levantavam o ânimo e davam forças para continuar a jornada. Forças que também recebiam do farnel que partilhavam levado a horas certas por quem ficava em casa a prepara-lo e palmilhava quilómetros por caminhos serranos de cabaz na cabeça ao encontro aos merecedores destinatários. No final do dia carregava-se a carroça das vacas unidas por um jugo e que à força das patas percorriam caminhos por vezes difíceis de volta à povoação.
É certo que os tempos são outros. A evolução varreu o país de norte a sul, do litoral ao interior. No entanto, em milhares de locais por esse Portugal a fora, a agricultura e a criação de animais continuam a fazer parte do quotidiano de povoações inteiras. Apesar de haver cada vez mais terrenos agrícolas abandonados, principalmente os de difícil acesso, assiste-se a uma resistência de quem depende desta actividade para viver o seu dia-a-dia.
Gostava que aceitasse o meu convite e viesse comigo conhecer pessoas que fazem da sua labuta diária a bandeira das suas vidas. Pessoas que limpam o suor do rosto para voltar a erguer a enxada, que ensopam os pés na lama abrindo labirintos hídricos com o sacho por entre canas de milho e estacas de feijoeiros, que acomodam o vivo que cresce nos corrais. Venha comigo conhecer pessoas que fazem do nosso país, Portugal.
Copiado integralmente do blog do nosso compadre Bruno Andrade, http://portugalatp.blogspot.pt/
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Azulejos da Estação Ferroviária de Vale do Peso
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A Estação Ferroviária de Vale do Peso, originalmente denominada de Estação de Vale do Pêso, é uma interface ferroviária desactivada do Ramal de Cáceres, que servia a localidade de Vale do Peso. |
Curiosa foto de tres moças de Vale do Peso (já falecidas) e que terá sido enviada, entre outras, para o pintor Jorge Colaço pelo valedopesense professor Manuel Subtil e que terá servido de modelo para o painel da Fonte da Bica (de Vale do Peso), inserido no conjunto.
Os oito painéis instalados na estação de Vale do Peso são, tal como os das estações de Castelo de Vide e da Beirã (Marvão) da autoria de Jorge Colaço, um dos maiores azulejistas portugueses e terão sido produzidos nos anos 30 do século passado.
Jorge Colaço (1868 – 1942)
Estudou pintura em Madrid e em Paris. Foi pintor, caricaturista e azulejista.
Distinguiu-se principalmente como caricaturista e desenhador, tendo os seus desenhos sido publicados em alguns jornais da época como O Talassa.São de sua autoria os azulejos do Hotel do Buçaco, os painéis da estação de S. Bento no Porto, assim como os da sala dos Passos Perdidos da antiga Faculdade de Ciências, em Lisboa. Trabalhou na Fábrica de Sacavém até 1922 e depois, na Fábrica Lusitana, onde teve oficina própria. Tem trabalhos em azulejaria em vários países do mundo.
Teresa Saporiti in “Azulejaria do Distrito de Portalegre"
Fotos gentilmente cedidas pelo compadre Eurico Luz.
Texto copiado do Blog: http://memorianisense.blogspot.pt/
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Budistas em Santa Susana
Perto de Santa Susana, já existe há cerca de um ano um Centro de Budismo Tibetano.
A ideia é que, no futuro, os moradores do centro contribuam para “dinamizar” as comunidades em volta. Tencionam fazer voluntariado em centros de dia, escolas, dar aulas de ioga, praticar medicina alternativa. O templo que será construído de raiz também estará aberto a visitas. Querem “dar a conhecer o budismo tibetano”.
Lama Guyrme não está preocupado em saber se há mais ou menos budistas em Portugal, se o número tem ou não aumentado: “A questão dos seguidores não me preocupa. Mesmo considerando o budismo uma religião, não é uma religião prosélita, não tem missionarismo”, justifica.
Para já, os rituais de meditação acontecem num templo provisório. Lá dentro, para onde se deve entrar sem sapatos, há panos com pinturas tradicionais, um buda, oferendas que simbolizam qualidades interiores, incenso, almofadas, um búzio para fazer o chamamento na hora das práticas.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Avistamento de Ovnis em Évora (02NOV1959)
Em 02 de Novembro de 1959, em Évora, foram observados dois objectos a sobrevoar a cidade. O avistamento foi seguido da queda de filamentos brancos, os chamados "cabelos de anjo", durante perto de quatro horas.
Como hoje faz 56 anos sobre esta data, publicamos o episódio transmitido a 13 de Abril de 2008 dedicado aos acontecimentos relacionados com a aparição de Ovnis em Évora.
Dado o insólito do acontecimento e sobretudo, este ter sido esquecido devido á passagem do tempo, relembramos o dia em que os "anjos" nos vieram visitar...
Copiado do blog: http://ufoportugal.blogspot.pt/
domingo, 1 de novembro de 2015
Basílica Real de Castro Verde
- Erigida sobre a antiga matriz de Castro Verde, a Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição data dos inícios do século XVIII (provavelmente a construção foi iniciada em 1713 e em 1718 ainda se encontrava em construção) e tem a sua existência associada ao discurso de glorificação da lenda da Batalha de Ourique, inscrita, desde há muito tempo, no imaginário português e na matriz histórica da nossa realeza. D. João V corporizou e traduziu esse espírito no favorecimento que deu à obra; no título de Basílica Real atribuído à nova matriz e nas mais diversas encomendas régias com que enriqueceu e valorizou o seu recheio.A escala do edifício, a proteção da coroa à sua construção e as afinidades que revela com outras igrejas da época sustentam a hipótese da sua traça se dever a João Antunes, arquiteto régio e das três ordens militares. Estando ou não a matriz de Castro Verde ligada a este nome maior da arquitetura barroca portuguesa (se o projeto, porventura, foi seu, então não pôde acompanhar a sua execução, dado que faleceu em 1712), trata-se de uma obra grandiosa, de fachada robusta, compartimentada, com alçado dominado pela presença de duas torres sineiras, composição que contrasta com o espaço interior, elegante, de uma só nave, na qual se exibe, preenchendo as superfícies parietais, um conjunto notável de painéis Joaninos historiados de exaltação da Batalha de Ourique e um magnífico altar-mor de talha dourada, da mesma época (a riqueza patrimonial da matriz Joanina, nos dias de hoje, encontra-se, contudo, algo diminuída, dado o extravio, entretanto verificado, de parte do seu recheio original: órgão altares laterais, alfaias, relicários, etc.).Horário:De abril a outubro: 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00De novembro a março: 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30Encerra:1 de JaneiroSexta-feira SantaDomingo de Páscoa1 de MaioSegundo Domingo de Maio (Festa de S. Miguel)25 de DezembroMissa:Domingos às 11h30*Sendo a Basílica Real de Castro Verde um templo aberto ao culto pode haver, ocasionalmente, outras cerimónias religiosas.
Dispõe de Visitas Guiadas:Basílica Real - Grátis;Basílica Real e Tesouro - 1€
MoradaBasílica Real de Castro VerdePraça do Município7780 Castro VerdeTelefone: 286 328 550
Fotos gentilmente cedidas pelo nosso compadre e amigo Henrique Carvalho.
Castelo de Viana do Alentejo
CASTELO DE VIANA É O GUARDA-JOIAS DA MATRIZ
O monumental castelo dionisiano de Viana do Alentejo é o guarda-joias de outro monumento nacional, construído nos princípios de Quinhentos – a sua formosa Matriz, um dos templos manuelinos mais belos de Portugal.
Os seus arcobotantes, alinhando por entre a floresta de coruchéus e os dentes arreganhados das ameias manuelinas, só são superados pelo magnífico pórtico principal, que ao sul do Tejo não encontra rival no estilo, ostentando a Cruz de Cristo, as esferas armilares de D. Manuel e os camaroeiros da Rainha D. Leonor.
Os fechos das abóbodas do templo, dedicado a Nossa Senhora da Anunciação, são Cruzes de Cristo e esferas armilares. Um belo vitral, representando S. Pedro, é o único que resta dos que ornamentavam a igreja do século XVI. Azulejo relevados do mesmo tempo e capitéis com cabeças humanas esculpidas mostram a riqueza da arte ornamental deste precioso templo.
Manuelino também é o cruzeiro à entrada do castelo, que já esteve, em tempos, perto do santuário de Nossa Senhora d’Aires.
Perante toda esta riqueza monumental, vê-se que o século de Quinhentos passou generosamente por Viana do Alentejo e aqui deixou a sua marca inconfundível.
Os seus arcobotantes, alinhando por entre a floresta de coruchéus e os dentes arreganhados das ameias manuelinas, só são superados pelo magnífico pórtico principal, que ao sul do Tejo não encontra rival no estilo, ostentando a Cruz de Cristo, as esferas armilares de D. Manuel e os camaroeiros da Rainha D. Leonor.
Os fechos das abóbodas do templo, dedicado a Nossa Senhora da Anunciação, são Cruzes de Cristo e esferas armilares. Um belo vitral, representando S. Pedro, é o único que resta dos que ornamentavam a igreja do século XVI. Azulejo relevados do mesmo tempo e capitéis com cabeças humanas esculpidas mostram a riqueza da arte ornamental deste precioso templo.
Manuelino também é o cruzeiro à entrada do castelo, que já esteve, em tempos, perto do santuário de Nossa Senhora d’Aires.
Perante toda esta riqueza monumental, vê-se que o século de Quinhentos passou generosamente por Viana do Alentejo e aqui deixou a sua marca inconfundível.
Texto e foto gentilmente cedidos pelo compadre João Vieira.
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