sexta-feira, 29 de junho de 2018

Portas e Janelas Medievais em Évora











– As cidades medievais eram superlotadas, barulhentas, escuras e tinham cheiro de estábulo. Só as ruas mais largas eram pavimentadas, as outras eram sujas, com esterco e lama. Na maioria, eram apenas vielas estreitas onde não se podia passar com duas mulas sem derrubar os quiosques dos vendeiros.
– De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros, sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas… Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos, galinhas…
– Na média, as cidades medievais típicas tinham entre 250 a 500 habitantes. À noite, eram silenciosas e muito escuras: não havia iluminação pública. Era comum toque de recolher decretado pelas municipalidades, como prevenção contra assaltos e assassinatos.
– Nas cidades ocorriam castrações, enforcamentos e amputações, e a população aglomerava para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e torturados antes da execução pública, sob o burburinho e os gritos das multidões.
– Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o costume de frequentar os banhos públicos, preservados desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas próprias latrinas e fossas.
– A maioria da população jogava seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro insuportável e as águas de abastecimento da cidade poluídas.
– A canalização da água não era recomendada pelas seus governadores, que temiam a desvantagem de tornar as cidades vulneráveis a sabotagens de exércitos inimigos. Por exemplo, só em 1236 Londres começou a trazer água para a cidade em aquedutos.
– Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira das cidades foi a pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira cidade a ter suas ruas calçadas com pedras.
– Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja, a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o parasita do rato negro. As epidemias eram frequentes e, de 1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubónica, conhecida como a peste negra, provocando milhões de mortes.
Texto copiado do site: https://historiadigital.org/
Fotos da autoria do nosso compadre Luís Lobato de Faria.

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