O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente…
(Mario Quintana)
A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo cintila,
a boca espera
(que pode uma boca esperar senão outra boca?)
espera o ardor do vento
para ser ave e cantar.
Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Limpida e pura,
Aquela promessa antiga
De uma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
Terem guardado em si,
Limpida e pura,
Aquela promessa antiga
De uma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
Retirado com a devida vénia do Blog dos Cheiros: http://cheirar.blogspot.pt/
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