sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher

Mulher e Alentejana
 
A figura é religiosa e é profana,
como é sua fragrância costumeira,
se é um dom da natureza humana,
cheira a incenso e hortelã da ribeira.

Frágil, como mãos de costureira,
É, na sua essência, altiva, ufana.
Primordial e última trincheira,
ambas numa só, que a vida aplana.

A golpes de sol e lida humana,
curvada mais de músculo que de vontade.
E, à parte, doce – o mel é a verdade

toda! – que no auge da adiafa há-de
ser flâmula brandida à posteridade,
como exemplo de mulher e de alentejana.
 
Poema de João de Sousa Teixeira -   Blog :   http://corpodepoema.blogspot.pt/

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