sexta-feira, 13 de novembro de 2015

“estas coisas não se aprendem, nascem e morrem com a gente”




















Manuel António Saldanha, também conhecido por Manuel António Césaro, nasceu no dia 29 de Outubro de 1923.
Até aos 40 anos foi trabalhador rural cá por Viana do Alentejo, depois foi para os lados de Lisboa, onde trabalhou sempre como servente e pintor até se reformar. Após a reforma, voltou para Viana do Alentejo e foi a partir daqui que nasceu esta apetência e gosto pelos trabalhos em madeira. Sem recorrer a qualquer tipo de máquina, tudo o que tem, foi ele que fez com as suas próprias mãos, socorrendo-se apenas da navalha e um pequeno serrote. Após visualizar uma determinada imagem, essa já não lhe saía da cabeça, até reproduzi-la em madeira, garantindo sempre as suas cores genuínas.
Hoje com 92 anos, o Sr. Saldanha refere com mágoa que é a vista que o está a atraiçoar, não podendo assim continuar com as suas habilidades.
Num pequeno telheiro, esta colecção particular possui a temática essencialmente dos trabalhos e vivências agrícolas do Alentejo de outros tempos. Tarros em cortiça, alfaias e actividades esquecidas, reflectem sem dúvida as memórias do Sr. Saldanha, que segundo ele “estas coisas não se aprendem, nascem e morrem com a gente”.

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