FONTE ALEXIPHARMACA ANTIFEBRIL
Indicações:
Segundo os informantes só era utilizada para ingestão, por ser muito leve e ajudar a digestão; das qualidades antifebris apontadas por (Henriques 1725) não há memória.
O local da fonte está coberto de silvado e bastante arruinado.
Natureza:
Ao paladar é uma água suavemente mineralizada, bicarbonatada
Historial:
No Aquilégio é classificada como antifebril: “Está uma fonte a que chamam de santa, pelos prodigiosos efeitos que se experimentam na sua água: porque é de muito utilidade nas febres malignas, para as quais se vão buscar de Terras muy distantes...”
É citada pelo Padre Cardoso em “Memórias da vila de Alcáçovas”(1890), que comenta que “em 1653 passou a ser santa para chagas cancerosas”.
Segundo os informantes, há cerca de 40 anos que se perdeu o costume de ir a esta fonte. As festas que se faziam na Pascoela e no 15 de Agosto caíram em desuso, depois a nascente foi considerada propriedade da fábrica de refrigerantes “Fonte Santa”, que se abastecia desta água para a sua produção, o que afastou ainda mais a comunidade da sua utilização.
Nota: Existem dois painéis de azulejos, o primeiro, muito antigo, está muito mal conservado. Segundo consta, um caçador decidiu vingar-se na imagem de Nossa Senhora porque não tinha caçado nada nesse dia. Gabou-se aos amigos caçadores que não tinha medo e deu dois tiros que foram acertar na cabeça e no ventre da Sua imagem.
Este caçador morreu pouco tempo depois, vitima de cegueira e cancro nos intestinos...
O segundo painel, esse, conta-nos uma história muito mais positiva:
Uma devota, moradora em Alcáçovas, fez a promessa a Nossa Senhora da Esperança, Padroeira desta vila, de que se o marido sobrevivesse a uma doença que o assolava, ofereceria dois painéis de azulejos em honra da Santa: um seria posto á vista de toda a gente, na frontaria da sua casa e o outro seria colocado na Fonte Santa.
O doente, felizmente, sobreviveu e a promessa foi cumprida...
Rua do Castelo nº 12, Alcáçovas |
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