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quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Luz, a aldeia submersa do Lago Alqueva
A antiga Aldeia da Luz onde estas fotos foram tiradas, jaz submersa no Grande Lago Alqueva.
As pessoas que ali moravam, foram deslocalizadas para a nova aldeia, construída de raiz numa área com a cota mais alta, onde as águas da barragem não chegam...
Aldeia da margem esquerda do Guadiana, cuja origem remontava ao período Paleolítico e Neolítico, foi vítima do progresso...
Fotos retiradas do blogue: http://monumentosdesaparecidos.blogspot.com/
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Saudades das Carpas no Guadiana
Nas calmarias do Verão, lento e sereno, o fio de água em que se convertia o
Guadiana. Quase raso, ali defronte do Castelo de Juromenha… com a margem de
Olivença ao alcance de uma passagem a vau.
Mesmo com pouca água, o rio valia a contemplação. Mais que não fosse, para esquecer as águas fétidas que corriam a montante, por baixo das pontes de Badajoz.
Já em Portugal, vinham em seu socorro outras - bem mais cristalinas - com os que os rios do lado de cá lhe aumentavam o caudal e devolviam ares de curso de água vivo. Que, em direcção à Foz, ia refrescando margens e recuperando o movimento de peixes.
E, se é certo que no Pulo do Lobo quase desaparecia no Verão, chegado a Mértola convidava para todos os mergulhos. Mais a baixo, voltava a ser navegável… com aquele lago que une Alcoutim a Sanlúcar e a descida magnífica até Vila Real de Santo António.
Podem dizer à vontade que o peixe de rio tem muitas espinhas, mas sempre que pude não o deixei escapar. E mal o suspeitava no prato, era de devorar… Cozido, grelhado, de caldeirada: Fosse como fosse! A Juromenha muitas vezes fui no encalço das carpas. E guardo memórias de convívio e sabor de caldeiradas lá para as bandas do Pomarão.
Dos braços de água que alimentam o grande rio do sul,
foi sempre o Degebe que mais me atraiu para todas as contemplações e
passeios.
Até à Amieira, em terras de Portel. No aconchego das margens, nas sombras das suas árvores, no voo dos seus pássaros.
Depois, o Guadiana fez-se lago. agigantou-se, cobriu montes, transbordou para onde (há uns anos!) ninguém suspeitaria. Perdeu alma de rio, para ganhar a imensidão de horizontes líquidos de grande Mar Interior. E há quem, nunca o tendo conhecido humilde, diligente e esforçado, só tenha olhos para a imensidão de água que Alqueva veio represar. Como se ela tivesse nascido ali e não estivesse lá porque escorre margens abaixo em direcção à foz...
Da construção da barragem derivou uma impressionante
mutação de paisagem. Que arrastou mudanças de cores, de sons e de cheiros. O
Alentejo agora ribeirinho terá pouco a ver com o que era. Até em termos
climáticos! Porque aquela imensa massa de água - com incidências de evaporação,
de conservação e transferências de calor - não deixa por mãos alheias a sua
força e o seu poder.
Pelo meio, ficou o sacrifício da Aldeia da Luz, com o que dela resta repousando no fundo das águas. E uma aldeia nova, sem vida nem alma. Um dia destes... até sem gente para usufruir das tais infraestruturas criadas para acolher os habitantes da velha aldeia.
Estiolando aos poucos… Apesar do que foi construído
para celebrar memórias submersas. Quase sem quem a queira conhecer e
visitar.
Já esquecida do corrupio de gente por ali excursionou nos anos que precederam o seu afogamento!
Se até (quem tinha obrigações nesta área) se esqueceu das promessas todas, solenemente comunicadas aos habitantes, em relação ao novo lugar para onde iriam ser transferidas as suas vidas...
Os castelos, que eram de defesa e vigilância às arremetidas dos de Castela, são agora varandas e torres de observação privilegiadas da paisagem que a água trouxe. Monsaraz sabe-o-bem e as esplanadas sublinham. Mourão está a descobrir.
Resta agora saber das capacidades e da imaginação para
aproveitar aquela água toda. Que era para ser para a agricultura, acordou para a
energia eléctrica e agora toma ares de aposta turística.
É nestes contextos e cenários que vêm ao de cima os sinais de falta de diálogo entre gestores e usufrutuários das águas. Aliás, não discutindo pressupostos de defesa da saúde de pública, tornam-se notórias as diferenças de atitude entre o lado português e o lado espanhol do Grande Lago.
Na banda de cá (se calhar bem!) determinou-se que o usufruto das águas para refrescantes banhos teria de ficar adiado por uma janela temporal de segurança. Do lado espanhol investem em praias fluviais e não olham a essas coisas. Estranho, no mínimo! Ou eles já vinham habituados às poluídas águas do Guadiana à saída de Badajoz?
De qualquer modo, e como não haverá capacidade para
policiar tantos quilómetros de margem, não se estranhe que (à surrelfa) também
do lado de cá vão existindo mergulhos.
Se numa qualquer actividade promocional de navegações no Alqueva até houve uma estrela das telenovelas que não se escusou a um banho para que os fotógrafos fizessem os bonecos…!!!
Convenhamos que, quando o calor do Verão aperta, deve ser difícil estar ali na beirinha de água a resistir aos apelos e vontades… Lá isso deve!
Também… quando se fazem desportos aquáticos como é? Já houve campeonatos de natação, de saltos para a água e outras coisas que tais…
No anos passado, uma empresa da área do aproveitamento turístico das águas de Alqueva escrevia mesmo no seu site: As férias rimam bem com banho e mergulhos! Encontrará ao longo do percurso lugares propícios ao contacto com a água.
Palavras para quê?
Copiado do Blogue: http://absolutoportugal.blogspot.pt/
Mesmo com pouca água, o rio valia a contemplação. Mais que não fosse, para esquecer as águas fétidas que corriam a montante, por baixo das pontes de Badajoz.
Já em Portugal, vinham em seu socorro outras - bem mais cristalinas - com os que os rios do lado de cá lhe aumentavam o caudal e devolviam ares de curso de água vivo. Que, em direcção à Foz, ia refrescando margens e recuperando o movimento de peixes.
E, se é certo que no Pulo do Lobo quase desaparecia no Verão, chegado a Mértola convidava para todos os mergulhos. Mais a baixo, voltava a ser navegável… com aquele lago que une Alcoutim a Sanlúcar e a descida magnífica até Vila Real de Santo António.
Podem dizer à vontade que o peixe de rio tem muitas espinhas, mas sempre que pude não o deixei escapar. E mal o suspeitava no prato, era de devorar… Cozido, grelhado, de caldeirada: Fosse como fosse! A Juromenha muitas vezes fui no encalço das carpas. E guardo memórias de convívio e sabor de caldeiradas lá para as bandas do Pomarão.
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Até à Amieira, em terras de Portel. No aconchego das margens, nas sombras das suas árvores, no voo dos seus pássaros.
Depois, o Guadiana fez-se lago. agigantou-se, cobriu montes, transbordou para onde (há uns anos!) ninguém suspeitaria. Perdeu alma de rio, para ganhar a imensidão de horizontes líquidos de grande Mar Interior. E há quem, nunca o tendo conhecido humilde, diligente e esforçado, só tenha olhos para a imensidão de água que Alqueva veio represar. Como se ela tivesse nascido ali e não estivesse lá porque escorre margens abaixo em direcção à foz...
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Pelo meio, ficou o sacrifício da Aldeia da Luz, com o que dela resta repousando no fundo das águas. E uma aldeia nova, sem vida nem alma. Um dia destes... até sem gente para usufruir das tais infraestruturas criadas para acolher os habitantes da velha aldeia.
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Já esquecida do corrupio de gente por ali excursionou nos anos que precederam o seu afogamento!
Se até (quem tinha obrigações nesta área) se esqueceu das promessas todas, solenemente comunicadas aos habitantes, em relação ao novo lugar para onde iriam ser transferidas as suas vidas...
Os castelos, que eram de defesa e vigilância às arremetidas dos de Castela, são agora varandas e torres de observação privilegiadas da paisagem que a água trouxe. Monsaraz sabe-o-bem e as esplanadas sublinham. Mourão está a descobrir.
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É nestes contextos e cenários que vêm ao de cima os sinais de falta de diálogo entre gestores e usufrutuários das águas. Aliás, não discutindo pressupostos de defesa da saúde de pública, tornam-se notórias as diferenças de atitude entre o lado português e o lado espanhol do Grande Lago.
Na banda de cá (se calhar bem!) determinou-se que o usufruto das águas para refrescantes banhos teria de ficar adiado por uma janela temporal de segurança. Do lado espanhol investem em praias fluviais e não olham a essas coisas. Estranho, no mínimo! Ou eles já vinham habituados às poluídas águas do Guadiana à saída de Badajoz?
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Se numa qualquer actividade promocional de navegações no Alqueva até houve uma estrela das telenovelas que não se escusou a um banho para que os fotógrafos fizessem os bonecos…!!!
Convenhamos que, quando o calor do Verão aperta, deve ser difícil estar ali na beirinha de água a resistir aos apelos e vontades… Lá isso deve!
Também… quando se fazem desportos aquáticos como é? Já houve campeonatos de natação, de saltos para a água e outras coisas que tais…
No anos passado, uma empresa da área do aproveitamento turístico das águas de Alqueva escrevia mesmo no seu site: As férias rimam bem com banho e mergulhos! Encontrará ao longo do percurso lugares propícios ao contacto com a água.
Palavras para quê?
Copiado do Blogue: http://absolutoportugal.blogspot.pt/
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Aldeia da Luz
A nova Aldeia da Luz foi construída para realojar os habitantes da antiga aldeia da Luz submergida pelas águas da barragem de Alqueva. A nova aldeia foi construída de forma a manter no essencial as características da aldeia antiga.
A questão do realojamento dos habitantes da aldeia da Luz iniciou-se em 1981. Foram consideradas 3 hipóteses: indemnizar dos habitantes, transferi-los para uma povoação vizinha ou construir uma aldeia semelhante. Esta ultima alternativa foi a escolhida, sendo a preferida pela população.
As obras iniciaram-se em 1998 e terminaram em 2002.
Fotos gentilmente cedidas pela nossa comadre Ana Maria Pinto.
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Local:
Mourão, Portugal
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Castelo da Lousa (Aldeia da Luz)
O chamado Castelo da Lousa, também denominado como Castelo Romano da Lousa, localiza-se na antiga aldeia de Nossa Senhora da Luz, Freguesia da Luz (Mourão), Concelho de Mourão, Distrito de Évora, em Portugal. Erguido no alto de uma escarpa em posição dominante sobre o rio Guadiana, cuja travessia vigiava, na realidade trata-se de uma fortificação romana de pequenas dimensões, de planta retangular, em aparelho de xisto, material abundante na região. Este sítio arqueológico, testemunho da ocupação romana da península Ibérica, foi datado entre o século II e o século I a.C..
Aquando da construção da barragem de Alqueva, uma das acções desenvolvidas foi um levantamento arqueológico-topográfico actualizado dos vestígios da fortificação romana, optando-se por preservá-los para as futuras gerações. Essa tarefa foi empreendida através do envolvimento dos vestígios com sacos de areia, cobertos por sua vez com uma pasta especial de cimento, visando evitar o desgaste provocado pelas águas. O castelo da Lousa jaz actualmente debaixo das aguas da barragem de Alqueva.
Texto e fotos copiados do blog: http://pedrascomemoria.blogspot.pt/
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Local:
Luz, Portugal
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Aldeia da Luz
A antiga Aldeia da Luz, na margem esquerda do Guadiana, foi sacrificada em nome do progresso e está actualmente submersa pela Barragem de Alqueva, o maior lago artificial da Europa.
Foi substituída por uma nova aldeia, construída de raiz, mas sem a "alma", sem a dignidade que estas velhas paredes ostentavam.
Quem visita a nova Aldeia da Luz, apercebe-se desse drama.
Em homenagem a todos os antigos habitantes e seus descendentes, á sua história, ás suas memórias, aqui ficam estas fotos antigas, retiradas do blog http://monumentosdesaparecidos.blogspot.pt/
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Encontro Náutico do Projeto ARA
Este Encontro náutico já aconteceu no passado dia 1 de junho e como tal, resolvi mostrar-vos como foi passado um dia de forma tão diferente.
Este dia incluiu um passeio de barco por três aldeias ribeirinhas de Alqueva, Campinho, Aldeia da Luz e aldeia da Estrela. Contou-se com o apoio da Herdade do Esporão, da Nautiagro e a Herdade dos Cotéis e fez-se, além do passeio, uma visita ao Museu da Luz, uma Mostra Gastronómica e um almoço para convívio.
No final do dia toda a gente adorou a experiência.
Aqui ficam algumas fotografias:
Deixo-vos também o link de um video que foi feito após o evento:
https://www.facebook.com/photo.php?v=167396183436551
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Local:
Campinho, Portugal
quarta-feira, 8 de maio de 2013
A feira das Flores e dos Sabores foi assim...
Esta feira aconteceu no passado dia 5 de Maio, Dia da Mãe, na Aldeia da Luz além de ter estado um dia magnífico, houve muita boa disposição à mistura.
Havia de tudo um pouco, desde mel, flores, óleos essenciais, doçaria, peças de barro, passeios de veleiro, garraiada, casas floridas e uma aldeia que teve um dia movimentado, ao contrário do que acontece normalmente.
Esta foi uma iniciativa do Projeto ARA.
Para quem não esteve lá aqui fica parte do registo fotográfico:
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Local:
Luz, Portugal
terça-feira, 16 de abril de 2013
Feira das Flores & Sabores
O Projeto ARA é constituído por 15 jovens cujo intuito é dinamizar as aldeias ribeirinhas de Alqueva e, como tal, diversas ações já foram sendo feitas e outras ainda vão ser realizadas.
Uma dessas atividades é a FEIRA DAS FLORES & SABORES, onde é possível aceder a produtos regionais e artesanato local. Sendo o dia 5 de Maio o Dia da Mãe, nada melhor que aparecer e oferecer uma flor a quem já é mãe.
Além das diversas atividades que se irão realizar ao longo do dia é sem dúvida uma forma divertida e diferente de aproveitar o domingo.
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Não podem perder esta forma de conhecer o que de bom se faz em Portugal!
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Local:
Luz, Portugal
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