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domingo, 29 de dezembro de 2024

Mineiros d' Aljustrel




 Título: MINEIROS D'ALJUSTREL

Num Mundo duro e cruel
Quais toupeiras rastejantes
Homens de duros semblantes
Sua boca sabendo a fel
São os mineiros d'Aljustrel
Gente de grande lealdade
Com abnegação e humildade
Sempre honraram seu papel
Na mina iam laborando
Para sua sobrevivência
Sem dó pena ou clemência
O seu pão iam ganhando
E em perigo sempre estando
Sendo o escuro seu farol
E sem verem a luz do Sol
Sua vida iam estragando
No seu labor permanente
Chumbo e cobre iam extraindo
Isolados assim se sentindo
Que viver tão deprimente
Triste a sorte daquela gente
Exposta ao pó e humidade
Sem que houvesse piedade
Num sofrimento dolente
Por o seu turno terminar
Sempre estavam ansiando
E a Deus ficavam rezando
P'ra proteção ele lhes dar
Para poderem regressar
Para junto da família querida
Por mais um dia de vida
E por sãos e salvos estar
Que situação tão penosa
Lá no fundo trabalhando
Mas muito pouco ganhando
Vida triste e dolorosa
Amargurada e chorosa
Debaixo do chão vivendo
A toda a hora sofrendo
Vida amarga e desditosa
Fosse pai filho ou irmão
Suas vidas arriscando
O perigo iam enfrentando
Dura a sua condição
Mal ganhando p'ró pão
Que grande a sua labuta
E sem virarem a cara à luta
Cumpriam sua missão
Gente humilde e bem formada
Rosto duro e enrugado
Sempre cupriram seu legado
De forma firme e honrada
Não virando a cara a nada
Mesmo depois de saber
Que mais curta vida iam ter
Que profissão desgraçada
Rodeados d'amargura
E pelo perigo cercados
Da paz verdadeiros Soldados
Demonstrando sua bravura
Escavando na profundura
Como verdadeiros Guerreiros
A esses bravos Mineiros
Nosso carinho e candura
AUTOR: António Correia Ramos
Poeta Popular Alentejano
Fotos do Google.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Alentejo e a sua grandeza


 A minha grande homenagem

Aos mineiros de Aljustrel
Homens de grande coragem
Que com o perigo interagem
E assim honram seu papel
Explorando cobre e zinco
Em galerias traiçoeiras
Eles trabalham com afinco
E é por isso que eu vinco
Seu papel de toupeiras
Homens de grande valor
E grande admiração
Que fazem da sua dor
A razão do seu labor
Prá'ssim ganharem o pão
Nas profundezas da terra
Onde só há escuridão
Muitos perigos os esperam
E por isso eles veneram
Pedindo a Deus proteção
São expostos à humidade
Mas também muita poeira
Um trabalho na verdade
Em que só a necessidade
Obriga a tanta canseira
Põem sua vida em perigo
Sua saúde também
Pois grande é o seu castigo
Lutar contra um inimigo
Que não respeita ninguém
Muitos riscos enfrentando
Pois tudo pode acontecer
Por vezes ficam rezando
E a Deus implorando
P'ra que os possa proteger
São filhos pais e irmãos
Que juntos vão trabalhando
Estes bravos cidadãos
Calejando suas mãos
Assim se sacrificando
A terra vão desventrando
Para extrair o metal
Muito pouco vão ganhando
E a vida vão encurtando
Naquele trabalho infernal
Expostos ao sofrimento
E aos perigos da profissão
Passando grande tormento
Vão aceitando o momento
Sem grande lamentação
Pessoas de grande humildade
E de boa convivência
Tudo gente de verdade
Sem mania nem vaidade
E de humilde aparência
P'ra ganharem seu sustento
Das tripas fazem coração
Sem que se ouça um lamento
Apesar do sofrimento
Que custa ganhar o pão
Sozinhos nas profundezas
Sem ter qualquer alegria
Grandes são suas tristezas
Rodeados de incertezas
E sem ver a luz do dia
Sua alma fica escura
O coração apertado
Até chegar a altura
De sair da supultura
Por o turno ter acabado
Já estão habituados
A sentir na boca o fel
Toda a vida explorados
E muito sacrificados
São os mineiros de Aljustrel
AUTOR: António Correia Ramos






terça-feira, 3 de março de 2020

Vazio...










Exposição "VAZIO"
Esta exposição pôde ser visitada até ao dia 15 de novembro de 2019 no Fórum Municipal de Castro Verde e apresentou um conjunto de imagens do Alentejo, onde o autor viu nuvens que nunca tinha visto antes, árvores perdidas nos montes, campos de papoilas, campos ceifados, campos lavrados, a paisagem e a vida dos campos alentejanos, numa manifestação de rara sensibilidade visual e de intensa comunhão com os elementos da natureza e a obra ancestral que o homem, na natureza, vem realizando.

Fotos da autoria do nosso compadre Luís Reininho




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Quando a Terra se aproxima de um imenso Céu...












Exposição "VAZIO"
Esta exposição pôde ser visitada até ao dia 15 de novembro de 2019 no Fórum Municipal de Castro Verde e apresentou um conjunto de imagens do Alentejo, onde o autor viu nuvens que nunca tinha visto antes, árvores perdidas nos montes, campos de papoilas, campos ceifados, campos lavrados, a paisagem e a vida dos campos alentejanos, numa manifestação de rara sensibilidade visual e de intensa comunhão com os elementos da natureza e a obra ancestral que o homem, na natureza, vem realizando.

Fotos da autoria do nosso compadre Luís Reininho





sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Aljustrel












Hoje vamos espreitar o concelho de Aljustrel.
Terra de mineiros, Aljustrel é uma Vila do Distrito de Beja e os primeiros registos arqueológicos de inicio de povoamento remontam a finais do 3º milénio A.C. e situam-se no morro de Nossa Senhora do Castelo, uma comunidade que já se dedicava à extracção e metalurgia do Cobre.
E foi este minério e a riqueza dos seus solos agrícolas que fizeram com que, a partir daí, a ocupação do território se tenha processado de forma ininterrupta, tendo-se recolhido vestígios de todos os períodos pré-históricos. A gastronomia regional é extremamente rica e variada.
Os gaspachos, as migas, as açordas, os cozidos de grão e feijão e as sopas e ensopados são alguns dos pratos mais característicos da cozinha tradicional de Aljustrel.
Do seu património podemos destacar a Igreja de Nossa Senhora do Castelo, as ruínas do Castelo de Messejana e as igrejas e Ermidas das freguesias do Concelho, além do Museu Municipal e o Museu da mina de Aljustrel.
Uma visita a ter em conta.

Texto da autoria do nosso compadre José Pessoa.
Fotos retiradas da internet.
Foto aérea da autoria de "A Terceira Dimensão"

domingo, 15 de janeiro de 2017

Cante, a expressão vocal do Alentejo
















Encontro de Grupos Corais em Montes Velhos (Aljustrel). -  2016

Localizada numa vasta e fértil planície das imediações da margem direita da ribeira do Roxo, a Freguesia de São João de Negrilhos é delimitada a Norte pelas Freguesias de Canhestros e de Ferreira do Alentejo (ambas do concelho de Ferreira do Alentejo), a Este pela Freguesia de Aljustrel, a Sul pela Freguesia de Rio de Moinhos e a Oeste pelas Freguesias de Alvalade e de Ermidas Sado (ambas do concelho de Santiago do Cacém).
Pouco se sabe sobre as origens da formação da Freguesia, nem tão pouco sobre o seu primitivo povoamento. No entanto, os vestígios arqueológicos, descobertos na necrópole romana do Monte do Farrobo, testemunham que o seu território foi ocupado pelos romanos entre o séc. I e o séc. IV dc. A origem toponímica de “Montes Velhos” ficou a dever-se á lenda de uma moura, que morava num monte velho e que inadvertidamente indicou aos cavaleiros da Ordem de Santiago o caminho para o castelo de Aljustrel, antes da sua conquista aos mouros, ocorrida em 1234. O território que actualmente constitui a Freguesia de São João de Negrilhos, desde essa época ficou integrado no termo de Aljustrel. Somente, durante o período em que o Município de Aljustrel esteve extinto, entre 21/11/1895 e 13/01/1898, a Freguesia de São João de Negrilhos pertenceu ao Concelho de Ferreira do Alentejo.

Fotos da autoria da nossa comadre e amiga Ana Dores.