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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Walk in Alentejo no Crato







Walk in Alentejo. Anta do Tapadão, no Crato.
O melhor do megalítico no Alentejo é palco de mais uma Rota TransAlentejo 



WALK IN ALENTEJO - Crato e Alter do Chão
3 . 4. Novembro . 2018 - Dois dias de Novas Caminhadas SAL
Um território imenso foi sede da notável Ordem do Hospital, hoje Ordem de Malta, terras de senhorio da família Álvares Pereira que tanto deu à história de Portugal. Entre lendas de amores mortais na Flor da Rosa e defesas seculares nos Castelos, temos os terrenos férteis de povoamento disperso, desde a pré-história, que são hoje campos fantásticos para percorrer a pé e sentir a energia de outros tempos, em paisagens que já viram passar tantas e fabulosas civilizações.

Chegar à Vila da Seda é como mergulhar no melhor dos mundos, com paisagens deslumbrantes e um património histórico que se pressente em cada esquina. Antigo posto avançado de defesa, com o seu castelo altaneiro que dominava a paisagem, apresenta-se hoje como uma vila de casario branco encarrapitado no outeiro e cercado por campos de rara beleza ao longo da Ribeira da Seda, atravessada pela magnífica ponte romana de Vila Formosa.
Dois dias de caminhadas, onde os pés nos levam ao melhor do Alentejo. 
The Best Walking Trails of Alentejo
@jpcalheirossal
@sal_walking_tours_portugal
@visitportugal
@visitalentejo_es

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Novos pacotes de Açúcar Alentejanos


Estes últimos três meses foram pródigos em eventos e festas aqui no Alentejo. Assim, a Delta a Mário Marques Cafés e a Associação dos Amigos das Alcáçovas emitiram vários pacotes individuais, com a finalidade de promoverem estas actividades locais...
O próximo encontro de coleccionadores previsto no Alentejo vai acontecer em Montemor-o-Novo, no dia 30SET.








sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Gáfete












Havia no concelho do Crato um lugar chamado Gaffete, povoação muito antiga. O seu nome mostra que já existia pelo menos no tempo em que os árabes dominaram a península. Segundo o censo de 1527, ordenado por D. João III na primeira metade do século XVI, Gáfete era povoação pequena ainda. Diz assim textualmente o livro do número dos moradores: "Termo I - Há uma aldeia que se chama Gaffete, 2 légoas da vila a norte, que tem 105 moradores das quais 16 viúvas e 16 molheres solteyras, que vivem por sy, sam trez e dous crellegos - CV". No século XVII a população tinha aumentado muito. Durante a Guerra da Restauração os moradores de Gáfete combateram galhardamente os castelhanos. Como a terra não tinha muralhas, construíram uma trincheira de pedra e assim puderam resistir às investidas dos inimigos que durante 28 anos por todos os meios tentaram dominar Portugal (o lugar onde os Gafetenses construíram a trincheira, é a parte denominada "castelo", certamente por ali terem sido feitas as trincheiras onde foi possível combater os castelhanos obrigando-os a recuar). Nesse tempo ainda Gáfete não era vila. Tinha porém já um termo com jurisdição civil, 2 juizes, 2 vereadores e 1 procurador do Concelho. Tinha além disso 1 Capitão - mor, 1 Sargento - mor, duas Companhias de Ordenanía e 1 Auxiliar, os quais na Guerra da Restauração prestaram bons serviços, quer em campanha quer nas guarnições das povoações vizinhas fortificadas. Reinava D. Pedro II quando da investida do inimigo ao lugar de Gáfete. Este Rei sabedor do feito dos nossos antepassados, quis recompensar tão valentes homens, mas os nossos antepassados, cheios de amor pela sua Terra, e no desejo de a engrandecer, pediram uma única coisa ao Rei: "que lhes fizesse mercê de fazer Vila ao dito lugar". Nesta petição a D. Pedro II diziam que "estando o dito lugar junto de Castela, pelo valor com que sempre lhes resistiram". Em vista da informação favorável do Provedor da Câmara de Portalegre, dos Oficiais da Câmara do Crato e do Provedor da Coroa, D. Pedro II concedeu a "mercê" que lhe era pedida, passando o respectivo Alvará em 20 de Dezembro de 1668, precedendo o pagamento de 56$000 réis. A Vila teve a designação de: Vila Nova de S. João Baptista de Gáfete. O "termo" era pequeno, tinha apenas uma légua e meia de comprimento por uma légua de largura. Mas o lugar de Gáfete , mereceu passar a ser uma Vila! Em 1758 já tinha 207 "vizinhos", nome que se dava às famílias que constituiam a Vila de Gáfete, e uma população de 569 almas (pessoas). A Igreja Matriz, bom templo de uma só nave, fica no centro da Vila. Notável o Altar - mor, em talha dourada que foi feito no século XVII (setecentista). Além disso tinha-mos 5 ermidas: S. Pedro, Sto António, Espirito Santo, S. Marcos e a de Santa Catarina, esta já destruída. No século XVIII, Gáfete tinha uma albergaria para pobres e peregrinos que iam de passagem. A Misericórdia, cuja Igreja é pequena (capela do Espirito Santo), tinha nessa época 80$000 réis de renda.
Notas várias:
Pessoas naturais de Gáfete que se tornaram notáveis:

  • O Doutor Diogo Rosa formado em Cánones e seu irmão Lourenço Tomás Calheiros que por serem partidários de D. António Prior do Crato e não quererem obedecer ao rei de Castela, sofreram a confiscação dos seus bens;
  • O Doutor Lourenço Brandão que foi lente da Universidade de Coimbra;
  • O Doutor Manuel da Costa Biscaia, provedor de Setúbal;
  • O Doutor Manuel Dias Ortigão, perito mor do Reino (o escritor Ramalho Ortigão era seu descendente);
  • Manuel Dias Costa que foi Tenente General da Província do Alentejo durante a guerra da Restauração;
  • Também era natural desta vila, Abel Aires que ao contrário de seus irmãos, Diogo Rosa e Lourenço Tomaz Calheiros, atrás citados, serviu os Castelhanos usurpadores e com tal dedicação, que foi armado Cavaleiro em Ceuta, no dia 30 de Agosto de 1610.
A indústria da tecelagem caseira teve aqui relativo desenvolvimento, havendo um selador privativo dos panos de Gáfete. No livro 28 das Chancelarias reais, a folha 52, vem uma carta para as suas tecedeiras terem pesos de ordenação. E no livro 3 das mesmas chancelarias, vem outra carta concedendo a Domingos Afonso a propriedade do ofício de selador dos panos de Gáfete;
Em 1644 a Câmara de Gáfete passou a pagar Fazenda 20$000 réis por ano para as despesas da Guerra da Restauração, isto porque a Câmara de Marvão, que pagava 487$060 réis, requereu para ser aliviada desta sisa e assim aquela quantia foi dividida pelas diferentes Câmaras da Província;
Também o Provedor da Câmara de Portalegre sobrecarregou a Câmara de Gáfete com 1500 réis, isto porque requereu ao Rei D. João V (em 1744) que lhe fosse concedido um subsídio anual para aposentadoria. Foi-lhe concedido o subsídio, que era de 30$000 réis, pago também pelas diferentes Câmaras;
O Ajudante do Sargento - mor do Crato requereu que os 40$000 réis do seu ordenado fosse suportados igualmente pelas Câmaras e lá ficou Gáfete sobrecarregada com mais 48$000 réis;
Só uma última nota para vermos a importância que Gáfete tinha no século XVI. No recenseamento mandado fazer por D. João III em 1532 viu-se que Gáfete tinha na altura 105 moradores e Tolosa só tinha 42 moradores.

(Notas recolhidas pelo professor Viriato Nunes Crespo, através do professor Manuel Subtil (Torre do Tombo 105 Gaveta 5 - Março 1, nº 47))
NOTA: 

Meu Povo. Minha gente. Mundo. Gente do Mundo. Venham a estas terras. Venham a estas terras de Gáfete visitá-las. Se puderem ficar fiquem. Não podendo que no vosso coração levais uma lembrança de um Alentejo desertificado. No vosso coração irá o sorriso de uma criança e eu assim o sinto e 0 tenho que gostais muito dela...

http://aaccrato.no.sapo.pt/gafethst.htm


Fotos da autoria do nosso compadre e amigo Eurico Luz.

domingo, 24 de maio de 2015

A Lei das Migas...

Aldeia da Mata, a lei das migas nasceu no Crato...

A lei das migas foi feita por trabalhadores do campo para eles mesmos.
Também havia multas e penas leves que tinham que ser cumpridas por faltas que eles faziam à hora das refeições.
Não vou falar das migas que o trabalhador fazia para si ou para dois ou três, mas das migas para dez, quinze ou vinte homens, com preceitos a cumprir.
Faziam-se as migas numa caldeira ou num tacho, que depois de feitas ficavam na caldeira. Era esta retirada do lume e colocada em cima de uns cepos para dar mais altura.

Feito isto, e chegada a hora da refeição, os trabalhadores colocavam-se à volta da caldeira; mas o tamanho desta variava, conforme os trabalhadores a comer, e só depois de estarem nesta posição e com a colher na mão, podiam começar a refeição, mas da seguinte maneira.
Tinham de comer com o boné ou o chapéu na cabeça e só assim podiam dirigir-se à caldeira e tirar uma colher de migas, mas sempre do seu lado, e aí desse que tirasse migas do outro lado de outro colega, depois afastava-se um metro ou mais.
O trabalhador podia voltar as costas à caldeira e ir comer a colher das migas para o seu lugar, e ao acabar o que estava na colher, tornava a fazer o mesmo até ter vontade ou haver na caldeira.
Não era permitido falar perto dela.
As multas variavam.
Uns dias eram sardinhas, outros era vinho ou bacalhau, e tinham que chegar para todos comerem e beberem da multa.
Este uso era cumprido pelos trabalhadores, e muito respeitado, como se jurassem não partir a corrente que vinha dos antigos camaradas.


Texto e foto copiados do grupo no Facebook: Alentejanando

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Projeto "Alentejo Feel Nature"











Um Alentejo para se conhecer a pé...
A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo anunciou na semana passada a requalificação de dezenas de trilhos pedestres, numa extensão total de 600 kms.
O objetivo é atrair á região os turistas que procuram um contacto mais próximo com a natureza e que queiram conhecer locais que estão práticamente em estado selvagem.
Os caminhos cruzam os concelhos de Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre e Sousel.
O Projeto "Alentejo Feel Nature" deverá estar concluido em 2015 e será financiado por fundos europeus, tendo um orçamento de 940 mil euros...
Copiado da Revista de Domingo do Correio da Manhã, 12OUT14.

Quanto a nós, este é um exemplo a seguir para os municipios do Alentejo Central...
A criação de percursos e trilhos sinalizados é uma enorme mais-valia para as populações locais, que podem beneficiar com a vinda destes eco-turistas. Estas fotos foram captadas em várias caminhadas e passeios fotográficos gratuitos organizados pela nossa Associação dos Amigos das Alcáçovas/Projeto Alcáçovas Outdoor Trails.
Nós sabemos que esta fórmula resulta, porque somos um grupo que se dedica desde Abril de 2011 a divulgar todo o imenso património existente no Concelho de Viana do Alentejo e concelhos limítrofes. (Alcácer do Sal, Alvito, Montemor-o-Novo, Évora e Portel).
Quando se propõe a vir conhecer os nossos percursos, o pedestrianista consome produtos locais, vem interagir positivamente com as populações e torna-se ele próprio um divulgador do Alentejo. 

sábado, 9 de agosto de 2014

Fonte do Salto, Crato

Esta fonte começou por ser de mergulho, como muitas que há espalhadas pelo campo, feitas em pedra solta.
Um dia o Senhor Joaquim Pedro Dias, mandou modificar a do Salto nesta maneira. A fonte, quando era de mergulho, situava-se detrás da arca que hoje lá está, encostada ao terreno do senhor António Marques, mas dentro da azinhaga.
Como a fonte tinha uma boa nascente, mas de má acesso, esse senhor mandou fazer a seguinte obra.
 
Fez-se um pequeno depósito, colocaram uns cascos de pedra e taparam.
O resto da fonte que ficou à vista foi rebocada e caiada.
Dessa mini-arca foram postos canos e soterradas até ao depósito que está na rectaguarda da Fonte do Salto de hoje, onde até essa altura era uma ribanceira, e foi feita toda a estrutura que lá está  em alvenaria, tanto o poial, o tanque, como esta pedra trabalhada para colocar  as vasilhas e encher.
A bica era de pilão e o ladrão é ainda o que lá está de cor escura mas sem correr.
Resumindo, a Fonte do Salto que hoje muito admiramos foi feita em 1908.
Os anos passaram e como continuava a haver grande escassez de água na nossa terra, a Câmara mandou explorar melhor a nascente da antiga fonte de mergulho. Então, em 1937, com o Senhor António Tavares Valério da Silva em vereador, foi feito esse serviço e foi a última obra até á esta data.
Estas obras ali feitas foram as seguintes: no local onde era a fonte de mergulho, foi aberto um poço até dar ponto com a fonte, e a uma certa fundura foi tapado com cascões de pedra.
Depois levou cascalho a seguir areão e por fim saibo e terra.
Nessa mesmo altura e junto a este poço, foi construída a arca da fonte, que embora tenha nascentes, está a receber a água do poço e com melhor caudal, mas a maior é proveniente do fundo.
Canalizada de novo a água da fonte, começou a haver mais deste precioso líquido nas bicas. Nessa altura as obras na Fonte do Salto foram só estas: trocaram a torneira de pilão por uma de botão como a que tem e foi colocado um novo ladrão em metal amarelo. Da fonte à arca são 50 passos.
Os pedreiros do poço e da arca, foram:
Augusto Ferreira e Álvaro Ferreira
E os trabalhadores que abriram o poço à arca e à vala foram:
O encarregado – Joaquim Isidoro Farinha
Francisco Belo Nunes
Isidoro Belo Guerreiro
Henrique da Rosa Apolinário (o Malagueira)
António Agostinho Martins (António Tabaco)
António Filipe (da Gaia)

Copiado do blog  http://aletradeumalentejo.blogspot.pt/

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Casa-Museu Padre Belo (Crato)











http://scmcrato.com/index1.php?p=10

sábado, 12 de julho de 2014

Pacotes de Açucar Delta











A Raia Alentejana é conhecida pela epopeia dos seus contrabandistas de Café, homens e mulheres que para sustentar as familias arriscavam as suas vidas em ambos os lados da fronteira. Em localidades da Raia, como Campo Maior, Elvas, Badajoz, Olivença, Montes Juntos ou Cheles ainda hoje vivem velhos que nos contam histórias daqueles tempos, de como era fácil ser preso ou mesmo morto pela Guarda Fiscal ou pelos Carabineros...
Mas esses tempos, felizmente, já passaram. Agora, ambos os lados da fronteira vive-se livremente, com esperança num futuro melhor.
Exemplo disso, é a Industria do Café, em Campo Maior:
Uma empresa de sucesso, "Delta", herança de familias dedicadas ao contrabando de Café, tornou-se um império, exemplo bem sucedido que no âmbito social está a fazer um trabalho excelente, proporcionando trabalho e progresso a uma grande parcela da população local.
As suas edições de pacotes de açucar são uma incrivel forma de divulgar os eventos e lugares e muito procuradas por coleccionadores nacionais e estrangeiros.
 Aqui fica uma singela mostra das suas ultimas edições de pacotes individuais, uma pequena parte dos milhares de pacotes diferentes que têm sido editados pela Delta nos ultimos 50 Anos...