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domingo, 20 de dezembro de 2015

Gruta do Escoural







Santuário de Arte Rupestre Peleolítico e Necrópole Neolítica com utilização religiosa, funerária e habitacional (povoado exterior).
Descrição: A Gruta do Escoural foi descoberta em 1963 permitindo, pela primeira vez em Portugal, a identificação de vestígios de arte rupestre paleolítica. Das galerias mais recônditas dessa cavidade subterrânea ao cimo do outeiro que a envolve floresceram, ao longo dos milénios, várias civilizações pré-históricas, desde o Mustierense até fase adiantada do Calcolítico. A mais antiga ocupação humana no Escoural data de há cerca de 50 000 anos (Paleolítico Médio). Embora se possam identificar diversos temas na arte rupestre do Escoural, as representações zoomórficas, do Paleolítico Superior, especialmente de Equídeos e Bovinos são dominantes.

A Gruta desenvolveu-se pela formação de calcários cristalinos metamorfizados, constituída por uma grande sala e múltiplas galerias. Possui diversos níveis de ocupação humana: a mais antiga data de há cerca de 50.000 anos (Paleolítico Médio), tendo servido de abrigo a comunidades nómadas. No Paleolítico superior é transformada num Santuário como atestam as pinturas e gravuras com representações zoomórficas e geométricas no seu interior. No Neolítico final foi utilizada como necrópole funerária. No exterior conservam-se vestígios de um santuário rupestre neolítico, de um povoado calcolítico, e a cerca de 300 metros um tholos.
O conjunto arqueológico do Escoural, pelo largo âmbito cronológico, pela diversidade e raridade dos seus vestígios, merece ser considerado como um marco importante na paisagem, como um testemunho excepcional da história das comunidades humanas que aqui deixaram fossilizado uma parte importante do seu comportamento.

Classificação: Monumento nacional (decreto n.º 45327 de 1963)

Cronologias: Paleolítico Médio (50.000 b.p.); Paleolítico Superior; Neolítico; Calcolítico
in: http://www.cm-montemornovo.pt/pt/

domingo, 12 de outubro de 2014

Caminhando na Serra de Monfurado...







Fica localizada a Sul de Montemor-o-Novo, entre as ribeiras de Canha e Alcáçovas.
Serra de colinas arredondadas cobertas de verdura e com 420 metros de altitude, possui vários trilhos e percursos pedestres de enorme interesse paisagístico e histórico, visto ter sido habitada desde tempos pré-históricos. Se puder, não deixe de visitar o Centro de Interpretação das Grutas do Escoural...
Além desta pequena vila, existem outras que são excelentes pontos de partida para descobrir esta Serra: S. Sebastião da Giesteira, Valverde, Guadalupe.
Quanto á gastronomia, no Escoural pode saborear sabores verdadeiramente alentejanos nos Restaurantes " O Rabino", " O Cholinha" e "Azinheirinha"...

sábado, 5 de julho de 2014

Santiago do Escoural












Santiago do Escoural é uma pequena vila alentejana situada no sopé da Serra de Monfurado e que é conhecida pela proximidade com as Grutas do Escoural, onde se podem observar importantes vestígios pré-históricos.  Não deixe de visitar o Centro de Interpretação das Grutas e passeie vagarosamente pelas ruas desta localidade. Vai descobrir recantos que valem a pena fotografar.
Se tiver sorte, poderá visitar o pequeno atelier e exposição de objetos etnográficos, feitos á mão pelo Mestre António Jorge. Para comer, recomendamos o Restaurante Azinheirinha, mas também existem outros sítios onde a gastronomia alentejana está bem representada, por exemplo, no Café Cholinha...
A Igreja Paroquial, mesmo no centro da vila e os fornos de carvão são outros sítios que recomendamos para uma visita...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Centro de Interpretação da Gruta do Escoural



Na vila de Santiago do Escoural, próximo da Igreja Paroquial, mesmo em frente ao Restaurante Azinheirinha, está instalado um Centro de Interpretação da Gruta do Escoural. Um espaço com uma pequena exposição arqueológica de introdução à visita da gruta. Não deixem de visitar, pois é uma exposição de muito interesse.

Grutas do Escoural:
 A sua descoberta, em 1963, deveu-se à exploração de uma pedreira, tendo-se encontrado, no seu interior, uma necrópole datada do Neolítico Final. Mais tarde seriam detectadas as primeiras pinturas. Foi classificada como Monumento Nacional em 1963.

Os trabalhos arqueológicos revelaram ocupações desde o Paleolítico Médio e Superior até ao Neolítico Final. A arte rupestre destaca-se pela sua raridade e apresenta duas fases, com cronologias de cerca 25.000 a.C e 13.000 anos a.C..

No exterior, na elevação acima da gruta, situa-se um Santuário Rupestre Neolítico e um pequeno povoado Calcolítico. Nas proximidades encontra-se um Tholos (sepulcro megalítico de falsa cúpula).

É de salientar que nesta zona existem importantes monumentos megalíticos, dos quais se destacam a Anta Grande da Comenda da Igreja e, já no concelho de Évora, o Cromeleque dos Almendres e a Anta Grande do Zambujeiro
Proposta para um pequeno percurso, nos arredores do Escoural:

segunda-feira, 6 de maio de 2013

CAOS em Monfurado (Escoural)








No passado dia 04MAI13, o grupo CAOS Évora efectuou mais uma caminhada, desta vez na Serra de Monfurado, junto a Santiago do Escoural. Com cerca de 50 participantes e com a boa disposição que caracterizam todos os eventos CAOS, pudemos explorar recantos escondidos do "Monte-Furado", visitar as Grutas do Escoural e alambazar-nos com o repasto final no Restaurante Cholinha.
Os compadres organizadores Nuno Lacerda, Paulo Fanha, Paulo Silva e comadre Florbela Vitorino estão de parabéns.
Agradecemos também á Casa Maria Vitória (Alcáçovas) a oferta das suas afamadas miniaturas do doçaria regional, que são sempre um simpático adoçar de boca matinal nas nossas caminhadas...

CAOS:  Circulo de Actividades Oxigénio e Sol
www.caminharemportugal.com

terça-feira, 30 de abril de 2013

Gruta do Escoural


A Gruta do Escoural é uma cavidade natural conhecida pela arte rupestre paleolítica e enterros, localizada no município alentejano de Montemor-o-Novo, em Portugal.
Geologicamente, o sítio está localizado entre as bacias hidrográficas do Tejo, o rio Sado, e da região das planícies alentejanas, na Serra de Monfurado de onde ainda é possível avistar a Serra da Arrábida.
Parcialmente selada por um espesso manto de estalagmite, a gruta é composta de várias salas e galerias. A primeira ocupação da gruta remonta ao Paleolítico Médio, quando grupos de caçadores-coletores Neanderthal usaram-na como abrigo temporário para a prática da caça. Com base em provas ósseas no interior da gruta, estes grupos caçavam nas proximidades auroques, cervos e cavalos. Mais tarde, durante o período Paleolítico Superior (35000-8000 a.C.), os residentes constituídos por grupos anatomicamente considerados modernos fizeram sua marca na caverna.
A sua influência é evidenciada por uma rocha santuário contendo pinturas de animais contemporâneos ao período Paleolítico Superior. Mais tarde, quando da emergência do Neolítico (5000-3000 a.C.), as comunidades de agricultores e pastores tiraram aproveitamento desta cavidade natural como cemitério para os seus mortos. No final do neolítico a gruta ficou encerrada mas as populações do Calcolítico (3000 a.C.) continuaram na região, a cerca de 600 metros encontra-se um povoado fortificado bem como outros povoados calcolíticos e um tholos megalítico.
Está classificada como Monumento Nacional desde 1963.

Atenção aos interessados em visitá-la, pois ao fim de semana e feriados é complicado. Aqui vai o Link do Centro de Interpretação, com os horários e demais informações:
http://www.visitalentejo.pt/pt/catalogo/o-que-fazer/museus-e-locais-a-visitar/centro-de-interpretacao-da-gruta-do-escoural/

Foto retirada do blog: http://cadoalentejo.blogspot.pt/

domingo, 28 de abril de 2013

Ti Zé Pingalho


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Neta de Mineiro, a Mina nunca foi nada de escabroso para mim. O meu avô tocava bandolim, fazia armadilhas e piões. Tinha dezenas de gatos a chamava "seus" e os chamava para comer as sobras das refeições. Oferecia uma música de banjo a quem lhe comprava um pião ou armadilhas para os pássaros.
 Mas conheci o meu avô já quase reformado e coxo por uma vagoneta lhe ter despedaçado uma perna. Para mim, criança, era algo normal e via-o fazer piruetas mesmo assim. Não percebia que ele já tinha sido diferente... ele tinha uma casinha onde guardava os instrumentos da horta, fazia os piões, as armadilhas e tocava "banjo". Bebia como todos os mineiros e muitas vezes levava-me ao seu escritório: o "polvarinho", onde apesar de expressamente proíbido de fumar, fumava atacando os barrenos, aquelas coisas que tinham um cheiro tão cativante para mim. Eu ficava lá com ele, dentro daquela barraca escura, húmida, vendo as movimentações das máquinas e das pessoas, enfiando a cabeça nos braços ou correndo desalmandamente quando ouvia o aviso de que iria haver explosão. O Velho Pingalho ria-se com os seus dentes certinhos. Aquele sorriso era um sol a brilhar no escuro, a promessa de que estava tudo bem. Com dois anos eu via os homens empurrarem as vagonetas poço acima, poço abaixo e ele contava-me que tinha feito aquilo, que era muito forte e que antes também tinha andado no fundo da Mina, quando era novo. Eu pensava: também quero ser mineira!
 Nas horas mais paradas ele lia-me o seu eterno Lunário Perpétuo que ainda conservo com as suas anotações em linda caligrafia. As datas de nascimento, morte, casamento, dos entes queridos e até algumas datas de sementeiras boas.
 O meu avô foi um Mineiro até morrer no verão de 1976. Passou dias deitado numa agonia terrível, comigo por companhia. Numa tarde em que me pediu que lhe enrolasse um cigarro da onça Águia, disse-me gemendo de dores: " O avô morre, mas a vida continua, deixa-me fumar". Os seus olhos estavam muito pequeninos. Dei-lhe o cigarro. Puxou uma baforada e falou de novo: " Fiz disto a minha terra, não faças dela a tua, Joana". Levou a mão ao coração, um gemido mais forte e o cigarro caiu ao chão. Uma lágrima deslizou no seu rosto já sem cor. O meu avô, Zé Pingalho, foi um duro, um herói...um ser humano, apenas um ser humano... um entre tantos.
 Se entrar naquele quarto que ainda deve existir, vou ver-me a dizer-lhe baixinho: "Não morras, avô, não morras ainda. A Joana ainda não veio, espera por ela".
 Vou ver uma criança atarantada procurando o tabaco para ver se ele ainda queria fumar, para lhe prolongar a vida mais um pouco, só mais um pouco... a vida ignorada do Ti Zé Pingalho, meu avô mineiro.

Texto gentilmente cedido pela comadre Maria João Gomes



    Blog dos compadres de Grândola: http://juntarforcasgrandola.blogs.sapo.pt/3264.html?page=2

A Mina do Lousal (ou Louzal) e a respectiva aldeia mineira correspondem a um antigo couto mineiro explorado desde o final do século XIX. Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão, concelho de Grândola, distrito de Setúbal, Portugal.
A mina tinha ligação, desde 1915, ao designado Ramal do Sado, actual Linha do Sul.