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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Safira














Safira ou Aldeia de Safira é uma aldeia desabitada portuguesa, localizada no região do Alentejo e pertencente ao concelho de Montemor-o-Novo.
Hoje em dia, Safira é uma aldeia sem população. Estima-se que os seus últimos habitantes a tenham abandonado em meados de 1965. A razão é muito simples, para alguns historiadores, que defendem a teoria do abandono para a procura de melhores condições de vida, pois trata-se de um local muito isolado. E assim o que resta desta aldeia são as suas construções em escombros, a sua a igreja que já há muito deixou de estar caiada e "uma pequena lagoa", onde o sol reflete todas as tardes-Fonte:Wikipédia
Fotos: http://ruinarte.blogspot.pt/

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Safira 2015




Vai realizar-se no dia 4 de Julho o Festival Safira' 15.
Safira é uma aldeia abandonada nos arredores do Montemor-o-Novo.
As entradas são livres, mediante inscrição prévia...
Estes desenhos são da autoria do nosso compadre Luis Ançã e foram feitos durante os anteriores Festivais, em 2012, 2013 e 2014...


Link para o site do Festival Safira'15 : http://safirafestival.com/

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Os Montes também morrem...


O Monte pertence á minha familia há quatro ou cinco gerações e sobretudo as primeiras três gerações tiveram uma dinâmica evolutiva muito própria, com tudo aquilo que era respeito pela natureza.
O meu avô e o meu pai faziam isso. Antes de pôr uma parelha de mulas na terra, andava um rancho de mulheres á frente a marcar as azinheiras. Porque eles sabiam a importância disso, eles sabiam que para ter boas colheitas tinham de ter muitos seres vivos aqui.
Viam a terra como "Gaia", um organismo vivo.  E isto é fundamental, se isso não entrar na cabeça das pessoas, ninguém vai conseguir mudar nada...
Quando começam a vir os quimicos e as máquinas, na geração do meu pai e do meu tio, a partir daí há uma mudança muito rápida.
E aí tiveram de arrancar árvores que foram protegidas com muito carinho durante tanto tempo, porque a máquina não passa por baixo, começaram a despedir pessoal e a criar uma dinâmica diferente:
O Monte era um núcleo urbano, vivo. Onde viviam as pessoas, onde regressavam á noite, se alimentavam, onde produziam a sua própria comida. Com todos os falhanços, eram comunidades muito vivas.
Havia uma discripância muito grande do ponto de vista material, no fundo havia uma familia que era a dona maior do bolo e as outras muitas vezes viviam mal, dependendo de casas para casas, uns mais tiranos, outros menos... mas a verdade é que eram estruturas sociais colectivas vivas e dinâmicas...
Depois, quando começaram a despedir gente, os donos das terras acabaram sózinhos. O Monte despovou-se...
A estrutura social morreu completamente, a alma do sitio perdeu-se para sempre...

Excerto do texto do compadre Zé Pedro, do Monte do Carvalheiro (Ferreira do Alentejo), publicado na Revista Alambique em NOV 2009.




Fotos: Aldeia de Safira, (Montemor-o-Novo) retiradas do blog http://ruinarte.blogspot.pt/