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quinta-feira, 24 de março de 2016

Monforte (By Anabela Fialho)








A presença humana nesta freguesia remonta ao período neolítico, através da presença de várias antas nos atuais limites administrativos.
Diversos autores afirmam que terá sido um pequeno “opidium” durante a época romana.Foi conquistada pela primeira vez aos muçulmanos no ano de 1139 por D. Afonso Henriques, aquando da sua ofensiva contudo, voltou para a posse dos muçulmanos pouco tempo depois, tornando-se uma zona muito desabitada (praticamente erma) e destruída pela guerra.
Em data ainda incerta, é reconquistada a sua posse. Deste modo, D. Afonso III no ano de 1257 recuperou-a e concedeu-lhe Carta de Foral concedendo amplos privilégios e regalias aos seus moradores e habitantes como forma de fixar a população.
Em 1281, o Rei D. Dinis doou a posse da vila de Monforte a sua filha D. Isabel como dote de casamento juntamente com as vilas de Óbidos, Porto de Mós, Sintra, etc.
Castelo-Torreao-MonfortePor sua vez, cerca do ano de 1309 D. Dinis ordenou a construção do Castelo de Monforte, provavelmente sobre, uma fortificação primitiva. Foi edificada no contexto de uma primeira linha de fortalezas que defendia a fronteira portuguesa desta região no sentido Norte – Sul, reunindo os seguintes castelos: Arronches, Portalegre, Marvão, Alegrete, Castelo de Vide, Vila Viçosa, Borba, Veiros, Alandroal, etc.
O primeiro e único registo gráfico que conhecemos atualmente da fortaleza da vila de Monforte data dos começos do século XVI, (1520-1530) através do desenho realizado por Duarte d’ Armas, integrado na excelente obra, o denominado Livro das Fortalezas, a pedido do Monarca D. Manuel I.
Através deste testemunho iconográfico é-nos possível identificar quem foi, provavelmente, o principal responsável pela construção desta fortaleza, através da inscrição que está numa das faces laterais do castelo onde se lê a seguinte designação “Gonçallo d’ Aguiar”.

D. Pedro I no ano de 1357 entregou este castelo a um seu vassalo de nome Ayres Affonso.

Em 1358, o mesmo monarca confirmou amplos privilégios ao concelho e homens de Monforte.

No período da crise de 1383-1835, a vila de Monforte tomou o partido da fação pró – castela, resistindo ao cerco de D. Nuno Alvares Pereira logo após a Batalha dos Atoleiros, aquando da romagem do condestável em direção ao Assumar.

Apesar desta posição anti – nacionalista, D. João e seus filhos D. Duarte e D. Afonso V confirmaram os anteriores privilégios aos habitantes e moradores da vila e termo de Monforte.

D. Afonso V no ano de 1445 concedeu a posse da alcaidaria do castelo da vila de Monforte a D. Fernando com todas suas rendas e direitos.

Por sua vez, em 1455, a posse da vila passou para as mãos da poderosa Casa Senhorial “Casa de Bragança” através da doação de D. Afonso V ao Conde de Arraiolos.

Esta posse foi confirmada a seu filho no ano de 1463 o Conde de Guimarães D. Fernando.
Por sua vez, no ano de 1476 D. Afonso V, concedeu a doação da vila de Monforte e seu castelo com todas as suas rendas e jurisdições ao Duque de Guimarães.

Em 1483 D. João II retira a posse da vila de Monforte ao Duque de Bragança, fazendo-a regressar à posse da coroa, concedendo simultaneamente amplo privilégios aos seus moradores.

Pelo contrário, D. Manuel I faz regressar a posse desta vila às Casas de Bragança através da carta de doação ao Duque de Bragança D. Jaime, no ano de 1501, concedeu-lhe o castelo da vila com rodos os seus direitos e rendas.
Igreja-da-Madalena-MonforteA partir desta data nunca mais a Casa de Bragança deixou possuir a posse administrativa e judicial da vila de Monforte, incluindo a posse das igrejas paroquiais que existiam na vila.
D. Manuel I, no contexto da reforma dos antigos forais medievais, concedeu uma nova carta de foral à vila e termo de Monforte no ano de 1512.
O século XVI assistiu à fundação de um importante mosteiro feminino denominado “Mosteiro do Bom Jesus” da vila de Monforte, fundado entre 1515 e 1520 pelo padre Fernão Zebreyro Moutoso que, ao longo da sua existência foi fundamental na constituição da morfologia urbana desta vila, e sua posterior transformação. Foi ainda durante este século cerca de 1524 que, surgiu um novo edifício de beneficência e assistência, ou seja, o Hospital da Santa Casa da Misericórdia da vila de Monforte, localizado no interior das muralhas; junto à igreja Matriz ou de N.ª Senhora Maria da Graça.

Fotos gentilmente cedidas pela nossa comadre e amiga Anabela Fialho.
Texto copiado do site:  http://www.cm-monforte.pt/index.php/pt/

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Projeto "Alentejo Feel Nature"











Um Alentejo para se conhecer a pé...
A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo anunciou na semana passada a requalificação de dezenas de trilhos pedestres, numa extensão total de 600 kms.
O objetivo é atrair á região os turistas que procuram um contacto mais próximo com a natureza e que queiram conhecer locais que estão práticamente em estado selvagem.
Os caminhos cruzam os concelhos de Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre e Sousel.
O Projeto "Alentejo Feel Nature" deverá estar concluido em 2015 e será financiado por fundos europeus, tendo um orçamento de 940 mil euros...
Copiado da Revista de Domingo do Correio da Manhã, 12OUT14.

Quanto a nós, este é um exemplo a seguir para os municipios do Alentejo Central...
A criação de percursos e trilhos sinalizados é uma enorme mais-valia para as populações locais, que podem beneficiar com a vinda destes eco-turistas. Estas fotos foram captadas em várias caminhadas e passeios fotográficos gratuitos organizados pela nossa Associação dos Amigos das Alcáçovas/Projeto Alcáçovas Outdoor Trails.
Nós sabemos que esta fórmula resulta, porque somos um grupo que se dedica desde Abril de 2011 a divulgar todo o imenso património existente no Concelho de Viana do Alentejo e concelhos limítrofes. (Alcácer do Sal, Alvito, Montemor-o-Novo, Évora e Portel).
Quando se propõe a vir conhecer os nossos percursos, o pedestrianista consome produtos locais, vem interagir positivamente com as populações e torna-se ele próprio um divulgador do Alentejo.