Sinceramente, não sou apreciador de Touradas...
Respeito quem gosta da tradição tauromática, mas pagar bilhete para eu lá ir, podem tirar o cavalinho da chuva...
Mas gosto muito de ver estes magníficos animais em liberdade, no seu ambiente natural.
Estes touros são exemplares possantes e orgulhosos, não se deixam intimar por humanos...
Quando posso, atrevo-me a fotografar estes parceiros, mas atenção: sempre do outro lado das vedações, é claro...
Entre ver uma paisagem alentejana com toiros de lide ou com monoculturas intensivas, prefiro a primeira alternativa, sem dúvida !...
Texto e fotos da autoria do nosso compadre Pacmen64.
O touro bravo, ou touro de lide, enquadra-se na espécie Bos Taurus. Descende de um animal primitivo, que habitava em liberdade nos bosques de Europa, Ásia e África e que recebeu a denominação de Uro ou Auroque (Bos Primigenius), como era designado pelos povos da Gália. O seu significado etimológico pode traduzir-se como touro selvagem. O Auroque é um dos animais mais retratados na arte do paleolítico, como se pode constatar nas grutas de Lascaux (15.000-13.000 A.C., França) ou Altamira (18.500-13.000 A.C., Espanha) e na arte rupestre do Vale do Côa (18.000-15.000 A.C., Portugal).
Eram animais de comportamento agressivo e de grande estatura, sendo que a altura média dos machos rondava os 1,80 metros e teriam um peso em redor dos 1000 quilos. Tinham pelagem negra ou flava (alaranjada), com uma lista clara sobre o lombo e uma grande encornadura, com os cornos a poderem medir cerca de 80 centímetros. O Auroque viveu na Ásia (Mesopotâmia), em África (Egipto) e na Europa, chegando ao nosso continente proveniente da Mesopotâmia e Ásia Menor em sucessivas migrações. Há autores que defendem que terá chegado à Península Ibérica vindo do norte de África através do estreito de Gibraltar. O Auroque extinguiu-se no século XVII. O último Auroque foi caçado em 1627, na Polónia, no bosque Jaktorowka.
O touro bravo actual, descendente deste bovino ancestral, foi salvo da extinção devido à sua participação nas touradas, tendo desaparecido de todos os países onde não existem corridas de touros.
Texto: http://www.touradas.pt/
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