Em todo o Alentejo existe um imenso património talvez dividido. Aquele património que qualquer pessoa acede directamente através da vasta informação existente, mas existe uma série de histórias, vivências, ou seja, existe uma essência cultural por detrás de cada pedra que ainda está muito pouco rentabilizada e esse é o outro património, menos conhecido. Poderá então estar aqui a razão da viabilidade de todo o património em todo do Alentejo. Talvez este deva ser o caminho a ser seguido para que haja uma verdadeira consolidação da verdadeira protecção do nosso Património Cultural e Natural. A todo o património físico está associado um património imaterial, formas de viver e maneiras de fazer, ou seja, o grande património que existe são as pessoas. Através do património podemos passar de um recurso para um produto, ou seja, o património enquanto reabilitação, valorização e restauro deve ser tido como um recurso que deve estar sempre associado com as pessoas que têm que lá trabalhar, deve existir sempre uma interligação e uma articulação entre estas duas vertentes para que se atinja um verdadeiro desenvolvimento local. É pois uma realidade que se encontra diante dos nossos olhos e deve ser rapidamente resolvida, porque o nosso grande património, que são as pessoas, um dia morrem e com elas vai desaparecendo a nossa verdadeira identidade.
A caminhada de S. Bartolomeu do Outeiro/ Herdade das Murteiras neste sentido proporcionou a todos os seus participantes o que de melhor existe no nosso Alentejo. Tendo sempre como pano de fundo o nosso Património Natural, usufruímos também do Património Histórico-Cultural e também gastronómico. Bens que o Projecto Alcáçovas Outdoor Trails teima em preservar e valorizar. De facto caminhamos no Melhor Alentejo do Mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário