Esta fonte começou por ser de mergulho, como muitas que há espalhadas pelo campo, feitas em pedra solta.
Um dia o Senhor Joaquim Pedro Dias, mandou modificar a do Salto nesta maneira. A fonte, quando era de mergulho, situava-se detrás da arca que hoje lá está, encostada ao terreno do senhor António Marques, mas dentro da azinhaga.
Como a fonte tinha uma boa nascente, mas de má acesso, esse senhor mandou fazer a seguinte obra.
Fez-se um pequeno depósito, colocaram uns cascos de pedra e taparam.
O resto da fonte que ficou à vista foi rebocada e caiada.
Dessa mini-arca foram postos canos e soterradas até ao depósito que está na rectaguarda da Fonte do Salto de hoje, onde até essa altura era uma ribanceira, e foi feita toda a estrutura que lá está em alvenaria, tanto o poial, o tanque, como esta pedra trabalhada para colocar as vasilhas e encher.
A bica era de pilão e o ladrão é ainda o que lá está de cor escura mas sem correr.
Resumindo, a Fonte do Salto que hoje muito admiramos foi feita em 1908.
Os anos passaram e como continuava a haver grande escassez de água na nossa terra, a Câmara mandou explorar melhor a nascente da antiga fonte de mergulho. Então, em 1937, com o Senhor António Tavares Valério da Silva em vereador, foi feito esse serviço e foi a última obra até á esta data.
Estas obras ali feitas foram as seguintes: no local onde era a fonte de mergulho, foi aberto um poço até dar ponto com a fonte, e a uma certa fundura foi tapado com cascões de pedra.
Depois levou cascalho a seguir areão e por fim saibo e terra.
Nessa mesmo altura e junto a este poço, foi construída a arca da fonte, que embora tenha nascentes, está a receber a água do poço e com melhor caudal, mas a maior é proveniente do fundo.
Canalizada de novo a água da fonte, começou a haver mais deste precioso líquido nas bicas. Nessa altura as obras na Fonte do Salto foram só estas: trocaram a torneira de pilão por uma de botão como a que tem e foi colocado um novo ladrão em metal amarelo. Da fonte à arca são 50 passos.
Os pedreiros do poço e da arca, foram:
Augusto Ferreira e Álvaro Ferreira
E os trabalhadores que abriram o poço à arca e à vala foram:
O encarregado – Joaquim Isidoro Farinha
Francisco Belo Nunes
Isidoro Belo Guerreiro
Henrique da Rosa Apolinário (o Malagueira)
António Agostinho Martins (António Tabaco)
António Filipe (da Gaia)
Copiado do blog http://aletradeumalentejo.blogspot.pt/
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