Para quem não sabe, antigamente as paredes das casas eram de taipa, como podem ver nesta casa.
O material utilizado era o barro que depois de amassado era colocado entre uma armação feita com tábuas paralelas cuja largura era a mando do dono ou construtor e era depois muito bem batido com um maço de madeira, entre as camadas de barro punham cimento
( mas muito pouco ) e pedras.
Esta parede também tem cascalho dos chocalhos.
Casas com história, que morre com elas...
Fotos e texto acima da autoria da nossa comadre Bela Mestre.
A construção sustentável é uma necessidade prioritária e os materiais tradicionais voltaram a ganhar importância. A terra enquanto material construtivo é quase tão antigo como o Homem e hoje, pretende conquistar o lugar perdido. Em Portugal, são alguns os arquitectos que utilizam este material milenar.
E se pensa que a construção em taipa é limitativo quanto à criatividade e modernidade dos projectos, desengane-se. Com este material pode construir a casa moderna que sempre sonhou com a vantagem de a conseguir a preços mais acessíveis.
O arquitecto Alexandre Bastos revela que ao contrário de outrora, hoje constrói-se em terra por opção e não por necessidade. “Esta diferença marca o sentido da utopia, tanto mais que a taipa, as paredes, normalmente apenas as exteriores, representam 10% a 14% da totalidade da obra, e o seu custo é metade de uma obra convencional visto que não tem pilares, sapatas, vigas de fundação, lintel normal, parede dupla de tijolo com isolante, nem caleiras para as humidade, nem reboco porventura em uma das faces da parede. O que significa se a construção fosse do modo convencional demoraria muito mais tempo”, explica o arquitecto.
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