Já todos percebemos que os serviços, seja a DRAP – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo ou a APA/ARH – Agência Portuguesa do Ambiente/Administração de Região Hidrográfica do Alentejo ou não vêm ou não atuam em situações onde está em causa a conservação do solo, as linhas de água, a biodiversidade, preocupadas mais em apresentar gráficos e estatísticas de crescimento produtivo e muitas autarquias assobiam para o lado ou pelo menos têm-no feito até agora.
Quanto às implicações na saúde das populações, que possam resultar dos pesticidas usados neste modelo de produção, compreendendo eu que é um tema tecnicamente difícil de abordar, mas necessário, até parece ser um incómodo falar do assunto.
A EDIA por seu lado parece por vezes mais uma agência imobiliária que tenta “vender” o mais rapidamente possível os terrenos dos blocos de rega, interessada como está em fornecer depois o seu produto, a água.
O ritmo a que se instala este novo modelo de produção, torna difícil que alterações legislativas de monta que venham a ser introduzidas produzam efeito atempado que possam “limitar os estragos” previsíveis. Por tudo isto a mobilização dos cidadãos como a que queremos protagonizar através deste movimento tem cada vez mais sentido de ser.
José Paulo Martins
Movimento Alentejo VIVO
Foto retirada da Internet
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