Alcácer do Sal, a bonita povoação alentejana nas margens do Rio Sado nem sempre foi assim:
"A terra mais doentia do País."
É nestes termos que, em meados do século XIX, um deputado da nação se refere a Alcácer do Sal, acusando o governo de castigar funcionários públicos "deportando-os" para uma comarca com estas características tão negativas. A má fama destes ares, associada à existência de extensos terrenos pantanosos e à cultura do arroz, manteve-se pelo menos até aos anos 30 do século XX e, justamente, porque o sezonismo chegou a ser principal causa de morte. Só que o problema não estava nos ares, mas nas picadas dos mosquitos que, por aqui, tinham propagado a malária a 95 em cada centena de alcacerenses.
É nestes termos que, em meados do século XIX, um deputado da nação se refere a Alcácer do Sal, acusando o governo de castigar funcionários públicos "deportando-os" para uma comarca com estas características tão negativas. A má fama destes ares, associada à existência de extensos terrenos pantanosos e à cultura do arroz, manteve-se pelo menos até aos anos 30 do século XX e, justamente, porque o sezonismo chegou a ser principal causa de morte. Só que o problema não estava nos ares, mas nas picadas dos mosquitos que, por aqui, tinham propagado a malária a 95 em cada centena de alcacerenses.
Os parlamentares argumentavam que a esperança média de vida nas terras junto aos arrozais, como Alcácer, mas também Santiago do Cacém e Alhos Vedros (concelho da Moita, na margem sul do Tejo) era de pouco mais que 20 anos (!), metade da média nacional de então e que nem era preciso ser médico para ver que estas gentes andavam doentes, pois apresentavam a fraqueza pintada nos olhos, pele de cor terrosa e abdomen dilatado, assemelhando-se aos "peixes sapos".
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