quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Salamandra de Pintas Amarelas



 Este anfíbio faz parte da ordem Caudata, ou seja, tem cauda e patas pequenas que servem para caminhar e não saltar. É uma salamandra de tamanho médio com um comprimento que, por norma, é entre os 14 e 17 cm, embora raramente chegue até aos 20 cm. No sul de Portugal já foi encontrado um individuo de 25,3 cm.

Possui a cabeça grande e achatada com contornos arredondados. As glândulas parótidas são grandes e com poros escuros bem visíveis. Os olhos são relativamente proeminentes localizados na posição lateral. O corpo é robusto com sulcos nos flancos e uma fileira de poros glandulares em cada lado da linha média vertebral.  A cauda é de secção transversal redonda e ovalada. Os membros são robustos, com quatro dedos nas patas anteriores e 5 nas posteriores. A pele é lisa e brilhante. A coloração dorsal é negra com manchas amarelas em número variável. Em alguns casos, a coloração amarela pode dominar sobre o negro. Na região dorsal da cabeça e corpo podem também existir pontuações vermelhas.

Os machos e fêmeas são muito semelhantes, excepto durante a época de reprodução, quando a diferença mais visível é a cloaca inchada do macho. Também as fêmeas podem ser um pouco maiores e mais robustas do que os machos, apresentando a cauda proporcionalmente mais curta.

Espécie terrestre comum que vive sobretudo onde haja arvoredo, já que a salamandra gosta de se esconder sob pedras, debaixo da folhada caída em troncos de árvores apodrecidas, cobertos de musgo ao redor.

Normalmente os adultos são encontrados em noites molhadas atravessando lentamente o campo, os caminhos ou as estradas durante a breve migração para os locais de postura das larvas.

É um animal sedentário que pode permanecer no mesmo local por vários anos.

A salamandra tem uma distribuição muito generalizada pela Península Ibérica e pela Europa, onde ocorrem várias subespécies.

No caso da Salamandra salamandra crespoi está precisamente restrita ao Sudoeste de Portugal, desde Alcoutim, pelas serranias algarvias, norteando pelo sector do Alentejo Litoral até ao estuário do Sado, havendo para além disso um pequeno núcleo na serra da Arrábida/Sesimbra.

As populações mais vulneráveis parecem ser as do Sul do país, onde a espécie é menos abundante e está mais sujeita a dois fatores de ameaça principais: a destruição do seu habitat, que poderá eventualmente ter causado a sua aparente extinção nas planícies agrícolas do Baixo Alentejo, e a introdução de predadores em meio aquático, onde habitualmente se reproduzem.

Informação copiada do site: https://lifecharcos.lpn.pt/

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