Esta exposição, reflecte o meu olhar sobre uma viagem. Uma viagem dentro e fora da cidade de Évora, pelos campos alentejanos onde mergulhei no silencio ouvindo Deus em todas as coisas. O tempo foi a principal inspiração deste trabalho, a sua passagem pelo Alentejo deixa marcas de transformação de crescimento. Viajar no tempo é entrar numa outra dimensão, onde o momento foge e deixa mensagens perdidas, peças soltas, soprando como uma rosa-dos-ventos abrindo caminhos, portas, janelas, encontros, desencontros. O tempo não para e viaja sobre um horizonte panorâmico de história, pessoas e mistérios. Este elo de ligação de registos fotográficos revela o meu olhar sobre a cidade, o enquadramento preenchido de momentos de vida de longevidade de sabedoria de esperança de que o homem necessita e procura. A natureza por muitos momentos foi o meu refúgio para a reflexão, o meu equilíbrio, ao caminhar pelos campos alentejanos escavei tesouros e ideias escondidas esperando por serem encontradas, a metamorfose do divino, da incerteza, convida-nos a voar em frases esculpidas pelo tempo. Espelhos de água, a contraluz, o sol, a lua, o vento, a fúria das tempestades, proporcionaram momentos de imortalidade. Saltar as muralhas e descobrir o Alentejo, foram essas as Pegadas de um Olhar, incansável, inconstante, persistente, motivado por boas energias que conquistou lugares e territórios, muitos desses cenários serviram como fonte de inspiração para um novo caminho um novo projeto, novas formas de ver a cidade de desenhar com poesia, paixão a nossa região.
Tiago Duarte, fotografo eborense.
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