Esta
foto não está relacionada ao texto. Citei Fernando Pessoa como
poderia citar tantos grandes homens que se sentaram em uma destas
cadeiras para cuidar da aparência.Homenagem aos barbeiros.
— em Arcos de Valdevez.Fernando Pessoa (1888-1935) habita um quarto do apartamento do primeiro andar, lado direito, do edifício nº 16 da Rua Coelho da Rocha, no bairro Campo de Ourique, em Lisboa. Cuida da aparência e dos fatos (ternos), que compra de bons fornecedores, apesar das sérias dificuldades financeiras. O que ganha trabalhando para casas comerciais, como responsável pela correspondência em inglês e francês, é insuficiente. Costuma frequentar a Barbearia Seixas, quase na frente do edifício onde mora. Para lá se dirige seguidamente. Quando a única cadeira está ocupada por outro cliente, o poeta faz um discreto gesto, uma senha para o barbeiro Manassés. Este, tão logo se desocupa, dirige-se ao apartamento onde Fernando vive na companhia da irmã, do cunhado e da sobrinha. A visita de Manassés tanto pode ocorrer de dia como à noite.http:// |
“Amolo faca, tesoura e cutelo, aliso o fio, deixo o aço mais belo” (Amolador em Vendas Novas) |
Em
Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos
costumes populares[1] Este é montado no início do Advento sem a figura
do Menino Jesus que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do
Galo. Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os
presentes que são distribuídos depois de se colocar a imagem do Menino
Jesus. O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.
Na maioria das cidades o presépio é montado pelas autarquias e em
algumas tenta-se ter o maior presépio, como é o caso de Vila Nova de
Famalicão. No entanto foi Alenquer que ganhou o epíteto de Vila Presépio
depois de, em 1968, ter iniciado a tradição de montar um gigantesco
presépio elaborado pelo pintor Álvaro Duarte de Almeida numa das colinas
da vila. No entanto, este epítome era já desta vila portuguesa desde o
século XIII, altura em que fixou aí o primeiro convento franciscano da
península ibérica. Frei Zacarias, enviado por São Francisco de Assis
encontra em Alenquer um cenário a que chama de autêntica Belém, terra
onde nasceu Jeseus. A presença franciscana liga esta terra portuguesa à
origem do presépio, em Greccio (Itália) onde o santo de Assis fez o
primeiro presépio vivo.
— em Vila Franca de Xira.O chamado Presépio Tradicional Português é - ao contrário do que encontramos nos outros países - formado por figuras tão diversas que não correspondem exactamente à época que deveriam representar. À excepção das figuras da Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos, todas as restantes figuras que surgem no Presépio Tradicional Português foram adicionadas com vista a dar uma representação "mais portuguesa" à história da Natividade. Assim, podemos encontrar figuras como: um moleiro e o seu moinho, uma lavadeira, alguns bailarinos de um rancho folclórico, uma mulher com um cântaro na cabeça, uma banda de música, entre muitos outros personagens divertidos e tipicamente portugueses. A origem destas peças de cerâmica é dos arredores da cidade de Barcelos, na Região Norte de Portugal e, ainda hoje, são todas produzidas com origem artesanal. Por sua vez, no Alentejo, o Presépio mais característico é o de Estremoz. As cenas da Natividade de setecentos modeladas ao modo de Estremoz, resultam do trabalho das barristas de adaptação ao gosto e tradição local, dos grandes Presépios realizados em barro por artistas como Joaquim Machado de Castro. No início do século XX estavam praticamente em desuso e a produção era rara. Sebastião Pessanha encomenda ainda um Presépio na década de 10, com 60 peças. Disse-lhe Gertrudes Rosa Marques (uma das últimas bonecreiras que ainda trabalhava em Estremoz) que já não saia um da sua oficina há muitos anos, facto que atesta o desuso da representação da Natividade nos antigos moldes. Entretanto, durante o Regime do Estado Novo, aos bonecos de Estremoz é dado um novo alento, conhecendo os Presépios locais uma fantástica inovação, que substituiu mesmo a antiga tradição. Nos anos 30, o Director da Escola de Artes e Oficios local, o gaiense José Maria Sá Lemos, com a preciosa assistência do mestre oleiro Mariano da Conceição, junta os famosos Tronos de cascata de Santo António, com as principais figurinhas que compõem um Presépio. A cena passa então a ser composta por nove peças, mais o trono (ou altar como alguns lhe chamam), onde estão os três Reis Magos no degrau maior, estando ao meio a Sagrada Família com o Menino dentro da mangedoura, e no terceiro e último degrau estão três Pastores ofertantes. Hoje é este o Presépio que se considera tradicional em Estremoz.https://pt.wikipedia.org/ |
A alma dos imperadores e dos sapateiros são tiradas do mesmo molde (Alqueva) |
Tirador de cortiça. Qual é a coisa, qual é ela? Que se cada ano contar um mês Nove meses anda a mãe dentro da filha?» In Um Algarve Outro --contado de boca em boca (estórias, ditos, mezinhas, adivinhas e o mais...) , de Glória Marreiros (Livros Horizonte, 1991)http:// |
Sempre que pode, vem a Portugal e fotografa tudo, porque sente que aqui é também a sua Pátria...
E porque o nosso "Grande Portugal" está sempre onde estiver um Português, esta é uma pequena homenagem que fazemos a todos os descendentes de portugueses e a todos os nossos amigos, não só os luso-descendentes, mas também os de outras nacionalidades, que seguem este blog por esse Mundo fora...
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