Na vasta e bela região do Alentejo podemos encontrar de tudo um pouco. Desde planícies a perder de vista com cearas ondulando ao vento, passando por praias selvagens junto ao litoral, serras e os típicos montes alentejanos no interior.
Os Montes Alentejanos, espaços únicos, enquadrados no espaço rural e erguidos no meio da natureza, são por excelência um sítio para trabalhar ou descansar, são parte da cultura deste povo.
São casas caiadas com barras azuis ou amarelas, muitas vezes pequenas aldeias até, em plena planície, no meio da natureza, onde se podiam ver, até há pouco tempo, searas a perder de vista.
São parte do património material do Alentejo e alguns destes montes, ainda são habitados permanente ou temporariamente, o que não nos impede de pensarmos quantas famílias aí viveram? E em que condições? Como era a vida das crianças que aí viviam? Podiam brincar em redor dos mesmos despreocupadamente?
É obrigatório, como homenagem ao povo alentejano, relembrar a quem nos visita que, nesta terra agora tão procurada pelo seu pitoresco, quiçá, pelo seu exotismo, os camponeses foram mártires do trabalho árduo, e de algum modo ainda o são, nunca foram proprietários de coisa alguma, nem donos da sua própria vida e que os montes não eram de facto locais de lazer.
Até de alguns lavradores se pode dizer também que a sua vida era a terra esboroada, de parca condição produtiva, de comezinho desabrochar; de outros e da sua riqueza poder-se-á dignificar a justiça do seu trato.
Porém, todo esse ambiente era propício à introspecção, à intimidade com a natureza, à observação atenta –“matutada”- da contingência da vida.
(fontes: Leonel Borrela in Diário do Alentejo de 5 de Outubro de 2007 e http://www.facebook.com/ecocasaportuguesa
Ana Maria Saraiva (Arranjo)
Fotos: Monte das Mascarenhas (São Brás do Regedouro, Évora)
É obrigatório, como homenagem ao povo alentejano, relembrar a quem nos visita que, nesta terra agora tão procurada pelo seu pitoresco, quiçá, pelo seu exotismo, os camponeses foram mártires do trabalho árduo, e de algum modo ainda o são, nunca foram proprietários de coisa alguma, nem donos da sua própria vida e que os montes não eram de facto locais de lazer.
Até de alguns lavradores se pode dizer também que a sua vida era a terra esboroada, de parca condição produtiva, de comezinho desabrochar; de outros e da sua riqueza poder-se-á dignificar a justiça do seu trato.
Porém, todo esse ambiente era propício à introspecção, à intimidade com a natureza, à observação atenta –“matutada”- da contingência da vida.
(fontes: Leonel Borrela in Diário do Alentejo de 5 de Outubro de 2007 e http://www.facebook.com/ecocasaportuguesa
Ana Maria Saraiva (Arranjo)
Fotos: Monte das Mascarenhas (São Brás do Regedouro, Évora)
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